Coloque em prática

Como ter mais equilíbrio na vida com a fórmula MAP

Criada pelo neurologista Pedro Schestatsky em seu livro “Medicina do Amanhã”, a fórmula contempla Movimento, Alimento e Pensamento. Conheça mais!

18 de Março de 2021


Recentemente, você leu aqui no Plenae sobre a Medicina do Amanhã , conceito criado pelo neurologista Pedro Schestatsky, autor de livro do mesmo nome. É por meio dela e de seus valores que o especialista acredita ser o caminho para voltarmos a ter uma medicina mais humanizada e próxima ao paciente.

Ainda sobre o tema, Pedro criou o que chama de os 5 P 's da medicina, que seriam justamente esses caminhos para estreitar os laços entre paciente e médico, e tornar o tratamento mais efetivo. Assim, a medicina deveria ser mais: preditiva, preventiva, proativa, personalizada e parceira.

Dentro do terceiro “P”, o “proativo”, espera-se que o paciente seja ator fundamental no processo de diagnóstico e tratamento de seus próprios males. O que isso significa? Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de automedicação, por exemplo, mas sim, uma postura justamente mais proativa dentro do contexto de consulta.

É preciso que o paciente seja dono de sua própria história, afinal, ele é quem sente os problemas ali relatados. E, se ele é protagonista desse cenário, é preciso que ele tenha voz ativa para sugerir caminhos, estudar o seu próprio caso e, claro, optar pelo tratamento que lhe convém.

Mais do que isso, esse “P” abre uma espécie de fenda para a fórmula MAP, também criada por Pedro, e que você conhecerá a seguir!

A fórmula MAP

Movimento, alimento e pensamento. Podemos começar a explicar a fórmula por meio do significado de cada uma de suas iniciais, o caminho mais óbvio e fácil. “Criei um programa de 7 semanas em que cada uma dessas letrinhas é contemplada, e eu vou aumentando progressivamente a intensidade delas de modo que, no final, ele esteja completo” explica o especialista.

O M, de movimento, são os números de passos, que é reconhecidamente um parâmetro de saúde como nos explica Pedro. “Dar menos de 5 mil passos é incompatível com a vida. Chegar aos 10 mil passos por dia teria que ser o norte de cada um de nós, terráqueos. Porque 10 mil passos significa prevenção efetiva de doença de Alzheimer, melhora da nossa flora intestinal e um bônus interessante - que são os 8 anos a mais de vida”, conta.

O programa começa com 5 mil passos por dia, e progressivamente vai aumentando 1000 passos por semana, que podem chegar em 10 mil em 5 semanas. Mas, lembrando que a medicina deve ser personalizada, ou seja, feita pensando na realidade de cada paciente, Schestatsky deixa as duas últimas semanas como uma espécie de “limite”, para que cada um faça em seu tempo.

Outro passo ainda dentro do “M” seria a prancha, exercício simples, possível de ser feito em qualquer lugar, e surpreendentemente muito eficaz. “Ela trabalha 90% dos nossos 664 músculos, então de novo, você pode fazer ele e ir aumentando o seu tempo de postura. Isso evita um fenômeno inexorável que é a sarcopenia, também conhecida como o Alzheimer do músculo, que a partir dos 40 anos começam a ficar esfarelados, cansados”, explica.

O “A”, de MAP, é alimentação. Mais especificamente, é uma dieta mediterrânea dividida em 7 grandes características, também chamada pelo seu criador de “7 pérolas”, que casam justamente com as 7 semanas do programa. “É preciso se reconectar com o seu próprio alimento e esses passos já trazem isso. As próprias 7 pérolas não são adaptadas a todos os pacientes, alguns fazem somente 5 ou até 1, o importante é estar atento a elas”.

