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Cidade gaúcha se firma como a terra da longevidade

Veranópolis recebeu da OMS certificado de Cidade Amiga do Idoso e já foi objeto de quase 60 estudos

20 de Setembro de 2019


Quem digita “ terra da longevidade ” na internet logo se depara com uma cidade brasileira célebre por esse título. Veranópolis , cidade de 25 mil habitantes no Rio Grande do Sul, orgulha-se desde a década de 1990 de ser um município de vidas longas e saudáveis. Humano, da ONU, apontou que a expectativa de vida na cidade era de 71,59 anos, bem superior à média nacional. Naquele ano, a média nacional, segundo o IBGE, chegava a 63,3 anos. O caso do município chamou tanta atenção que deu origem a quase 60 pesquisas, entre artigos, dissertações, teses e monografias. Embora Blumenau e Brusque estejam, hoje, empatadas como as cidades mais longevas do país — a média é de 78,6 anos — Veranópolis segue firme como um modelo a ser seguido quando o assunto é envelhecimento saudável, mesmo um pouco abaixo das concorrentes em expectativa (com 75,29 anos). Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu ao município o certificado internacional de Cidade Amiga do Idoso. O título veio após uma série de políticas públicas com foco na terceira idade. — Os pilares da longevidade de Veranópolis são o convívio social e familiar, espiritualidade, algo muito forte na região, e a questão do envelhecimento ativo. Também tem o consumo de vinho — completa Adriane Maria Parise, secretária de Desenvolvimento Social, Habitação e Longevidade do município. Políticas públicas De acordo com a secretária, a prefeitura traçou um plano de ação baseado nas necessidades da população idosa. Dentre as medidas adotadas, estão os grupos de convivência e fortalecimento de vínculos e a adequação do calçamento para evitar quedas. Os índices socioeconômicos da cidade ajudam a explicar a vida longa. De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano, 9,71% da população vivia na pobreza em 1991. Já em 2010, o índice caiu para 1,96%. No mesmo ano, a cidade não figurou na categoria que afere extrema pobreza. Os bons indicadores são confirmados na prática por quem mora no município. É esse o caso da aposentada Neiva Maria Castellani, de 64 anos. Nascida em Passo Fundo, ela se mudou para Veranópolis a trabalho, mas planejava voltar à cidade natal em dois anos. Após pouco mais de três décadas, a aposentada continua por lá. — Acabei ficando. Gostei de morar aqui e fiquei, porque a cidade é de porte médio e o sistema de vida me agradou — explica. Segurança e amparo Para Castellani, a segurança da cidade é algo que salta aos olhos. Lá, dormir de portas e janelas destrancadas não é algo que cause apreensão. A aposentada conta ainda que, quando pretende doar alguma coisa, ela não consegue encontrar na cidade quem precise, uma vez que a prefeitura assiste aqueles que estão em vulnerabilidade social. — Às vezes, tenho juntado roupa de cama, roupa de frio e tenho levado para outras cidades, porque aqui não tem muita necessidade, não — conta Castellani. Em Veranópolis, ainda que o caminho rumo à velhice seja sereno, ele nada tem de tedioso ou solitário. — O envelhecimento acontece de forma muito tranquila aqui. A gente consegue ter um relacionamento saudável com todo mundo. Como existem muitas atividades para as pessoas idosas, a gente vive melhor e isso dá uma perspectiva mais ampla. Fonte: O Globo Leia o artigo original aqui .

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Renda, idade e educação afetam a visão de mundo

Uma pesquisa elaborou mais de 100 perguntas e chegou à conclusão que renda, idade e educação interferem no modo como os australianos enxergam o mundo

22 de Novembro de 2018


Um estudo ambicioso começou a ser realizado durante as eleições da Austrália, em 2017, para entender a visão de mundo do eleitor. Intitulada de Political Persona Project , a pesquisa elaborou mais de 100 perguntas e chegou à conclusão que renda, idade e educação interferem no modo como os australianos enxergam o mundo. O levantamento foi realizado em parceria com o Centro de Pesquisa Social da ANU (Universidade Nacional Australiana) e a empresa de pesquisa política holandesa Kieskompas e entrevistou 2.600 australianos. O estudo também contou com o apoio da Fairfax, um gigante da mídia no país. Em proporções diferentes de acordo com o perfil, o eleitor se diz decepcionado e acha que o mundo está mudando rápido demais. Decepção. O salário interferiu na satisfação com a vida em geral. Dos assalariados de baixa renda – entre R$ 45 mil e R$ 144 mil por ano –, 36% estão decepcionados. Apenas 16% dos assalariados de alta renda, que recebem a partir de R$ 250 mil por ano, têm a mesma percepção. Mudança. Metade dos que ganham menos acha que o mundo está mudando com frequência e velocidade. Concordam com isso apenas 26% daqueles com salários mais altos. “Pessoas com mais recursos são capazes de se adaptar porque têm meios para isso”, disse Ariadne Vromen, professora de sociologia política da Universidade de Sydney. “Eles têm renda disponível para comprar novas tecnologias, educação e treinamento. Muitos deles estão por trás de muitas mudanças sociais e econômicas como líderes de sociedade.” Haves or Have-nots A ANU dividiu os eleitores em “haves” (os que possuem) e “have-nots” (os que não possuem) a partir da renda, educação e idade. Rachel Katterl, de 31 anos, por exemplo, é uma das “haves”. Possui diploma de pós-graduação e renda anual de quase R$ 276 mil. Ela se define politicamente “com tendência para a esquerda”. Também confessa estar desiludida com a política australiana – uma visão compartilhada por 75% dos australianos, de acordo com as pesquisas do projeto. Ao contrário da maioria dos menos privilegiados, quando a situação política e econômica mais ampla fica aguda, ela encontrou no próprio mundo razões para ser otimista. “Eu acho que (a política australiana) é bastante difícil… Observar tudo o que está acontecendo apenas aumenta meu desejo de reforçar minha própria bolha”, disse ela. “Conscientemente, alterei minhas fontes de referências.” Ela prefere focar na vida presente. “Tendo a não pensar de forma mais ampla. Sei que tenho muito privilégio e muita sorte, por isso, preciso aproveitar para me concentrar nas coisas que posso controlar, ao invés de estagnar e ficar chateada com os macros eventos.” Em Melbourne, a arquiteta e consultora Helen Day, de 47 anos, diz que está “muito positiva” e acredita que o país apresenta inúmeras oportunidades, apesar do crescimento da população. “Há mais potencial para as pessoas criarem meios de subsistência com suas paixões e seus verdadeiros interesses, seja um serviço de nicho, seja um novo produto ou uma especialização, se você for um acadêmico”, disse Helen Day, que possui mestrado na Faculdade de Economia de Londres e ganha mais de R$ 250 mil por ano. “No geral, eu sou muito positiva, mas observo que, como em qualquer processo de crescimento urbano, há sempre problemas em torno da disparidade social e da violência. Com o bem, sempre virá mal.” Leia o artigo completo aqui . Fonte: Inga Ting Síntese: Equipe Plenae

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