Coloque em prática

Tai chi ajuda na fibromialgia

Uma nova pesquisa aponta que a prática do tai chi – atividade originada nas artes marciais que se tornou parte da medicina tradicional chinesa – é mais eficaz do que os exercícios aeróbicos.

11 de Janeiro de 2019


Exercícios físicos fazem parte de um arsenal de terapias recomendadas para melhorar o bem-estar de pacientes que sofrem de fibromialgia. A síndrome causa dores musculares em todo o corpo, fadiga, problemas de sono e até mesmo comprometimento psicológico e depressão. Uma nova pesquisa aponta que a prática do tai chi – atividade originada nas artes marciais que se tornou parte da medicina tradicional chinesa – é mais eficaz do que os exercícios aeróbicos. Cientistas liderados por Chenchen Wang, diretor do Centro de Medicina Complementar e Integrativa do Tufts Medical Center, de Boston, estudaram um grupo de 226 pessoas com fibromialgia durante um ano. Entre a 12ª a 24ª semanas, eles distribuíram aleatoriamente os voluntários para um programa de exercícios aeróbicos atualmente recomendado ou para uma das quatro sessões de tai chi. Mediram os sintomas de dor física e os efeitos psicológicos no início e novamente nas 12ª, 24ª e 52ª semanas. Quanto mais tempo, melhor. Todos os participantes relataram estarem com menos dor do que no início dos testes. Mas, depois da 24ª semana, os praticantes de tai chi melhoram mais do que os que fizeram exercícios aeróbicos. Wang descobriu que fazer tai chi por um longo período trazia mais benefícios do que a prática de curto tempo. “Achamos que nossos resultados sugerem que os médicos devem pensar que tipo de exercício é melhor para seus pacientes com fibromialgia”, diz Wang. “Descobrimos que o tai chi é mais agradável, proporciona conexão social e pode ser feito sozinho, com a família e amigos.” Em um estudo publicado no BMJ , portal internacional de artigos sobre saúde, os pesquisadores também destacam o tai chi no tratamento da fibromialgia. A prática envolve corpo e mente, exercícios físicos e psicológicos. Outros pequenos estudos fazem a mesma sugestão, mas, até agora, apenas Wang comparou as diferenças entre as possíveis atividades físicas indicadas pelos médicos.

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Coloque em prática

Como os ensinamentos do Budismo podem ser aplicados no dia a dia?

Conheça um pouco mais sobre a história milenar dessa doutrina e seus principais ensinamentos que podem melhorar a sua rotina

1 de Setembro de 2020


Apesar de estar cada dia mais em alta, o Budismo não é exatamente novo, e começava a surgir na Índia há impressionantes dois mil e quinhentos anos. A religião - que na verdade não se denomina como uma - é quarta mais praticada no mundo, mesmo sendo não teísta, ou seja, não acredita na existência de um único Deus. Atualmente, estima-se que haja 500 milhões de seguidores no mundo todo.

Seus ensinamentos, criados em épocas tão distintas as que vivemos atualmente, nunca foram tão atuais: para o Budismo, as respostas que você procura muitas vezes estão dentro de você. Mas, para encontrá-las, é preciso estar disposto a acessar o seu interior mais íntimo - tarefa nem sempre fácil ou agradável.

Muitas vezes, a verdade que buscamos está dentro de nós mesmos

Mas não se engane: é impossível desconectar-se do mundo exterior. Sofremos diariamente influência do ambiente onde estamos inseridos, mas a sua atitude interior pode ser a resposta para a manutenção de suas angústias.

Como tudo surgiu

Assim como outros dogmas, a história do Budismo é contada há milênios e pode ter sofrido algumas alterações com o tempo. Acredita-se que em uma região indiana - hoje pertencente ao Nepal - havia um príncipe chamado Siddhārtha Gautama . Sua jornada, que contou com um isolamento de 29 anos e uma busca pela compreensão humana que durou toda a sua vida, conferiram a ele o título de Buda Sakyamuni, considerado um ser iluminado.

Mas que busca era essa? Buda percebeu ainda jovem que o luxo não traria a felicidade, que aparentemente é o maior desejo da nossa espécie desde que o mundo é mundo. Então ele partiu em busca de respostas: queria encontrar um método único que colocasse fim ao sofrimento humano.

O que o guia espiritual concluiu é que isso só seria possível se o sujeito se dedicasse a evitar ações não-virtuosas o máximo possível, praticar o bem a todos que cruzassem o seu caminho, sem distinções, e treinasse sua mente para enfim dominá-la.