  • Beber muita água, 2 litros por dia. O paciente que escolherá o horário que irá começar.
  • Se servir de pequenas porções, que é também reconhecidamente um dos maiores fatores do aumento de longevidade.
  • Evitar o uso de carboidratos nos extremos do dia, como manhã e noite. É preciso centralizá-los no almoço somente. E para isso o paciente deve saber o que é carboidrato.
  • Meio quilo de salada por dia. A salada é um prebiótico, alimento para as bactérias do nosso estômago e isso é benéfico para o cérebro.
  • Uso de fermentados naturais, que são ricos em bactérias probióticas, as mesmas mencionadas no passo anterior.
  • Optar por gorduras boas. “A salada, por sinal, pode ser o veículo dessa gordura, porque é uma salada “gorda” como eu gosto de chamar, repleta de azeite, ovos, castanhas e outras gorduras boas” diz Pedro.
  • Jejum à noite, definido por um intervalo entre 3h entre jantar e dormir. “Idealmente, claro, se você só conseguir 1h já está bom, mas 3h são ideais. Isso é um verdadeiro bálsamo para o nosso cérebro.

Por fim, o último passo da fórmula MAP seria o P, de pensamento. Na primeira semana, a pessoa pode já começar com 1 minuto ao acordar ou antes de dormir de uma respiração chamada de 5, que são 5 segundos respirando e 5 segundos expirando. “O foco é chegar em 7 minutos desse exercício. Isso faz com que reduza a pressão, o cortisol e ainda aumenta 30% a capacidade de oxigenação. É claro que dá pra ser feito muito mais tempo do que isso, mas é importante começar” explica Pedro.

Ele ainda lembra que, dentro de seu material, há outras formas mais completas, como a manutenção do sono e o manejo de pensamentos tóxicos. Mas esses seriam passos mais avançados, feitos com mais qualidade e eficácia depois que a sua respiração já está controlada. Afinal, respirar é o passo mais básico de nossa existência, mas por vezes, negligenciamos esse mecanismo tão simples e gratuito.

Que tal começar ainda hoje a colocar a fórmula MAP em prática? Aproveite esse tempo que pede por mais introspecção para reconectar-se com o que verdadeiramente importa: você.

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Coloque em prática

Tai chi ajuda na fibromialgia

Uma nova pesquisa aponta que a prática do tai chi – atividade originada nas artes marciais que se tornou parte da medicina tradicional chinesa – é mais eficaz do que os exercícios aeróbicos.

11 de Janeiro de 2019


Exercícios físicos fazem parte de um arsenal de terapias recomendadas para melhorar o bem-estar de pacientes que sofrem de fibromialgia. A síndrome causa dores musculares em todo o corpo, fadiga, problemas de sono e até mesmo comprometimento psicológico e depressão. Uma nova pesquisa aponta que a prática do tai chi – atividade originada nas artes marciais que se tornou parte da medicina tradicional chinesa – é mais eficaz do que os exercícios aeróbicos. Cientistas liderados por Chenchen Wang, diretor do Centro de Medicina Complementar e Integrativa do Tufts Medical Center, de Boston, estudaram um grupo de 226 pessoas com fibromialgia durante um ano. Entre a 12ª a 24ª semanas, eles distribuíram aleatoriamente os voluntários para um programa de exercícios aeróbicos atualmente recomendado ou para uma das quatro sessões de tai chi. Mediram os sintomas de dor física e os efeitos psicológicos no início e novamente nas 12ª, 24ª e 52ª semanas. Quanto mais tempo, melhor. Todos os participantes relataram estarem com menos dor do que no início dos testes. Mas, depois da 24ª semana, os praticantes de tai chi melhoram mais do que os que fizeram exercícios aeróbicos. Wang descobriu que fazer tai chi por um longo período trazia mais benefícios do que a prática de curto tempo. “Achamos que nossos resultados sugerem que os médicos devem pensar que tipo de exercício é melhor para seus pacientes com fibromialgia”, diz Wang. “Descobrimos que o tai chi é mais agradável, proporciona conexão social e pode ser feito sozinho, com a família e amigos.” Em um estudo publicado no BMJ , portal internacional de artigos sobre saúde, os pesquisadores também destacam o tai chi no tratamento da fibromialgia. A prática envolve corpo e mente, exercícios físicos e psicológicos. Outros pequenos estudos fazem a mesma sugestão, mas, até agora, apenas Wang comparou as diferenças entre as possíveis atividades físicas indicadas pelos médicos.

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