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Conheça o mindful eating e os seus benefícios

Comer com atenção plena parece simples, mas exige prática. Seus ganhos são semelhantes ao da prática de mindfulness geral. Conheça mais sobre o assunto!

28 de Outubro de 2021


Mindfulness é tema recorrente no Plenae. Em uma rápida pesquisa pelo site, encontramos desde artigos mais complexos até dicas práticas de como trazer a atenção plena para sua realidade e porquê fazê-lo. Mas você já pensou em aplicar essa prática à sua alimentação?


“O mindful eating vem do mindfulness, que é a atenção plena traduzida, e é uma capacidade intencional de trazer a atenção para o momento presente, sem julgamentos, críticas e com uma postura e atitude de abertura e curiosidade. No caso do nosso tema, é fazer isso enquanto come”, explica Manoela Figueiredo, nutricionista e coautora do livro “Mindful Eating: comer com atenção plena”. 


A prática tem como objetivo envolver todas as partes de um ser humano: o corpo, o coração e a mente, desde a escolha do alimento, em seu preparo e no ato de comer. “Ele traz também alguns conceitos. O primeiro deles é o não-julgamento, então é substituir essa postura de bom e ruim, de certo e errado, ter um olhar menos julgador para aquilo que estamos comendo, buscando os sinais internos de fome, de apetite e de saciedade”, explica Manoela.


Esse olhar nos torna automaticamente “especialistas em nosso próprio corpo”, como define a nutricionista. A prática ainda inclui manter a chamada “mente de principiante” e olhar para cada experiência alimentar como se ela fosse única - porque ela é. “É focar nos sinais internos e não nas regras externas, que são muito ditadas pelas dietas, por exemplo", diz.  


Os caminhos do mindful eating


Para começar a perceber os seus movimentos internos, o melhor é começar pela saciedade - e há alguns níveis cravados pelos estudiosos da área. Dar notas à sua fome, por exemplo de 0 a 10, pode te ajudar a mensurar e saber quando comer - e quando parar de comer também. 


A saciedade extrema, segundo a revista de saúde da Universidade de Harvard, é prejudicial, pois o processo digestivo envolve uma série complexa de sinais hormonais entre o intestino e cérebro, que pode levar até 20 minutos para entender que está cheio. Por isso, é importante parar antes de se sentir completamente cheio, pois essa aparente “falta”, após alguns instantes, vai desaparecer. 


Da mesma forma, não é preciso se alimentar somente quando sua fome estiver no nível 10 de necessidade, pois isso pode fazer com que você coma mais e muito rápido, ambos igualmente ruins para o seu corpo. Para a questão de muita e pouca saciedade, vale a regra da nota média: que tal se alimentar quando estiver nota 6, ou parar de se alimentar quando estiver nota 8?  


Os criadores do conceito ainda definiram os nove tipos de fome, que, segundo eles, são igualmente importantes no processo de comer. É preciso que todos esses estímulos sejam ativados e que você os perceba enquanto come. São eles:


  • A fome dos olhos e a importância do “visualmente bonito”

  • A fome do nariz, dos cheiros e dos aromas ativando nossos sentidos

  • A fome da boca, quais texturas alimentares estamos desejando receber

  • A fome do estômago, da barriga roncando e o senso de urgência que ela ativa 

  • A fome celular, no sentido do que o corpo precisa nutricionalmente 

  • A fome do ouvido, dos diferentes sons que a cozinha produz

  • A fome do tato, também diretamente ligada aos nossos sentidos

  • A fome da mente, onde infelizmente a mentalidade de dieta predomina 

  • A fome do coração, muito ligada às emoções, mas que difere de um comer emocional, de nervoso, por exemplo, e mais ligada às nossas emoções e motivações, como rituais de celebração ou memórias afetivas. 


Como colocar em prática


“É muito importante que ele não seja confundido com uma nova dieta, porque não se trata de um método de emagrecimento, mas sim, uma forma de se relacionar com a comida”, pontua Manoela. “Ela pode até ter, como consequência, um emagrecimento, ao diminuir o comer desatento, emocional, escolher com mais cuidado, saber a procedência dos alimentos. Mas não é o foco”.


Você ainda não só pode, como deve, evitar telas e outras distrações. Ao comer, apenas coma, e esteja de corpo presente. Prepare uma mesa bonita sem que haja a necessidade de receber convidados, por exemplo, somente para você, pois faz parte da ativação dos seus sentidos. 


Respire fundo antes de iniciar a sua refeição e repare se essa respiração se mantém uniforme ao longo do processo. Busque brincar com elementos, como desafiar-se a comer com o garfo na mão não-dominante, algo que exigirá sua plena atenção. 


