Coloque em prática

Cinco passos para mudar seus hábitos

Alguns truques psicológicos ajudam a adotar bons hábitos de vida

5 de Agosto de 2019


Escolher o momento certo para adotar um novo hábito é uma das dicas para colocar o plano em prática com sucesso. Conheça outros quatro. 1.Identifique um gatilho Criar um hábito é tentar formar um elo de comportamento na memória. “Você realiza o comportamento sem ter que fazê-lo intencionalmente”, diz Phillippa Lally, pesquisadora da Universidade College London, que estuda hábitos. Os gatilhos podem ser internos ou externos (como sentir fome ou fazer uma xícara de chá) e são mais eficazes quando encontrados todos os dias, inclusive no fim de semana, para minimizar o planejamento diário e a força de vontade. Alguns exemplos de gatilhos diários são acordar e fazer as refeições. 2. Seja específico Pense exatamente no que você quer fazer. "Não estabeleça uma meta genérica como: quero comer mais frutas e verduras", sugere Lally. "Você precisa ter um plano específico para saber exatamente quando e como vai fazer isso." É mais provável que um comportamento se torne habitual se você gosta dele ou o considera gratificante. Mesmo que seja algo que você acha que prefere não fazer, como exercícios, quando você praticar atividade física, provavelmente ficará satisfeito consigo mesmo. 3. Pense em quem você é Há algumas evidências que sugerem que somos mais propensos a criar um hábito se ele se conecta ao nosso senso de identidade. “Alguns [hábitos] são representações de certos objetivos ou valores importantes”, diz Bas Verplanken, professor de psicologia social da Universidade de Bath. Uma pessoa muito preocupada com o meio ambiente, por exemplo, pode criar hábitos relacionados a um comportamento sustentável. 4. Escolha o seu momento "Use o que chamamos de 'descontinuidades de hábitos'", diz Verplanken. Trata-se de “momentos em que as pessoas passam por alterações no curso da vida, como mudar de casa, começar uma família ou um relacionamento, se divorciar ou parar de trabalhar”. Esses eventos interrompem velhos hábitos e permitem que você crie novos. É por isso que as resoluções de Ano-Novo tendem a falhar - sua vida e as rotinas antigas ainda são as mesmas em 2 de janeiro. No entanto, trocar de emprego ou adotar um animal de estimação pode se tornar um catalisador de mudanças mais amplas. 5. Não desista A pesquisa de Lally desmistificou a afirmação generalizada de que a formação de um hábito leva 21 dias. De acordo com a pesquisadora, a média foi de 66 dias, com algumas pessoas levando até 254 dias (e algumas apenas 18). "Nós modelamos a curva de formação de hábito. Ela começa a subir e, algum momento, atinge o platô", afirma. Não se desespere se você perder um dia. Segundo a pesquisadora, não se sabe o quanto você pode sair do trilho e retomar o caminho do novo hábito, mas uma ocasião não é desastrosa. Fonte: Emine Saner, para The Guardian Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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Coloque em prática

O que são “microestresses” e como evitá-los

Termo utilizado por pesquisadores de Harvard apontam para eventos cotidianos que têm relação com as nossas interações diárias

21 de Agosto de 2020


Fim de mais um dia de trabalho. Você desliga o computador, se desloca até a sua casa e aguarda ansiosamente pela sensação de pleno descanso e conforto, seguida de uma noite longa de sono sem interrupções. Mas nem sempre essa é a realidade. Por que isso acontece?

Porque você, provavelmente, está esgotado. E esse esgotamento é, muitas vezes, proveniente não só de um grande episódio estressante, mas de pequenos estresses acumulados ao longo do dia, que te impedem de simplesmente desligar.

Por que chegamos ao fim do dia tão exaustos mesmo em dias "calmos"? Segundo artigo dos pesquisadores de Harvard para a revista digital da instituição, Rob Cross, Jean Singer e Karen Dillon, o fenômeno do microestresse é real e pode afetar mais do que você imagina.


O que é ele, afinal?

Como já diz o seu nome, microestresses são pequenos desequilíbrios ao longo do nosso dia que chegam até nós nem sempre por vias agressivas. Ou seja, o estereótipo de irritabilidade, fúria ou um grande embate é sim relevante, mas não faz parte desse termo que aqui estamos tratando.

O microestresse mora, sobretudo, na interação que temos com outros seres humanos, tanto dentro quanto fora do trabalho. E, não fosse o seu resultado catastrófico quando acumulado, ele poderia até mesmo passar despercebido.

