Coloque em prática
Em Ted Talks, a neurocientista e escritora científica Sandra Aamodt explica como dietas restritivas afetam seu cérebro e porque elas não funcionam
10 de Agosto de 2022
Quem nunca tentou aderir a uma dieta restritiva, que atire a primeira pedra. Amplamente divulgadas, muitas delas são sugeridas, de forma irresponsável, ainda na infância ou numa idade jovem. Mas o fato é que dietas restritivas não são indicadas em nenhuma idade, para nenhum tipo de corpo.
E isso, quem está falando, é a ciência. Além de estressar o corpo e a mente, elas ativam circuitos cerebrais que deixam o indivíduo com ainda mais fome e mais propenso a ceder aos exageros. Ela é contraintuitiva, contra a natureza da nossa espécie e assusta nosso metabolismo.
A neurocientista e escritora Sandra Aamodt comprovou isso de forma prática: testando nela mesma. Depois de anos testando as mais mirabolantes dietas, ela resolveu adotar o mindful eating, que te explicamos o que é neste artigo. Ou seja, passou a ouvir seus sinais internos de fome e saciedade e, para sua surpresa, perdeu 4,5 kg.
Ela divide esse relato em sua participação no evento mais famoso de palestras, o TED Talks. O vídeo completo você confere aqui, mas separamos os principais insights a seguir!
“Não importa o que eu tentasse, meu peso sempre voltava”
Nosso peso depende do quanto comemos versus quanta energia gastamos, isso é um fato. Mas, segundo a neurocientista, o que muitas pessoas não percebem é que esses dois fatores, fome e gasto de energia, são comandados pelo cérebro, em um processo inconsciente, em sua maioria - o que é ótimo, porque nossa consciência é facilmente distraída, como pontua ela.
Sendo assim, nosso cérebro sempre sabe o quanto devemos pesar, em um cenário ideal, independente daquilo que conscientemente acreditamos - justamente porque esse pensamento consciente está atrelado a fatores sociais, pouco naturais. O hipotálamo é a região do cérebro que regula nosso peso físico, recebendo diariamente sinais químicos para ganhar ou perder, funcionando como um termostato. É ele que ajusta a fome, a atividade e o metabolismo para nos manter estáveis.
“Se perdermos muito peso, nosso corpo reage como se estivéssemos morrendo de fome”
E isso se deve graças a esse “termostato” natural que temos no cérebro, mencionado anteriormente. É como abrir a janela de sua casa no inverno com o aquecedor ligado: não ficará mais frio, porque o termostato ajustará a temperatura do aquecedor para que mantenha a casa quente. É o que faz nosso cérebro, mas com o peso que ele considera ideal.
Se perdemos muito peso, ficaremos com fome e nosso músculo queimará menos energia para compensar. Ou seja, a academia não vai oferecer os resultados lá do comecinho, porque seu corpo estará em alerta para não perder mais pesos desnecessários.
“De uma perspectiva evolutiva, a resistência do nosso corpo em perder peso tem uma explicação”
Ao longo dos séculos, o alimento muitas vezes foi escasso, e nossos ancestrais dependiam de poupar energia para sobreviver. E recuperar esse peso de forma rápida assim que conseguissem alimentos também os ajudava a se prepararem para uma próxima escassez.
A fome, aliás, sempre foi um problema muito maior do que o excesso em uma perspectiva histórica. Nossa espécie passou por muito mais privação do que bonança.
“O ponto ideal”
Apesar de rejeitar esse termo pessoalmente falando, Sandra o traz à tona porque se trata de um termo científico: é a quantidade de peso que o seu corpo te permite perder ou ganhar. E, para nosso choque, raramente esse valor foge de uma janela entre 4,5 kg e 7 kg.
Isso quer dizer que não conseguiremos nunca perder mais do que 7 kg? Sim e não. Você poderá perder se estiver determinado, mas será uma luta interna grande e, provavelmente, eterna. Porque, por mais que você mantenha esse peso por décadas, a verdade é que seu cérebro estará sempre em busca de recuperá-lo, segundo a neurocientista.
E justamente pelo fator histórico levantado no ponto anterior, é possível sim que o ponto ideal aumente, ou seja, que seu corpo passe a considerar um ganho acima de 7 kg bom. Mas dificilmente ele irá diminuir - e isso, sim, é muito injusto. O motivo, claro, é esse medo inconsciente constante da privação de alimento que nossos ancestrais vivenciaram.
“Comedores intuitivos X comedores controlados”
Segundo estudos, aqueles que comem segundo seus sinais de fome e saciedade são menos propensos a ficarem acima do peso e passam menos tempo pensando em comida. Os comedores controlados, ou seja, aqueles que controlam sua alimentação segundo um “manual”, são mais vulneráveis a comer em excesso, influenciados por propagandas, tamanho das refeições ou gatilhos como bufê com comida liberada.
As crianças são especialmente mais vulneráveis a esse descontrole alimentar dentro de um ciclo de dieta. Estudos diferentes mostraram que garotas que começaram a fazer dietas ainda na adolescência são três vezes mais propensas a ficarem acima do peso cinco anos depois, mesmo que tenham iniciado com um peso “normal”.
Todos esses estudos descobriram que os mesmos fatores que provocam o ganho de peso também provocam o desenvolvimento de distúrbios alimentares. Um terceiro fator ainda estaria relacionado: ser provocado por familiares a respeito de seu peso.
“Você pode controlar sua saúde controlando o seu estilo de vida”
Cinco anos após uma dieta, a maioria das pessoas estudadas retornam ao seu peso anterior e 40% delas ganham ainda mais peso do que tinham. Isso nos leva a crer que o resultado típico das dietas é negativo a longo prazo. Mas então, o que fazer a respeito. “Minha resposta é: mindfulness”, diz Sandra.
