Coloque em prática
O que podemos tirar deste, que é um momento tão delicado? Para o rabino Michel Schlesinger, a noção de coletividade aumentou
6 de Agosto de 2021
Como você gostaria de se lembrar da pandemia? Sabemos que esse é um momento onde se manter vivo já é tarefa o suficiente. Estamos com a energia baixa e enfrentando tempos difíceis de forma coletiva. Mas, em dias que nos sentimos fortes, cabe somente a nós mesmos construir os dias que nos lembraremos para sempre.
É o que prega o rabino Michel Schlesinger da Congregação Israelista Paulista e representante da Confederação Israelista do Brasil para o diálogo inter-religioso. Ele viu na prática como mesmo momentos de crise trazem consigo oportunidades de renovação. Desde que começou a pandemia, o modo de fazer judaísmo também mudou.
“Eu nunca tinha rezado na frente de uma câmera antes. Com a crise provocada pelo novo coronavírus, a sinagoga foi fechada e nós migramos todas as nossas rezas para o ambiente online”, conta ele. Mas, apesar de ter estranhado nas primeiras vezes, ele percebeu algo: com o nascimento do chamado telejudaísmo, eles começaram a alcançar pessoas que antes não alcançavam.
“Existem judeus que moram em cidades do Brasil que não há sinagoga e não há rabino. E essas pessoas começaram a rezar também conosco. Para se ter uma ideia da dimensão do impacto, se em uma sexta-feira à noite haviam 350 ou 400 pessoas, agora, uma live, atingimos 1600 conexões, o que dá um universo aproximado de 4 mil pessoas”, relata o rabino. Portanto, processos que demorariam muitos anos para amadurecer foram capitalizados e acelerados pela crise.
Além disso, Michel constatou que a percepção dos dias é pessoal, afinal, é construída de forma individual. “Quando Moisés subiu no Monte Sinai para receber os 10 mandamentos, passou 40 dias lá em cima, uma quarentena. Para ele, momento de elevação espiritual, momento de encontro com o divino e com o sagrado. Mas os mesmos 40 dias foram vividos pelo povo que estava na base da montanha como dias de abandono, de solidão, de depressão e de medo, e por isso acabaram construindo o bezerro de ouro”, explica.
O mesmo se aplica a essa quarentena: enquanto alguns estão tristes e deprimidos, outros estão tentando enxergar oportunidades de desenvolver novas habilidades, de estudar, de meditar. Escolha você também as habilidades que pretende fortalecer durante a pandemia e tente trabalhar com elas sempre que puder e conseguir!
Por fim, lembre-se que estamos todos em uma mesma travessia, “assim como foi a travessia do mar vermelho”, como lembra Michel. “As águas do mar estão abertas e estamos passando, é uma travessia coletiva e esse talvez seja o maior aprendizado. Não adianta uma só pessoa chegar a outra margem, ela só acaba quando todos chegarem. Precisamos trabalhar como sociedade, cooperar”, conclui. Que a gente consiga concluir essa travessia de forma colegiada e coletiva para então sairmos de tudo isso mais rápido e mais fortes.
Coloque em prática
Pensando em criar o seu filho em um ambiente cercado por estímulos de amor e gratidão? O Hooponopono pode te ajudar nessa empreitada.
15 de Dezembro de 2021
No Podcast Plenae, em diferentes temporadas, tivemos exemplos de pessoas que se conectaram com sua espiritualidade ainda muito cedo. Como é o caso da Fafá de Belém, que tem uma história com a fé mesmo antes de nascer e faz dela o centro de sua vida até hoje. Paulo Vicelli, que tem Jesus como um amigo pessoal e Fernanda Souza, que se libertou de crenças limitantes para abraçar o sagrado em tudo que a cerca.
O monge Satyanatha pode não ter tido a religião ou algum dogma ainda muito jovem - afinal, se encontrou com o budismo já adulto. Mas, uma vez budista, tudo começou a fazer sentido: ainda na infância, sua avó salvou a sua vida pois reconheceu nele sintomas que já havia visto em outra criança que ela ajudava, e que infelizmente veio a óbito. Para ele, tudo está conectado de forma que nós, seres humanos, ainda não sabemos explicar.
