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Os três caminhos para a felicidade - segundo a ciência

Utopia para uns, objetivo para outros, a tão conhecida e almejada felicidade tornou-se debate científico, bem como os caminhos para alcançá-la

11 de Julho de 2022


Muito se fala sobre felicidade e também muito se apresentam caminhos múltiplos. Aqui no Plenae, o tema já foi abordado diretamente de diferentes maneiras: sua relação com a gratidão, sua relação com propósito, como capturá-la e ainda o que é o bem-estar subjetivo. Isso sem contar as inúmeras vezes que a felicidade apareceu em artigos de forma indireta. 


Mas buscar por essa alegria plena é tão instigante que até mesmo a ciência se desdobra sobre esse mistério vez ou outra. E agora, novamente, chega a conclusões que podem ser de grande valia para quem está buscando. Um recente artigo publicado na revista Forbes americana trouxe a visão de psicólogos e especialistas e também 3 passos práticos para ser feliz. 


Existem duas formas de sentir felicidade: a momentânea, atrelada a algo mais rápido e mais potente que gera até mesmo a liberação de hormônios como dopamina e serotonina; e a felicidade mais contida, que se dá diante de uma conquista mais duradoura e, apesar de não gerar picos tão altos, tende a afetar mais na sua qualidade de vida e percepção sobre o seu próprio bem-estar.


A segunda se faz mais importante quando o assunto é “ter uma vida feliz” e não só “ter momentos felizes”. É como te contamos aqui, neste artigo sobre IKIGAI, o método oriental para encontrar propósito na vida. Pesquisadores liderados por Vlad Costin, da Universidade de Sussex, Inglaterra, concordam com a importância das duas, mas vão além: encontrar um significado para a vida ganha mais força com o tempo e está intimamente ligada a essa felicidade plena.


“O significado é a teia de conexões, entendimentos e interpretações que nos ajudam a compreender nossa experiência e formular planos direcionando nossas energias para a conquista do nosso futuro desejado. É o significado que nos dá a sensação de que nossas vidas importam, fazem sentido e são mais do que a soma de nossos segundos, dias e anos”, dizem.


Definir o que é importante


Dessa definição, os psicólogos extraíram três temas centrais: coerência (processo de dar sentido ao mundo e às suas experiências nele), propósito (a sensação de ter um ou vários objetivos de vida e ser capaz ir em direção a eles) e importância (crer que suas ações estão fazendo a diferença no mundo e que sua vida é significativa).


Usando uma amostra de 126 adultos britânicos, eles pesquisaram e descobriram que a importância estava em primeiro lugar, seguido do propósito e, por fim, a coerência, que parecia ser “mais um sintoma do sentido da vida do que uma causa”. A partir disso então, como melhorar o senso de importância, já que ele aparentou ser o mais importante?


Não há uma resposta exata, é claro, porque trata-se de uma métrica individual. Mas um bom ponto de partida, segundo eles, pode ser pensar nas perguntas que definem o conceito de importância. São eles: “minha vida é inerentemente valiosa”, “mesmo daqui a mil anos, ainda importaria se eu existisse ou não”, “se minha vida já existiu importa mesmo no grande esquema do universo” e “eu tenho certeza de que minha vida é importante.”


Esse senso de importância foi apontado em outras pesquisas ainda como um fator muito importante para um bom desempenho profissional. “Quando os funcionários sentem que são importantes para sua organização, eles ficam mais satisfeitos com seus empregos e vida, mais propensos a ocupar cargos de liderança, mais propensos a serem recompensados ​​e promovidos e menos propensos a desistir”, afirmam os autores desta pesquisa, liderada por Andrew Reece, da empresa BetterUp, e David Yaden, da Universidade da Pensilvânia. 


Buscar mais autonomia 


Dinheiro não traz felicidade, como diz o ditado, mas há algumas pesquisas importantes que apontam a relação entre bem-estar e poder aquisitivo bastante expressivas. Há um ensinamento importante que os mais bem-sucedidos podem nos ensinar, ainda segundo o artigo da Forbes: a maneira como eles escolhem trabalhar.


Pesquisadores da Universidade de Maastricht, da Harvard Business School e da Vrije Universiteit, em Amsterdã, entrevistaram 863 indivíduos com patrimônio líquido alto e 1.232 indivíduos com patrimônio líquido baixo, procurando semelhanças e diferenças na maneira como os ricos gastam seu tempo e como isso influenciou sua felicidade.

Ambos os grupos gastaram aproximadamente a mesma quantidade de tempo em atividades de lazer, trabalhando e se deslocando, e usando seu telefone e computador. Porém, os pesquisadores descobriram que os milionários eram mais propensos a gastar tempo em atividades de trabalho que ofereciam mais autonomia pessoal – ou seja, o trabalho que eles decidiram fazer. Isso foi apontado como um motivo para que eles sentissem maior satisfação com a vida do que outros. 


Seja paciente, a felicidade vem com a idade


A maioria das pesquisas psicológicas sugere que a felicidade e a satisfação com a vida aumentam gradualmente desde o início da idade adulta até a meia-idade. E um trabalho recente publicado na revista Social Psychology and Personality Science ecoa essa descoberta em relação ao otimismo.


Pesquisadores da Universidade da Califórnia analisaram dados de uma grande amostra de adultos norte-americanos com idades entre 26 e 71 anos e aplicaram um teste de orientação, medida de otimismo amplamente utilizada e validada. consiste em seis questões:


- Em tempos incertos, costumo esperar o melhor.

- Se algo pode dar errado para mim, provavelmente não dará.

