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Boas relações familiares protegem a saúde, diz estudo

Relacionamentos com pais e irmãos têm maior impacto sobre a longevidade do que com o cônjuge, segundo pesquisa

2 de Dezembro de 2019


Se você perguntasse a pessoas em relacionamentos românticos qual indivíduo tem maior impacto sobre sua saúde e bem-estar, elas provavelmente apontariam para o parceiro. No entanto, uma nova pesquisa científica publicada no periódico Journal of Family Psychology revelou que os pais e irmãos causam maior peso na saúde de uma pessoa do que seu cônjuge. De acordo com o estudo, tensões familiares podem estar relacionadas a doenças. O oposto também é verdadeiro: o bom relacionamento com pais e irmãos está associado à longevidade. Os pesquisadores estudaram dados de 2.802 pessoas coletados entre 1995 e 2014, com perguntas sobre relações familiares e íntimas. Ao analisar a saúde dos participantes, descobriram que indivíduos com laços familiares tóxicos sofriam de mais doenças, enquanto relacionamentos íntimos - bons ou ruins - não demonstravam grande efeito sobre saúde das pessoas. Esses achados contradizem pesquisas anteriores, que apontaram o casamento como o tipo de relação humana com maior influência no bem-estar dos adultos. Segundo os cientistas, parceiros românticos podem mudar ao longo da vida, mas a família de origem, não. Isso não quer dizer que o cônjuge não tenha qualquer efeito sobre nossa saúde, mas o peso de nossos pais e irmãos parece ser muito mais poderoso. Os pesquisadores recomendam priorizar esses laços e procurar o apoio da terapia familiar, se necessário. "É importante cuidar da relação com a família, especialmente porque elas podem ter sérias consequências para a saúde física", afirmou a principal autora do estudo, Sarah Woods, professora assistente de medicina familiar e comunitária da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Fonte: Julia Ries, para Vice Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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Mais olho no olho, menos exame: conheça a "slow medicine"

30 de Novembro de 2018


Entrar no consultório médico, ser atendido em poucos minutos e sair com uma lista padronizada de pedidos de exames, qualquer que seja a queixa: hemograma, colesterol, hormônios da tireoide, urina... Quem nunca passou por isso? Com o avanço da tecnologia diagnóstica, cresceu também a chamada medicina defensiva, em que os médicos pedem muitos exames para tentar reduzir a possibilidade de erro. Os próprios pacientes exigem esse comportamento, por acreditar que bons profissionais são aqueles que lançam mão de tecnologias – quanto mais modernas, melhor – e prescrevem muitos remédios. Estudos revelaram, no entanto, que o excesso de exames pode piorar a vida do paciente, em vez de melhorá-la. Algumas doenças detectadas provavelmente não trariam qualquer prejuízo à pessoa e poderiam ser somente acompanhadas, evitando tratamentos desnecessários. Existem até nomenclaturas para o problema: sobreuso ( overuse em inglês) de recursos, sobrediagnóstico ( overdiagnosis ) e sobretratamento ( overtreatment ). Há excesso de medicalização e um custo econômico enorme. “Acredita-se que cerca de 30% dos exames complementares solicitados sejam desperdício de recursos”, aponta o geriatra José Carlos Velho. No Brasil, o geriatra é um dos coordenadores de uma iniciativa que propõe resgatar valores milenares que caracterizam o cuidado médico, voltados para o olho no olho. A “slow medicine”, ou medicina sem pressa, preconiza o fortalecimento da relação médico-paciente, o compartilhamento de decisões e o uso cauteloso da tecnologia, de acordo com as necessidades individuais. José Carlos Velho explica que uma relação médico-paciente sólida reduz a probabilidade de excesso de tratamentos e diagnósticos. “A pessoa, informada sobre os riscos e benefícios de determinados tratamentos, poderá decidir o melhor para si, de acordo com seus valores e expectativas”, diz. “Tanto o paciente quanto o profissional ficam mais satisfeitos.” Muitos médicos seguem os princípios da medicina sem pressa, mesmo sem conhecer a filosofia. “A formação médica deveria privilegiar a abordagem clínica sempre. Os exames complementares são complementares ao raciocínio clínico, como a própria palavra explica”, aponta o geriatra. Em outras palavras, menos é mais.

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