Coloque em prática
Conheça dez filmes sobre o envelhecimento para rir, se emocionar e se inspirar.
14 de Dezembro de 2018
Elsa & Fred - Um Amor de Paixão
(2005) -
A comédia romântica hispano-argentina conta a história de dois vizinhos que se apaixonam. Viúvo há poucos meses, Alfredo (Manuel Alexandre) muda-se para um novo apartamento, onde conhece Elsa (China Zorilla). De luto, ele está triste e carrancudo. Ela, por outro lado, é divertida e enxerga a vida com leveza. Juntos, eles farão aventuras que vão chocar a família e fazer o público gargalhar. Em 2014, o filme ganhou uma versão americana, com Shirley MacLaine e Christopher Plummer.
A Incrível História de Adaline
(2015)
- Adaline Bowman (Blake Lively) sofre um acidente de carro e, a partir de então, nunca mais envelhece, conservando a aparência de 29 anos. Ela não se permite criar laços com ninguém, até conhecer Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.
O Exótico Hotel Marigold
(2011) -
Um grupo de idosos britânicos (estrelados por Maggie Smith, Judi Dench, entre outros) decide curtir a aposentadoria em um lugar barato e exótico: a Índia. Pela internet, os amigos descobrem o recém-restaurado Hotel Marigold, gerenciado pelo indiano Sonny (Dev Patel), e partem para lá. A realidade, no entanto, não é como nas fotos. Na Índia, os idosos vivem aventuras e redescobrem sua essência.
Era uma Vez em Tóquio
(1953) -
O clássico japonês dirigido por Yasujiro Ozu faz uma reflexão sobre o tempo e o envelhecimento. Um casal de idosos deixa a cidadezinha onde vive para visitar os filhos em Tóquio. Sempre atarefados, os descendentes não têm tempo nem cabeça para acolher os pais. Somente a nora, que perdeu o marido na guerra, dá atenção aos idosos.
Envelhescência
(2015) -
O documentário do gaúcho Gabriel Martinez propõe o questionamento: como você pretende encarar a própria velhice? O filme conta a história de seis idosos que levam vidas inspiradoras, longe do estereótipo imposto pela convenção social. Participam do documentário a antropóloga Mirian Goldenberg, o médico Alexandre Kalache e o filósofo Mário Sérgio Cortella.
Cocoon
(1985) -
Nesse clássico da Sessão da Tarde, idosos nadam em uma piscina onde repousam casulos com seres extraterrestres. A água contém propriedades milagrosas que fazem os humanos sentirem-se cheios de disposição. Quando descobrem o motivo da fonte da juventude, os idosos passam a vivenciar um dilema: vale a pena rejuvenescer enquanto os outros envelhecem?
Up - Altas Aventuras
(2009) -
A animação da Pixar conta as aventuras do idoso viúvo Carl Fredericksen, do escoteiro Russell, do explorador difamado Muntz, da ave Kevin e do golden retriever Dug rumo ao Paraíso das Cachoeiras, na Venezuela. A inusitada amizade entre o idoso de 78 anos e a criança de 8 anos leva às lágrimas. O longa ganhou Oscar de Melhor Filme de Animação e Melhor Trilha Sonora.
Toda Forma de Amor
(2010) -
Aos 75 anos, Hal (Christopher Plummer) dá duas notícias ao filho, Oliver (Ewan McGregor): está com câncer em estágio avançado e é homossexual. Enquanto emplaca um namoro com Anna (Mélanie Laurent), Oliver relembra os momentos que passou com os pais.
Coloque em prática
Além de divertido, dançar faz bem para a saúde mental e pode ser a opção de exercício físico que buscava.
16 de Novembro de 2020
Dançar é, provavelmente, uma das práticas mais completas de todas. Ela contempla, de forma lúdica, a saúde física e também a mental. Como nos contou Mariana Ferrão , nossa personagem da primeira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir , a dança possibilitou que ela se reconectasse até mesmo com a sua feminilidade, e descobrisse novas possibilidades com seu corpo.
Mas isso vem sendo falado mais recentemente. Segundo artigo publicado no periódico da americana Harvard , foi em 2008, em um artigo publicado na revista Scientific American por neurologistas da Universidade de Columbia, que a investigação começou. Isso porque a dança, além de tudo, requer uma complexa coordenação mental.
Nas palavras dos cientistas, “sincronizar música e movimento - dança, essencialmente - constitui um ‘jogo duplo do prazer’.” Além disso, a música é a responsável por estimular determinadas áreas do cérebro ligados ao processo de recompensa - por isso a musicoterapia pode ser tão efetiva em determinados tratamentos, como explicamos nesta matéria .