Esteja confortável, com um ambiente estruturado, sem comer de pé, por exemplo, ou com pressa. Uma rotina flexível, mas bem estabelecida, pode te ajudar a sempre ter café da manhã, almoço, ou as refeições que você tiver como necessárias. O importante é respeitá-las e sempre realizá-las. 

Pense no caminho que aquele alimento percorreu até chegar ao seu prato, e preste atenção às suas mastigadas e sinais internos de saciedade. Por fim, desligue o julgamento e entenda que nem sempre será perfeito, mas com a consciência de estar fazendo sempre o seu melhor. 


“O mindful eating é um jeito de trazer com muita sensibilidade um olhar para o mundo interno de cada pessoa, respeitando sempre o aqui e agora e as nossas individualidades”, concluiu Manoela. Você está atento ao seu momento de alimentação?

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Quantos anos um estilo de vida saudável adiciona à longevidade?

Segundo estudo, mulheres ganham dez anos vida saudável, e homens, oito

27 de Janeiro de 2020


Diversos estudos nos lembram que, por mais desafiador que seja, seguir hábitos saudáveis ​​- comer direito, exercitar-se regularmente, não fumar, manter um peso saudável e controlar a quantidade de álcool ingerida - pode nos ajudar a viver mais. Mas anos extras de vida não são tão atraentes se alguns ou a maioria deles vêm acompanhados de doenças cardíacas, diabetes ou câncer. Em um estudo de 2018, um grupo internacional de pesquisadores liderados por cientistas de Escola de Saúde Pública de Harvard descobriu que a adoção de cinco hábitos saudáveis ​​poderia estender a expectativa de vida em 14 anos para as mulheres e em 12 anos para os homens: Adotar uma dieta rica em plantas e pobre em gorduras Exercitar-se em um nível moderado a vigoroso por várias horas por semana Manter um peso corporal saudável Não fumar Consumir não mais que uma bebida alcoólica por dia para mulheres e duas para homens Para acompanhar esses dados, os pesquisadores queriam saber quantos desses anos adicionais eram saudáveis, livres de três doenças crônicas comuns: doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer. Em um estudo publicado recentemente no periódico BMJ , eles relatam que um estilo de vida saudável pode realmente contribuir para anos extras de vida - e mais livres de doenças. Os resultados sugerem que as mulheres podem estender sua expectativa de vida sem doenças após os 50 anos em cerca de 10 anos, e os homens podem adicionar cerca de oito anos a mais do que as pessoas que não têm esses hábitos. "É importante observar a expectativa de vida livre de doenças, pois isso tem implicações importantes em termos de melhoria da qualidade de vida e redução dos custos gerais de assistência médica", diz Frank Hu, chefe do departamento de nutrição da universidade e principal autor do artigo. “Prolongar a vida útil não é suficiente, queremos estender o tempo de saúde.” Para descobrir esses padrões, os pesquisadores analisaram dados coletados de mais de 111.000 mulheres e homens dos EUA com idades entre 30 e 75 anos, entre 1980 e 1986. Os participantes responderam questionários sobre seus hábitos de vida e saúde a cada dois anos até 2014. Com base em suas respostas, cada participante recebeu uma pontuação de “estilo de vida” de 0 a 5, com pontuações mais altas representando melhor aderência a diretrizes saudáveis. Os pesquisadores tentaram correlacionar essas pontuações com quanto tempo os participantes viveram sem doenças cardíacas, câncer ou diabetes. As mulheres que relataram seguir quatro ou cinco dos hábitos saudáveis ​​viveram em média 34 anos a mais sem essas doenças após os 50 anos, em comparação aos 24 anos para as mulheres que disseram não seguir nenhum dos hábitos saudáveis. Homens que relataram cumprir quatro ou cinco dos hábitos de vida viveram em média mais 31 anos livres de doença após os 50 anos, enquanto aqueles que adotaram nenhum deles viveram em média mais 23 anos após os 50 anos. Hu diz que nenhum dos cinco fatores se destacou como mais importante que os outros; os benefícios em salvar as pessoas de enfermidades e em prolongar a vida foram semelhantes nos cinco. Além disso, as evidências sugerem que as contribuições de cada fator são aditivas - o número de anos de vida livre de moléstias adquiridas aumentou com cada hábito saudável adicional seguido pelos indivíduos. "As pessoas não devem ser desencorajadas a adotá-las se acharem um ou dois fatores difíceis de seguir", diz Hu. E como todos os participantes do estudo tinham mais de 30 anos, as descobertas também sugerem que "nunca é tarde para mudar", diz Hu. "É sempre melhor adotar hábitos de vida saudáveis ​​o mais cedo possível, mas mesmo adotá-los relativamente tarde na vida ainda trará benefícios substanciais à saúde mais tarde." Fonte: Alice Park, para Time Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo original aqui .

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