Em tempos onde viver até os 40 anos era já uma vitória, Buda viveu até os 80 - sendo provavelmente um dos primeiros longevos de sucesso da história. Ele difundiu seus ensinamentos até o último dia de sua vida - que perduram até hoje mundo afora.

Principais preceitos

Por que seus seguidores não o denominam como religião, mas sim como uma filosofia de vida? Como posso aplicar os seus ensinamentos no meu cotidiano? Essa são algumas dúvidas comuns que podem surgir quando o assunto é Budismo.

Apesar de ensinamentos tão atuais, o Budismo é das filosofias mais antigas que existem

Antes de respondê-las, é importante explicar as Quatro Nobres Verdades instituídas pela linha de pensamento budista:

  • A vida é sofrimento
  • O sofrimento é fruto do desejo
  • O sofrimento acaba quando o desejo acaba
  • Isso só é alcançado se seguirmos os ensinamentos de Buda - sendo essa a quarta Nobre Verdade, que propõe em seguida ensinar os caminhos para a libertação do sofrimento humano (também citado em literaturas budistas como Nobre Caminho Óctuplo)

Essa busca pela libertação do sofrimento humano é baseada em sua trajetória individual que demanda mudanças de atitudes do indivíduo que a pratica. E é isso que a torna mais uma filosofia do que propriamente uma religião: por não adorar nenhum Deus específico, ou não possuir uma hierarquia religiosa muito rígida, o Budismo acaba por se tornar uma busca pessoal.

É a partir delas que o sujeito poderá se enveredar pela “Senda das Oito Trilhas”, que consistem nas seguintes exigências: pureza de fé, de vontade, de linguagem, de ação, de vida, de aplicação, de memória e de meditação. Tendo ainda elas como base, há também preceitos muito semelhantes ao que outras religiões pregam, como a judaico cristã: não matar, não roubar, não mentir ou cometer atos impuros e não consumir líquidos inebriantes.

Apesar de possuir 4 linhas diferentes de pensamento (Nyingma, Kagyu, Sakya e Gelug) todas elas reservam em comum a fé no caminho da libertação por meio das Três Jóias: o Buda como guia, o Dharma como lei fundamental do universo e o Sangha como a comunidade budista.

Aplicando os ensinamentos budistas

Agora que você já entendeu como nasceu o Budismo e o que o torna tão único e específico, hora de conhecer um pouco mais sobre seus valores. Seus ensinamentos podem começar pelas duas grandes heranças que ele deixou, apropriadas por outras religiões e até por ateus: os termos “carma” - que diz respeito ao fato de toda ação possuir uma reação a longo prazo - e o termo “nirvana”, que descreve um estado de extrema paz, quando o indivíduo atinge a iluminação de Buda e consegue se extinguir de todo o ego humano.

Como aplicar ensinamentos tão sábios e aparentemente óbvios podem fazer a diferença na sua vida?

Além disso, destaca-se o olhar ao seu redor com amor e empatia, sabendo valorizar até mesmo o simples conforto do mundano, enxergar a beleza da rotina. Outro fator muito importante é o entendimento de que, diferente do nosso corpo físico, a nossa mente não possui limites e não só pode, como deve ser domada - e que isso, na verdade, pode ser a chave para o equilíbrio mental.

Praticar o desapego tanto emocional quanto material é um dos pilares dessa filosofia que também pode se encaixar nos seus hábitos, sobretudo eliminando a raiva. Isso reflete até mesmo na escolha de suas relações pessoais, que deve ser feita com muito cuidado, zelo e atenção, pois refletirão por toda a sua vida. Uma vez que isso for feito, será fácil alegrar-se pela conquista do outro, entrando em outro ensinamento budista também muito importante.

Seja dono da sua própria felicidade é algo que Buda já pregava há milhares de anos, e que o ser humano ainda custa em aprender. Os problemas externos sempre existirão, mas cabe a você decidir como recebê-los e o quanto eles podem te afetar. Lembre-se que não há nada na sua vida que tenha entrado ou permanecido sem a sua própria permissão, ainda que de forma inconsciente

Por fim, entenda os seus limites e respeite-os. Para isso, controle suas expectativas e seja gentil com as suas escolhas. Entenda que todas elas fizeram parte de quem você é, e te guiaram pelos caminhos que te conduziram até aqui. Esteja presente no tempo presente e concentre-se nele, pois é somente ele que temos agora e o aqui e o agora devem ser as suas únicas preocupações.

Agora que você já conhece mais sobre a doutrina budista, que tal praticá-la? Lembre-se que o Budismo não possui amarras ou limites de pensamento. É possível beber de sua fonte e absorver somente o que couber em sua vida, sem abdicar de suas outras crenças. O importante é estar em equilíbrio com os seus pilares , para ter uma vida longa e plena.

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