A dança, por sua vez, ativa circuitos sensoriais e motores bastante expressivos do nosso corpo de maneira física e também mental. Um outro estudo, coordenado por pesquisadores da
Albert Einstein College of Medicine
, investigou o efeito das atividades de lazer sobre a saúde do cérebro, sobretudo no risco de demência em idosos.
Ainda segundo o artigo, “os pesquisadores analisaram os efeitos de 11 tipos diferentes de atividade física, incluindo ciclismo, golfe, natação e tênis, mas descobriram que apenas uma das atividades estudadas - dança - reduziu o risco de demência dos participantes”.
Isso acontece porque “a dança envolve tanto um esforço mental quanto uma interação social”, o que acaba estimulando o cérebro de forma multidisciplinar. Outros estudos da mesma maneira ainda demonstram que determinados estilos musicais, como a Zumba, ainda ajudam a reduzir os níveis de estresse, aumento dos níveis de serotonina, melhora no reconhecimento espacial e na qualidade do sono.
Em recente matéria aqui no portal, o Plenae falou sobre os diferentes benefícios de cada exercício físico - sobretudo na terceira idade. Para isso, conversamos com alguns especialistas, dentre eles, a educadora física Roberta Marques. Ela, que foi a idealizadora do Divas Dance, uma escola focada no público maduro com aulas de dança de todos os estilos.
Para Roberta, os benefícios podem ser divididos em físicos, emocionais e mentais. Praticar regularmente algum tipo de atividade física faz com que esse idoso, por exemplo, perca sua massa muscular de forma mais lenta, melhore seu condicionamento cardiorrespiratório e sua coordenação motora.
Sua postura e seu equilíbrio também são afetados de forma positiva, decorrentes de uma maior consciência corporal e reflexo, o que diminui a incidência de quedas ou a sua gravidade. Há até mesmo uma baixa da glicose no sangue, inclusive por quebrar a gordura do sangue, portanto há uma diminuição na incidência de diabetes.
Por fim, entramos na saúde mental. “Tem a questão da escolha, da autoestima, quando essa aluna se vê independente, se sente capaz de fazer suas próprias escolhas da vida sem interferir na dos filhos e noras, por exemplo” explica Roberta. Com a descarga hormonal que o praticante experimenta, há uma movimentação em todas as suas emoções, afastando risco de depressão ou doenças psicossomáticas.
Há ainda o fator relações, mencionado pelos cientistas que comandaram as pesquisas citadas acima, e também por Roberta. “A pessoa idosa muitas vezes deixa de ter grupos para se relacionar. Os exercícios em equipe proporcionam esse novo ambiente de pessoas com condição física semelhantes, realidades iguais, onde ela acaba tendo acesso a oportunidades de se divertir e conviver com esse grupo que não são só sua família, mas foram escolhidos ativamente por ela”.
Isso tudo acaba por auxiliar na disposição final do praticante e até da qualidade do seu sono. “Tenho centenas de depoimentos das minhas alunas do quanto a vida delas mudou desde que elas se dispuseram a dançar. Acreditamos que o físico é o ponto de partida para uma mudança geral na vida, em todos os aspectos, e os feedbacks passam até pela mudança na relação com a família, que relatam perceber a alegria e independência delas” diz.
Há algumas etapas importantes que uma praticante mais velha deve se proteger. Até mesmo nos detalhes, como por exemplo, propor coreografias sem a necessidade de um parceiro para que isso estimule ainda mais a independência e não exclua aquelas que vão sozinhas - como faz a escola Divas Dance.
Existem também os cuidados mais voltados para o físico. “O maior deles é saber se existe alguma lesão, limitação, porque o exercício é muito bem indicado para esse público, quase como um remédio, mas pode ser necessária algumas adaptações. É preciso fazer uma anamnese logo no começo, mas num geral já é um público que se conhece bem, conhecem suas dores específicas, se cuidam muito e estão sempre fazendo exame” diz Roberta.
O público mais velho também costuma ter mais medo e tendência à quedas. Portanto, é preciso estar atento ao solo desse local, oferecer antiderrapantes e barras para caso precise se segurar, além de evitar que o piso tenha desníveis ou uso de calçados inadequados.
A hidratação deve ser ponto constante de alerta, pois a desidratação é muito comum e rápida na maturidade. Até mesmo o nível do ar condicionado, geralmente mais gelado em academias, deve ser controlado para evitar ressecamentos ou síndromes gripais.
Por fim, estar atento às questões emocionais daquele aluno, que só tende a melhorar com a prática da dança, mas que podem ser maiores em determinados dias. “A evolução precisa ser gradual e constante, mas lenta - levando ele pra uma condição cada vez maior, fazendo com que ele tome consciência disso. E que ele se divirta, pois é o principal intuito da dança, faz bem até para a alma” conclui.
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