- Estou sempre otimista em relação ao meu futuro.

- Eu principalmente espero que as coisas aconteçam do meu jeito.

- Muitas vezes conto com coisas boas acontecendo comigo.

- No geral, espero que aconteçam mais coisas boas do que ruins.


Os pesquisadores usaram esses dados para traçar a trajetória do otimismo ao longo da vida. As descobertas apontam o que foi dito anteriormente, mas dessa vez, com números mais cravados. O otimismo é mais baixo na faixa dos 20 anos, varia ao longo da vida mas, foi aos 55 anos que as pessoas experimentaram seu mais alto nível.


“Essas descobertas sugerem que o desenvolvimento do otimismo ao longo da vida adulta segue uma forma de U invertido, com um pico no final da meia-idade, semelhante a outros traços de personalidade positivos, como autoestima e satisfação com a vida”, disseram os pesquisadores.


A conclusão final foi que senso de importância, autonomia e maturidade são componentes importantes para a felicidade. Apesar dos fatores externos existirem, é preciso que haja uma movimentação importante individual para ser feliz. 

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Dez filmes imperdíveis sobre o envelhecimento

Conheça dez filmes sobre o envelhecimento para rir, se emocionar e se inspirar.

14 de Dezembro de 2018


Conheça dez filmes sobre o envelhecimento para rir, se emocionar e se inspirar. O Curioso Caso de Benjamin Button (2009) - Na fábula inspirada no conto de F. Scott Fitzgerald, escrita em 1922, Benjamin Button (Brad Pitt) nasce com a aparência e doenças de uma pessoa de aproximadamente 80 anos. Em vez de envelhecer com o passar do tempo, ele rejuvenesce. Ainda criança, conhece Daisy (Cate Blanchett), com quem viverá um romance na vida adulta. O filme recebeu 13 nomeações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. As Invasões Bárbaras (2003) - Dezessete anos depois de filmar O Declínio do Império American o, o diretor canadense Denys Arcand reuniu os mesmos atores. Desta vez, Rémy (Rémy Girard) está com um câncer incurável e quer acertar as contas com o passado. Ele recebe a ajuda de sua ex-mulher, seu filho ausente e velhos amigos. A obra ganhou Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Elza e Fred Elsa & Fred - Um Amor de Paixão (2005) - A comédia romântica hispano-argentina conta a história de dois vizinhos que se apaixonam. Viúvo há poucos meses, Alfredo (Manuel Alexandre) muda-se para um novo apartamento, onde conhece Elsa (China Zorilla). De luto, ele está triste e carrancudo. Ela, por outro lado, é divertida e enxerga a vida com leveza. Juntos, eles farão aventuras que vão chocar a família e fazer o público gargalhar. Em 2014, o filme ganhou uma versão americana, com Shirley MacLaine e Christopher Plummer. A Incrível História de Adaline (2015) - Adaline Bowman (Blake Lively) sofre um acidente de carro e, a partir de então, nunca mais envelhece, conservando a aparência de 29 anos. Ela não se permite criar laços com ninguém, até conhecer Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade. O exótico hotel marigold O Exótico Hotel Marigold (2011) - Um grupo de idosos britânicos (estrelados por Maggie Smith, Judi Dench, entre outros) decide curtir a aposentadoria em um lugar barato e exótico: a Índia. Pela internet, os amigos descobrem o recém-restaurado Hotel Marigold, gerenciado pelo indiano Sonny (Dev Patel), e partem para lá. A realidade, no entanto, não é como nas fotos. Na Índia, os idosos vivem aventuras e redescobrem sua essência. Era uma Vez em Tóquio (1953) - O clássico japonês dirigido por Yasujiro Ozu faz uma reflexão sobre o tempo e o envelhecimento. Um casal de idosos deixa a cidadezinha onde vive para visitar os filhos em Tóquio. Sempre atarefados, os descendentes não têm tempo nem cabeça para acolher os pais. Somente a nora, que perdeu o marido na guerra, dá atenção aos idosos. envelhescência Envelhescência (2015) - O documentário do gaúcho Gabriel Martinez propõe o questionamento: como você pretende encarar a própria velhice? O filme conta a história de seis idosos que levam vidas inspiradoras, longe do estereótipo imposto pela convenção social. Participam do documentário a antropóloga Mirian Goldenberg, o médico Alexandre Kalache e o filósofo Mário Sérgio Cortella. Cocoon (1985) - Nesse clássico da Sessão da Tarde, idosos nadam em uma piscina onde repousam casulos com seres extraterrestres. A água contém propriedades milagrosas que fazem os humanos sentirem-se cheios de disposição. Quando descobrem o motivo da fonte da juventude, os idosos passam a vivenciar um dilema: vale a pena rejuvenescer enquanto os outros envelhecem? Up - altas aventuras Up - Altas Aventuras (2009) - A animação da Pixar conta as aventuras do idoso viúvo Carl Fredericksen, do escoteiro Russell, do explorador difamado Muntz, da ave Kevin e do golden retriever Dug rumo ao Paraíso das Cachoeiras, na Venezuela. A inusitada amizade entre o idoso de 78 anos e a criança de 8 anos leva às lágrimas. O longa ganhou Oscar de Melhor Filme de Animação e Melhor Trilha Sonora. Toda Forma de Amor (2010) - Aos 75 anos, Hal (Christopher Plummer) dá duas notícias ao filho, Oliver (Ewan McGregor): está com câncer em estágio avançado e é homossexual. Enquanto emplaca um namoro com Anna (Mélanie Laurent), Oliver relembra os momentos que passou com os pais.

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