Coloque em prática

O esporte como remédio

No Dia do Esportista, reunimos fatores que apontam para uma mesma verdade: o esporte é uma fonte de vida. Leia e inspire-se!

19 de Fevereiro de 2021


Hoje comemora-se o Dia do Esportista. Esporte é tema recorrente aqui no Plenae, sobretudo no pilar Corpo . Isso porque acreditamos que ele seja fundamental para uma vida longa e equilibrada. Não é achismo: basta dar um Google - ou uma passeada em nossas matérias - e você verá que os benefícios da prática esportiva são inúmeros.

Conversar com seu médico de confiança também irá provar esse mesmo ponto. Se manter em movimento é a receita do sucesso para uma série de comorbidades, seja em sua manutenção ou tratamento, seja para evitá-las. E é também o segredo de muitos longevos, como é o caso de José Batista Nepomuceno que, aos 93 anos, ainda pratica tênis.


“Pratiquei esporte direto, sempre fui esportista, fazia montaria que era minha especialidade, depois esportes como futebol e tênis - futebol menos, mas tênis pratiquei com muita assiduidade e pratico ainda” revela. Para ele, a modalidade é o que o mantém vivo e, principalmente, são. “Encaro sempre como uma competição, você tem que ganhar para ficar com vontade de sempre se cuidar para sempre ter vitórias. Não vou lá por brincadeira não, o negócio é sério. Isso ajuda a manter meu foco e meu raciocínio”, conta.

Títulos é o que não faltam: foi destaque no clube Pinheiros e na Hebraica aos 91 anos e também na Federação Paulista, na categoria 75+. Na ITF, o circuito internacional de tênis, também foi campeão, jogando com um adversário de 89 anos. Na Fundação CESP, não só ganhou o prêmio de 75+ como também um troféu de “visitante”, por ter ganhado fora de sua “casa” - o Clube Pinheiros.

“Dos jogos internacionais e nacionais, eu fui o segundo em 2019 do Brasil na categoria 75+, mesmo quando já tinha 92 anos. Quando eu tinha 70 anos, eu fiz a barragem para Federação Paulista, jogando com um grupo de 18 anos, e virei um dos vitoriosos, ganhei o título de terceira classe. Onde eu entrava eu levava o troféu”, diz orgulhoso.

Algumas pesquisas já revelam o poder que esportes como o tênis exercem sobre a longevidade. Esse talvez seja um dos principais segredos de José Batista ser um quase centenário. Mas há ainda uma infinidade de outros esportes que não só podem, como devem ser realizados na terceira idade.


Outros esportes

Como contamos nesta matéria , há diferentes modalidades incentivadas em qualquer estágio da vida, incluindo a maturidade. Há algumas de cunho mais lúdico, outras com foco em performance e ainda há as pautadas na repetição, como a musculação. A hidroginástica, por exemplo, é a união de todas elas, assim como a caminhada, que segundo essa pesquisa , é a prática favorita dos brasileiros.

“Nosso corpo foi projetado para realizar movimento, a começar porque somos seres homeotérmicos e precisamos manter nossa temperatura corporal. E como conseguimos fazer isso? Através do consumo de macronutrientes e sua utilização para geração de energia na realização de movimento” explica o educador físico Reginaldo Campos de Souza, pós-graduado pelo Instituto Biodelta, em parceria com Hospital das Clínicas em Fisiologia do Exercício.

Para ele, não é preciso somente saber realizar um movimento específico de uma modalidade. Mais importante do que isso é conseguir acoplar de forma consciente o esporte em sua rotina, fazendo dele parte de seus dias como uma necessidade básica de manutenção da vida. “Nem todos os dias estou animado para meus exercícios, mas tenho coragem e consciência da importância dos efeitos fisiológicos no meu organismo e consequentemente efeitos emocionais”, diz.


Menos de 40% dos brasileiros relataram realizar algum tipo de atividade física, em uma pesquisa realizada pelo Pnad . Apesar de a adesão ainda não ser ideal, ela tem aumentado de uns anos pra cá, como revelou uma pesquisa realizada pelo Serviço Social do Comércio . Em partes porque a importância de se exercitar tornou-se cada vez mais conhecida e difundida. Mas também porque muitas academias tornaram-se mais acessíveis, além da corrida , prática gratuita, ter ganho novos adeptos.

Para Reginaldo, a diversificação de práticas esportivas é também um outro fator positivo, pois ela acompanha as mudanças e evoluções da cultura. Como o futebol, antes considerado masculino, e hoje altamente praticado e adaptado para mulheres. Isso garantirá um efeito positivo inclusive para as próximas gerações.

“O fato de se manter em movimento, seja pela atividade física (esporte), lazer ou trabalho, já se torna fator de mudança física e mental. E o inverso também é verdadeiro: em uma situação de envelhecimento em que o indivíduo se mantém inativo, ocorrem modificações que levam a uma vida não saudável. E se, este círculo continuar, a tendência é de piora do quadro”, diz.