Por fim, tivemos também a modelo Isabella Fiorentino contando, justamente, como suas crenças a guiaram pelas fases mais difíceis que passou e como isso se tornou um objetivo dentro da sua maternidade: ensinar a fé para seus filhos. Inspirados por esse episódio, fomos investigar se é possível aprender a ser mais espiritual. E a resposta é: sim.
Para isso, é preciso antes de mais nada, servir como um espelho para seus filhos. É por meio de demonstrações e de estímulos externos que ele vai se conectar com algo superior - e caso isso demore, ou eventualmente não aconteça, é preciso que haja aceitação, pois só ela é capaz de manter um lar sereno e vibrando em paz e amor.
O Ho'oponopono
Te contamos neste artigo um pouco mais do ritual havaiano conhecido como Ho'oponopono. Sua proposta principal é assumir responsabilidades diante dos acontecimentos da vida e entender qual foi o seu papel dentro delas - um pouco semelhante até mesmo à Comunicação Não-Violenta, que explicamos aqui como funciona, e também ao Estoicismo, que te apresentamos aqui.
Uma vez identificado o seu papel dentro da história, é hora de repetir o mantra principal da filosofia, que se relaciona principalmente com compaixão, perdão e empatia: Sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato. Lembrando que não é preciso repeti-las em voz alta, pode ser somente mentalmente. Mais do que perdoar ao outro, é importante perdoar a si mesmo, e compreender que muito do que nos acontece, só ocorre porque permitimos determinadas situações.
Para transmitir esses ensinamentos aos seus filhos, é preciso que você realmente os absorva para a sua vida. Sabemos que a primeira infância exerce bastante poder sobre quem somos futuramente. Portanto, nesse momento, mais vale o que você é e faz do que o que você diz e ensina.
Utilizar o método havaiano feito para “para limpar crenças limitantes, padrões de autossabotagem, bloqueios e todo tipo de memória negativa que carregamos ao longo de nossa vida”, como nos lembra o portal Personare, vai ser importante na jornada de autoconhecimento e também de conhecer melhor a sua cria.
“Lembrem-se: as memórias surgem para serem libertadas. E as crianças fazem isso por nós, pois as memórias atuam através delas. Assim, ao identificar isto, comece a limpá-las, falando as seguintes frases para si mesmo: ‘Eu sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grata(o)’”, diz a psicóloga Maria Cristina no artigo mencionado acima.
Não é preciso que haja um evento traumático para começar a aplicar os ensinamentos da filosofia havaiana. Você pode usá-lo sempre que houver um mau comportamento, pois por trás dele, uma memória difícil pode estar se apresentando ou um padrão problemático da casa pode estar sendo perpetuado. Para isso:
Seja grato e ensine a gratidão para o seu filho
Seja gentil e compreensível tanto com ele, quanto consigo mesmo
Ensine o poder do perdão e como desculpar a si e aos outros pode ser libertador
Ensine também como o afeto pode fazer diferença em qualquer relação, das menores às maiores, sejam elas românticas ou não
Lembre-os que somos todos responsáveis pelo nosso próprio posicionamento dentro das histórias que nos acometem
Lembre-os também de sempre se expressarem e falarem aquilo que os incomoda, e isso não precisa ser feito de forma violenta ou somente quando se está no limite
Esteja atento naquilo que o seu filho faz sem perceber sempre que ele está em uma situação desconfortável. Pode ser uma repetição de algo que você mesmo faz, ou somente uma forma de pedir ajuda dele não-verbal.
Comece a ampliar o seu olhar para eles e para si também. A ideia é estar prestando atenção em si e no seu entorno. Lembre-se: é possível ensinar uma educação positiva, como Telma Abrahão nos ensinou, mas é preciso estar atento e disponível para as manutenções que todas as relações pedem.
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