Isso porque um ruído na comunicação entre duas pessoas, uma parte do trabalho que ficou por fazer, a velocidade de um outro alguém que não está sincronizada com a sua, um comportamento imprevisível de alguém acima de você, pessoas com uma energia negativa contagiosa, responsabilidades que surgem de repente - tudo isso pode ocasionar um microestresse sem necessariamente um rompante de fúria.

Muitas vezes, conflitos velados passam desapercebidos em nossas interações ao longo do dia. E é aí que mora o perigo: nós passamos a aceitar esses momentos como parte natural dos nossos dias e relacionamentos. O tema, que foi objeto de estudo dos três pesquisadores mencionados ainda no começo dessa matéria, é tão consistente, que chegou até mesmo à categorizações dos microestresses, que são:

  • Microestresses que tomam seu tempo disponível para lidar com as demandas da vida;
  • Microestresses que esgotam suas reservas emocionais;
  • Microestresses que desafiam sua própria identidade e seus valores.

E aí, o que parecia um desafio momentâneo a ser solucionado ali, de forma rápida e prática, pode demandar muito mais de nós mesmos do que você imaginava. A situação pode até estar contida, mas ela deixou registros na sua psique.

Quais são esses registros ?

Como já se sabe, o estresse te torna mais suscetível a desenvolver doenças crônicas, ou de natureza emocional. Estima-se que de 60% a 80% das idas ao médicos são resultado de queixas ocasionadas pelo estresse. Ele já é inclusive considerado um perigo para o local de trabalho, algo que pode não só reduzir o desempenho e a produtividade, mas gerar uma incapacitação e até afastamento de um funcionário.

Já no caso dos microestresses, o resultado mais comum é mesmo o esgotamento, que muitas vezes pode aparecer sem nenhum motivo, mas quando olhado mais de perto, deixa transparecer que houve uma sucessão de acontecimentos sem grande gravidade aparente, mas que levaram o indivíduo até ali.

Atualmente, vivenciamos um episódio de microestresse que pode afetar a todos nós: a pandemia. Por mais saudáveis que estejamos, sem nenhum familiar acometido pela covid-19, diariamente somos bombardeados com notícias difíceis de serem digeridas. Além disso, há uma tensão no ar em panoramas globais pela falta de perspectiva de melhoras.

A quantidade de novidades que o “novo normal” trouxe consigo pode ser também um microestresse. Adaptação ao home office, novas preocupações com o futuro, mudança e aprimoramento da rotina de higiene, saudades do contato humano. Tudo isso pode parecer passageiro, mas à longo prazo, gera sintomas no indivíduo.

O que fazer

  • Você deve, ao menor sinal de estresse, descomprimir. Aperte o pause, respire, desligue o seu computador, vá caminhar. Sinta a vida ao seu redor em toda a sua potência e perceba o seu estado de espírito quando não exposto ao problema. É justamente ele que você quer para a sua vida.
  • Uma vez afastado do problema, você consegue elaborá-lo melhor e ter mais clareza, conseguindo até mesmo desabafar sobre o assunto caso isso seja eficaz para você. Esse distanciamento também evidencia exatamente a fonte do problema.
  • Localize e isole dois ou três episódios de microestresses e entenda o que os ocasionou. Como eles podem ser numerosos, será muito difícil mapear todos, mas localizando alguns poucos e entendendo seus gatilhos já pode te ajudar. Atenção redobrada aqui nesse item ao que você considera “normal” em sua vida. Geralmente é justamente na repetição que mora o microestresse, a ponto de já ser considerado parte do seu cotidiano.
  • Assumindo que esse problema pode estar relacionado às suas relações, é hora então de revê-las. Invista em relacionamentos mais leves, mas tendo a consciência de que é impossível blindar-se de todo e qualquer problema que porventura possa surgir.
  • Livrou-se de pessoas tóxicas e ainda assim se sente esgotado? Ingresse em práticas meditativas, de mindfulness ou até um diário de gratidão - tudo que funcionar como uma válvula de escape mental e espiritual. Lembre-se também de sempre manter os bons hábitos alimentares e físicos, se alimentando de forma equilibrada, exercitando-se e dormindo bem.
  • Aceite que o estresse existe, mas não deve ser o seu destino. Como dissemos nesta matéria , é importante fazer as pazes com o estresse. Isso não quer dizer que você deve estar exposto a ele o tempo todo, pois não há dica no mundo que ajude um indivíduo que está constantemente em estado de estresse.

Agora que você já sabe a provável natureza do seu cansaço, faça pequenas mudanças no seu dia a dia. Esteja mais atento ao seu redor e às situações que parecem inofensivas de cara. Lembre-se: a junção de todas elas resulta em uma versão sua mais esgotada e improdutiva. Sua vida deve ser feita de bons hábitos, entre eles, um cotidiano mais relaxado.

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