A frente de uma academia focada na população madura, Reginaldo é grande entusiasta do exercício físico quase como uma medicação, mas sabe que há também vários outros fatores envolvidos. “De forma científica, já foi comprovado que exercícios físicos são benéficos - ainda que em paralelo com alimentação, sono e tratamentos - para doenças psicossomáticas, como depressão, transtorno bipolar”, explica.

“Agora em tempos de pandemia, escutamos muito os alunos reclamando de sentir falta, tanto no alívio de dores físicas, como dores emocionais também. O exercício trouxe benefícios de maneira secundária. Com ele, aquele idoso conseguiu regar suas plantas, varrer o seu quintal, dormir melhor, e realizar esses movimentos e ficou mais feliz. Ele é um ponto-chave porque desencadeia outras coisas”, conclui.


Portanto, você pode ser jovem ou ser sênior, só não pode ser sedentário. Inspire-se com o Dia do Esportista para encarar, de forma definitiva, o esporte como parte de seus dias. Como fez o empresário Macário, em sua luta contra a Síndrome de Burnout que contamos aqui , e tantos outros que realizam a manutenção de suas vidas sacudindo a poeira e se jogando no exercício físico. E você, já se movimentou hoje?

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#PlenaeAprova: Por que nós dormimos

1 de Agosto de 2021

A cada dia, mais e mais estudos mostram que dormir é um dos pilares fundamentais para a manutenção da nossa saúde física, emocional e mental. Porém, segundo a pesquisa “Acorda, Brasil!”, 62% dos brasileiros dormem mal. O hábito de procrastinar a hora de ir pra cama tem se tornado mais comum do que deveria e muitos dos distúrbios relacionados ao sono tem relação direta com a ausência de uma “higiene do sono'', ou seja, uma rotina para desacelerar e se entregar ao travesseiro.


As consequências dessa falta de descanso são muitas, dentre elas a deterioração do nosso sistema imune e das nossas capacidades cerebrais. Por isso, neste mês de agosto, escolhemos o livro Por que nós dormimos”, de Matthew Walker, para representar o pilar Mente e nortear nosso Desafio Plenae (a)prova. 


O neurocientista e especialista em sono nos explica de forma didática e fluída o que é este fenômeno tão curioso, porque deveríamos priorizá-lo em nossas rotinas e o que fazer para melhorar sua qualidade e receber todos os seus benefícios.


Objetivo: Melhorar a qualidade do sono

Método: Seguir as orientações para um sono saudável proposto no livro “Por que nós dormimos”


Porque fazer

- Potencializar nosso aprendizado, memorização e tomada de decisões;

- Calibra nossos circuitos cerebrais emocionais, aumentando nossa serenidade e autocontrole;

- Aumentar nosso sistema imune, equilibrar os níveis de insulina e glicose do corpo e baixar nossa pressão sanguínea;

- Regular nosso apetite e ajudar a manter nosso microbioma intestinal saudável.


Etapas:

- Durma e acorde no mesmo horário sempre, pratique exercícios físicos frequentes e exponha-se a luz solar por, pelo menos, 30 minutos ao dia;

- Evite café, chá preto, chocolate e coca-cola pelo menos 8 horas antes de se deitar;

- De 2 a 3 horas antes de dormir, faça refeições leves e evite ingerir muito líquido ou bebidas alcoólicas;

- Ao se deitar, diminua a exposição à luz azul de telas e crie um ritual de relaxamento offline. Banhos quentes são muito bem-vindos nessa etapa!

- Na hora de dormir, mantenha o quarto totalmente escuro e fresco. Bateu insônia? Não fique deitado na cama acordado por mais de 20 minutos.


Já falamos muito sobre a importância do sono por aqui, também demos dicas de como melhorar a qualidade das suas noites em tempos de pandemia. Investigamos ainda quanto de sono realmente precisamos e esmiuçamos as sete fases do descanso. Agora queremos colocar todas estas orientações à prova e compartilhar com vocês nossas percepções. 


Coloque um pijama quentinho e vem com a gente construir hábitos que te ajudarão a alcançar uma vida mais feliz e saudável dormindo! Compartilhe sua experiência no Instagram, usando a hashtag #PlenaeAprova e fique ligado em nossos stories!

“Quando alguém me pergunta “você lida pior com a falta de sono ou de comida?”, eu respondo sem pensar duas vezes: com a falta de sono! Sou daquelas que acorda com um mal humor terrível se tiver uma noite mal dormida. 


Mas, apesar de amar minha cama,  nunca tive uma disciplina com horários. Um dia ia dormir às 22:30h, no outro passava da meia-noite sem problemas. Acordar era um sacrifício, tinha dias que acordava às 6:30h com muito esforço, no outro estendia até as 8h e, de final de semana, deixava meu corpo decidir quando queria levantar. 


Apesar de ter um sono extremamente leve e acordar todas as noites para ir ao banheiro, nunca me considerei uma pessoa com problemas de sono. Só que de 2 anos para cá, comecei a ver uma piora significativa na qualidade dele. Percebi que acordava várias vezes ao longo da noite e, dependendo do dia, demorava para adormecer novamente. Durante o dia, me sentia cada vez mais cansada e irritada, e era comum me sentir dispersa no trabalho. Dormir uma noite inteira se tornou motivo de celebração. Comecei a me preocupar. 