Isso não envolve necessariamente aprender a meditar ou fazer aulas de ioga, por exemplo, práticas sempre relacionadas ao mindfulness. Mas aplicar isso ao seu corpo, com o mindful eating. Lembra dele? Citado lá no comecinho deste artigo. Aprender a comer de acordo com os sinais que o seu próprio corpo envia. E isso envolve saber quando parar - #spoiler: não é preciso estar completamente cheio!
“Muito do ganho de peso vem quando se come sem estar com fome”, diz Sandra. Sentar-se para comer sem distrações, em horários regulares e em ambientes propícios são partes importantes da prática também. “Eu demorei quase um ano para aprender a ouvir meus sinais internos, mas valeu muito a pena. Eu nunca me senti tão confortável com o tema comida em toda a minha vida”, diz.
É importante dizer que essa abordagem não necessariamente o fará perder peso, a menos que você tenha o costume de comer quando está sem fome. Mas a ciência até hoje não conseguiu cravar nenhuma outra abordagem que funcionasse com pessoas diferentes e proporcionasse uma significativa perda de peso.
“Temos que encarar: se as dietas funcionassem, já estaríamos todos magros”.
Por que continuamos a fazer as mesmas coisas, mas esperando resultados diferentes? É o que questiona, por fim, a neurocientista. Sua palestra se encerra levantando a questão não só da ineficácia das dietas, como também seus malefícios em casos mais severos: a obsessão pelo peso leva a transtornos alimentares, sobretudo em jovens, e isso pode custar até mesmo suas vidas.
“Nos Estados Unidos, 80% das meninas com 10 anos de idade afirmam fazer dietas”, revela Aamodt. “Nossas filhas aprenderam a medirem seus valores com a balança errada”, diz. “E se ensinássemos a todas elas que comer quando se está com fome não tem problema? Que tal se ensinássemos a treinar seu apetite, e não temê-lo? Elas seriam mais felizes e, provavelmente, mais magras quando adultas. Eu gostaria que alguém tivesse me dito isso quando eu tinha 13 anos”, concluiu, sob aplausos.
Coloque em prática
Separamos dicas que vão te transportar para outros lugares mesmo no conforto do seu lar.
20 de Dezembro de 2020
2020 mal chegou e já começa a se despedir. Com a chegada de uma pandemia mundial, nunca ficamos tanto em casa. Apesar dessa reconexão com nosso próprio lar que experimentamos, também ficamos saudosos de poder fazer as malas e ir explorar um novo lugar.
No quarto episódio da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, conhecemos o estilo de vida da Família Nalu, que consiste em não ter residência fixa, mas sim, estar por todos os cantos, sempre juntos, em busca de novas ondas, novos ares.
Inspirados a viajar, mas ainda respeitando os protocolos de segurança, resolvemos separar dicas que vão te transportar a vários outros lugares sem nem precisar sair de casa. Faça as “malas” e embarque nessa!
Você sabia que durante a pandemia, vários dos maiores museus do mundo disponibilizaram seus acervos de forma gratuita e online? O Museu do Louvre , o Museu do Vaticano e até o Museu Britânico : você consegue fazer um tour virtual clicando sobre o nome deles e visitando seus sites.
O velho e bom Google também pode te ajudar! Não, você não verá apenas imagens estáticas na busca comum. A experiência é melhor e mais detalhada se você baixar o aplicativo (ou simplesmente visitar este site ) do Arts & Culture, que reúne artigos e curiosidades sobre as mais diferentes coleções e museus do mundo!
Se o seu turismo é mais urbano e não tanto sobre museu, o Google também pode te ajudar! Baixe o aplicativo do Google Earth (ou clique aqui para usar no navegador) e conheça virtualmente aquele destino dos sonhos com riqueza de detalhes!
Quando estiver por lá, arraste o bonequinho amarelo para a rua que você quer visitar e comece a passear. Este artigo separou ainda outras dicas de funcionalidades dessa ferramenta. Fique de olho também em câmeras espalhadas por cidades de todo o mundo. Você confere algumas delas aqui .
E tem para os aventureiros também: os parques de Orlando preparam uma experiência para que você conheça não só os parques como também a cidade, tudo em um só site . Isso pode te ajudar até mesmo a planejar sua próxima viagem - dessa vez presencial - com mais exatidão.
Não se esqueça ainda do Youtube! Por lá, você encontra os principais canais voltados para o turismo clicando nesse link aqui , baseado no que o algoritmo da própria plataforma separa como imperdível e destaque. Este blog também separou dicas incríveis de canais para você conhecer.
Na televisão, você encontrará sites como o Canal Off , Discovery Channel, Travel Channel que possuem programações inteiras voltadas para o assunto. Já o GNT e o Multishow possuem programas específicos em sua grade que também entregam conteúdo turístico de alta qualidade, como Vai Pra Onde?, Pedro Pelo Mundo e Lugar Incomum.
Outras experiências
Mas nem todas as experiências precisam ser tão multimídias assim. Às vezes, somente uma foto é capaz de te levar para outro lugar. Sites como National Geographic ou a agência fotográfica Magnum Fotos e também contas no Instagram de viajantes natos (para isso, confira essa lista ), podem ser uma opção.
Se tratando de fotos, você ainda pode navegar pelas suas próprias fotos de antigas viagens. Sabe aquele álbum que você sempre quis fazer e nunca teve tempo? A hora é agora! Separe um tempinho e eternize suas lembranças, seja em um álbum físico ou em um álbum online.
Para a segunda opção, que tal usar o Pinterest ? O aplicativo - que também é site - conhecido há anos por reunir belas imagens de diferentes universos, pode funcionar como seu álbum particular e também de seus seguidores, que irão se inspirar com os seus cliques!
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