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Boas amizades proporcionam mais saúde

A qualidade das amizades – e não quantidade – traz benefícios físicos e psicológicos à saúde

28 de Outubro de 2019


A longevidade é uma questão que intriga o mundo. Ao mesmo tempo em que os pesquisadores soviéticos estudavam os centenários abecasianos na década de 1930, os americanos da Universidade Harvard lançavam um dos mais longos estudos contínuos sobre longevidade. Em 1938, o Estudo de Desenvolvimento de Adultos de Harvard começou a rastrear o bem-estar de 268 estudantes do sexo masculino da universidade. Na época, a escola da Ivy League era toda masculina. Ao longo dos anos, o estudo foi expandido com a inclusão das esposas e dos filhos dos estudantes iniciais. Oito décadas. Os participantes responderam a entrevistas e questionários sobre a vida e a saúde, atualizados ao longo do tempo. “Após 80 anos de acompanhamento, o estudo descobriu que riqueza, classe social, genética e QI não são tão importantes para a longevidade quanto a felicidade proporcionada no relacionamento dos amigos, da família e da comunidade”, afirma Robert Waldinger, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard e quarto diretor do estudo. “A descoberta é surpreendente. As pessoas que estavam mais satisfeitas em seus relacionamentos aos 50 anos eram as mais saudáveis aos 80 anos.” As relações pessoais são o melhor indicador de saúde do que níveis de colesterol, por exemplo. Segundo Waldinger, “relações próximas de qualidade parecem proteger dos problemas do envelhecimento. Relacionamentos são superimportantes. Eles estão lá em cima, para além de não fumar, não abusar de drogas, fazer exercícios e dieta.” George Vaillant, o diretor anterior do estudo, reforça a opinião de Waldinger: “A chave para o envelhecimento saudável é relacionamentos, relacionamentos, relacionamentos.” Outro estudo longitudinal examinou o papel das redes sociais nas pessoas com 20 e 30 anos durante três décadas. Descobriram que aos 20 anos, a quantidade das interações sociais é mais importante que a qualidade, mas que ao chegar nos 30 anos, a relação se inverte. Todos são, no entanto, importantes na esfera psicossocial da meia-idade. Impacto físico. Os estudos apontam para o efeito positivo psicológico como para o fisiológico. “Começamos a perceber que isso é uma coisa real, que, de alguma maneira, o número de relacionamentos e a qualidade deles, na verdade, meio que entra no seu corpo e faz a diferença”, diz Waldinger. Relacionamentos de qualidade ajudam a diminuir inflamações no corpo, que é um precursor de muitos tipos de doenças. Há também evidências ligando a qualidade dos relacionamentos com o comprimento dos telômeros (capa proteica do material genético). Quanto mais longos essas estruturas são, maiores os períodos de saúde. “De fato, casais casados ​​tendem a ter os mesmos comprimentos de telômero.” Solidão mata. A palestra de Waldinger em 2015 sobre o tema “O que faz uma vida boa?” foi vista mais de 21 milhões de vezes. “A mensagem mais clara que recebemos deste estudo é a seguinte: bons relacionamentos nos mantêm mais felizes e mais saudáveis ​​– ponto final”, diz ele, que destaca as três grandes lições sobre relacionamentos que aprenderam no estudo: 1. “As conexões sociais são realmente boas para nós e a solidão mata”. 2. “É a qualidade dos relacionamentos íntimos que importa”. 3. “Boas relações não protegem apenas o corpo, elas protegem os cérebros” (por exemplo, deixa a memória mais nítida e mais longa). Por Equipe Plenӕ

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Exercício diminui o risco de morte prematura, diz estudo

Passou muitos anos no sedentarismo? Você ainda pode colher os frutos da mudança – independentemente da sua idade

23 de Outubro de 2019


Uma nova pesquisa científica revelou que duas décadas de sedentarismo podem dobrar o risco de morte prematura de uma pessoa. Comparado a um indivíduo ativo, o sedentário tem uma probabilidade duas vezes maior de morrer cedo. A descoberta foi de um estudo preliminar apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris. O risco de morte precoce também foi mais elevado para aqueles que eram sedentários no início da vida, mas aumentaram a prática de exercícios para duas ou mais horas por semana. Ainda assim, o risco dessas pessoas não é tão grande quanto o daquelas que nunca se exercitaram ou que pararam de se exercitar. Realizado por pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, o estudo analisou dados de 23 mil homens e mulheres noruegueses. Os cientistas coletaram informações sobre a frequência e a duração de atividades físicas e de lazer dos participantes. Em um período de 22 anos, os dados foram coletados três vezes. O nível de atividade física foi dividido entre inativo, moderado (menos de duas horas por semana) e alto (mais de duas horas semanais). Como grupo de referência, os cientistas usaram os participantes que tiveram o nível de atividade mais alto durante o período. Em comparação com esse grupo de referência, aqueles que relataram estar inativos nos dois primeiros períodos de coleta de dados tiveram o dobro do risco de morrer por qualquer causa. Já o risco de morte por doenças cardiovasculares era 2,7 vezes maior entre esses indivíduos. As pessoas que eram ativas no início, mas mais tarde se tornaram sedentárias, experimentaram um risco semelhante ao das que estavam sempre inativas. Elas eram duas vezes mais propensas a morrer durante o período de acompanhamento do que aquelas com os mais altos níveis de atividade. Já as pessoas inativas no início da pesquisa, mas que mais tarde se exercitavam por mais de duas horas por semana, ainda tinham uma probabilidade maior de morte precoce, mas menos do que aquelas que sempre estavam inativas ou que diminuíram suas atividades. "A mensagem principal é que as pessoas devem continuar sendo fisicamente ativas para obter os benefícios do exercício à saúde", disse à revista Runner's World Trine Moholdt, principal pesquisadora do estudo. Mas a boa notícia é que nunca é tarde para reiniciar, ou mesmo começar. O nível moderado foi definido como apenas duas horas por semana. De acordo com Moholdt, esse tempo pode incluir atividades como subir escadas ou descer do metrô na estação anterior e caminhar até o destino final. "Você pode reduzir seu risco praticando atividade física mais tarde na vida, mesmo que não tenha sido ativo antes", afirma Moholdt. "Os benefícios para a saúde vão além da proteção contra morte prematura. O exercício beneficia os órgãos do corpo e a função cognitiva. Eu recomendo que todos fiquem sem fôlego pelo menos duas vezes por semana.” Fonte: Elizabeth Millard, para Runner's World Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo original aqui .

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