Assim, iniciei o desafio Plenae (a)Prova esperançosa: será que conseguiria regular novamente meu descanso? A leitura do livro foi um despertar, não só para a importância do sono na minha vida, mas também trouxe compreensão para algumas das mudanças que eu vinha sentindo após os 40. Segundo o autor, realmente ocorre uma redução palpável na quantidade e na qualidade do sono profundo a partir dessa idade, e há ainda um aumento da fragmentação, ou seja, breves (ou nem tanto) despertares ao longo da noite.


As dicas para dormir melhor pareciam “fáceis” de seguir e logo já me organizei para colocá-las em prática. Mas todas elas, de alguma forma, estão relacionadas a hábitos mais estruturais e logo já apareceram as primeiras dificuldades. A primeira e mais importante orientação para um sono saudável é deitar-se e despertar todos os dias no mesmo horário, aconteça o que acontecer.


Durante a semana, foi mais tranquilo manter essa disciplina, mas nos finais de semana, o bicho pegou. Meu companheiro logo já disse ‘mas hoje é sábado, por que ir pra cama tão cedo?’. E quando o despertador tocou às 6:30h no domingo, precisei de muita força de vontade pra conseguir sair da cama. 


Vieram pensamentos do tipo ‘pra quê isso? Um dia de folga vai me fazer bem! Deixa de ser rígida!’. Mas bastou sair do ritmo um dia para sentir o peso na segunda, na terça e nos dias seguintes. Percebi que sair da linha é fácil, mas retornar exige um esforço dobrado. 


Ao mesmo tempo, precisei aceitar que eu estava reorganizando meus horários, e que os outros moradores da casa eram livres para seguir suas escolhas. No começo, queria que todos adotassem os novos hábitos comigo. Quando dava nove horas da noite, desligava a TV e queria que todos me entregassem seus celulares e pegassem um livro. 


Nem preciso dizer que isso causou vários conflitos, e se tem uma coisa que atrapalha essa nova rotina, é discutir com alguém antes de ir pra cama. Taí o maior obstáculo de todos: priorizar o sono quando todos ao seu redor estão despertos e pretendem ir pra cama mais tarde.  Como somos seres sociais, sair de cena antes de todo mundo gera uma sensação esquisita, quase de um certo egoísmo. Mas o boleto de uma noite mal dormida quem paga sou eu, então não dava pra desistir.


Uma a uma, fui introduzindo as orientações do livro. Aumentei meus dias de atividades físicas aos poucos e hoje me exercito disciplinadamente de segunda à sábado. Cortei café e chocolate após as 14h, coloquei meu despertador longe de mim para não render ao modo soneca. 


Procuro me desconectar pelo menos 1h antes de ir pra cama (nem sempre é fácil, tento checar o Whatsapp às 21h e então colocar o celular no modo avião). A recompensa veio após algumas semanas: acordei e ao me olhar no espelho tive um choque. Meu rosto estava diferente, sabia que tinha dormido bem pois até minhas rugas estavam mais suaves e eu tinha um olhar de fato descansado! Minha autoestima foi às alturas, eu parecia mais jovem!


É gritante a diferença de uma noite bem dormida ou não. Todos sabemos disso. Mas percebi o quão fácil nos acostumamos com uma qualidade de sono ruim e, consequentemente, com um nível de energia abaixo do que podemos ter. Agora, cuidar do meu sono se tornou algo tão fundamental que dormir depois das 22:30h é só para algo que realmente valha muito a pena. Hoje, me orgulho em dizer que eu sou daquelas que ‘dorme com as galinhas’.”

É muito comum as pessoas adotarem rituais matinais para começar o dia bem. Desde tomar uma ducha fria, fazer exercício, tomar um suco verde: são muitas as receitas para um despertar extraordinário. Aqui no Plenae (a)prova, inclusive, trouxemos o desafio Milagre da Manhã neste intuito. 


Porém, é mais raro ouvir sobre bons rituais noturnos, que preparem de forma eficaz o corpo e a mente para desacelerar e dormir com qualidade. Buscamos sempre estarmos tão ativos até o último minuto do dia que, muitas vezes, respondemos e-mails e mensagens já de pijamas. 


Neste desafio pudemos ver de perto os benefícios de se colocar o sono como algo central em nossas vidas. Ter como meta dormir com qualidade te estimula a adotar uma série de hábitos mais saudáveis, trazendo como recompensa mais disposição, bom humor e criatividade. Uma melhora no sono ainda ajuda a sua capacidade de memorização, regula o seu apetite, reabastece seu sistema imune e baixa a pressão sanguínea. 


Como coloca Matthew Walker em seu texto, “já é hora de reivindicarmos nosso direito a uma noite inteira de sono sem constrangimento ou o estigma prejudicial da preguiça. Ao fazê-lo, podemos nos unir ao poderosíssimo elixir de bem-estar e vitalidade dispensado em todos os caminhos biológicos concebíveis. Então poderemos nos lembrar de qual é a sensação de estarmos despertos de verdade durante o dia, impregnados com a mais profunda plenitude do ser”. Você está atento ao seu descansar? 

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