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Consumo de álcool reduz a expectativa de vida

Um drinque ou outro pode até fazer bem para o estado de ânimo das pessoas, mas para a saúde é um risco.

30 de Janeiro de 2019


Um drinque ou outro pode até fazer bem para o estado de ânimo das pessoas, mas para a saúde é um risco. De acordo com estudos da Universidade de Cambridge, a quantidade aparentemente segura seria até 100 gramas por semana, o que corresponde a sete taças de 150 ml, ou seja, uma por dia. A partir desse limite, o corpo fica mais suscetível às doenças cardíacas, encurtando a expectativa de vida.  O ideal é não beber, insistem os especialistas. A equipe conseguiu fazer a relação entre hábito de consumo e redução na expectativa de vida. Quanto maior a ingestão, mais curto fica o futuro. Veja a tabela abaixo. Redução do tempo de vida e consumo alcoólico
Consumo em grama/semana* Redução do tempo de vida
100 a 200 seis meses
200 a 350 1 a 2 anos
mais de 350 4 a 5 anos
*Consumo de uma pessoa de 40 anos. Fonte: The Lancet Menos álcool, mais vida. “Fizemos um estudo de saúde pública.  Beber menos pode ajudá-lo a viver mais e reduzir o risco de várias doenças cardiovasculares”, disse Angela Wood, bioestatística da Universidade de Cambridge, que liderou o estudo. A equipe também explorou as ligações entre álcool e diferentes tipos de doenças cardiovasculares. As pessoas que bebiam mais tinham maior risco de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença hipertensiva fatal e aneurisma aórtico fatal (doença onde a artéria ou veia incha a ponto de estourar). No entanto, níveis mais elevados de álcool também foram associados à redução de risco de ataque cardíaco ou infarto do miocárdio. “O consumo de álcool está ligado a uma probabilidade ligeiramente menor de ataques cardíacos não fatais, mas o pequeno benefício é eliminado com o aumento de outras doenças cardiovasculares graves – e potencialmente fatais”, disse Wood em um comunicado. Os autores sugerem que o risco variável de diferentes formas de doença cardiovascular pode estar relacionado ao impacto do álcool sobre a pressão sanguínea e níveis de HDL – ou colesterol "bom". Além do limite. Uma equipe de pesquisadores internacionais levantou os hábitos de consumo de quase 600 mil usuários atuais incluídos em 83 estudos em 19 países. A metade bebe mais de 100 gramas de álcool por semana e 8,4% dos entrevistados, 350 gramas. Dados sobre idade, sexo, presença de diabetes, tabagismo e outros fatores relacionados à doença cardiovascular também foram analisados. Álcool não faz bem (em nenhuma quantidade). “O estudo de Cambridge mostrou que o consumo de álcool em níveis que se acredita serem seguros está, na verdade, ligado a uma menor expectativa de vida e a vários resultados adversos à saúde”, diz Dan Blazer, da Duke University, coautor do estudo. Limite recomendado depende do país. O limite de consumo semanal sugerido no Brasil, segundo a CISA , segue o padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, 10-12 g de álcool por dia – em média, uma taça de vinho (100 ml), um copo de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilado (30 ml). Você sabe o quanto está bebendo? Vinho tinto (Uma taça) Volume: 150 ml Teor alcoólico: 12% Quantidade de álcool (volume x teor alcoólico): 18 ml Gramas de álcool (volume de álcool x 0,8*): 14,4 gramas Cerveja (Uma lata ou uma tulipa de chope) Volume: 350 ml Teor alcoólico: 5% Quantidade de álcool (volume x teor alcoólico): 17,5 ml Gramas de álcool (volume de álcool x 0,8*): 14 gramas Destilado (Uma dose) Volume: 40 ml Teor alcoólico: 40% Quantidade de álcool (volume x teor alcoólico): 16 ml Gramas de álcool (volume de álcool x 0,8*): 12,8 gramas *A quantidade de álcool em gramas é obtida a partir da multiplicação do volume de álcool contido na bebida pela densidade do álcool (d=0,8). Fonte: Programa álcool e drogas sem distorção do Hospital Albert Einstein/ Revista Galileu Leia a artigo completo aqui .

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Evento Plenae - Nutrição: Chave para uma vida mais longa

A nutricionista Jeanette Bronée entrou no palco e disparou: “O que é algo que sempre queremos mais? O que todos acham que não temos o suficiente?”.

25 de Junho de 2018


A nutricionista Jeanette Bronée entrou no palco e disparou: “O que é algo que sempre queremos mais? O que todos acham que não temos o suficiente?”. E seguiu dando pistas. “Algo que pensamos controlar, mas ele nos controla.” Da plateia, alguém grita “dinheiro”. “Não”, disse ela. “É tempo. O tempo é a nova moeda.” Para uma palestra com o título “Nutrição: chave para uma vida longa e plena”, a abertura foi inesperada. “Quando queremos que algo aconteça, o tempo passa muito rápido. Hoje, a tecnologia dirige o mundo e achamos que podemos hackear o sistema e controlar o tempo. Mas temos sempre as mesmas 24 horas”, lembra Jeanette, que logo deu sua mensagem. “Não podemos comprar mais tempo. Podemos, sim, comprar mais cuidados pessoais. E assim gastar o tempo de forma melhor.”
Ela se refere aos cuidados com o próprio corpo. Está totalmente errado quem pensa que escolher a alimentação, meditar ou fazer exercícios é um perda de tempo. Esse seria o único tempo gasto, segundo ela, que recuperamos em forma de saúde e bem-estar – e, quem sabe, com uma vida mais longa. Jeanette desenvolveu um método chamado Caminho da Vida, que procura mudar a forma de as pessoas se relacionarem com o próprio corpo. Quer um exemplo do seu trabalho? Sob pressão. “Um CEO de uma grande empresa me procurou. Os negócios estavam prosperando, mas ele não. Mal estava sobrevivendo”, disse. “Passava os dias estressado. Estava perdendo meio quilo por semana, porque não conseguia parar para comer.” O executivo comia basicamente na mesa de trabalho. Sonhava em deixar os negócios e se aposentar. Mas isso não era uma opção naquele momento. O grande erro, segundo a análise da nutricionista, era a insistência em colocar o trabalho antes dele mesmo. “Ele achava que não tinha tempo. Pedi que reconsiderasse as prioridades e limites. Na minha opinião, ele estava desperdiçando tempo.” Os médicos estavam preocupados com a possibilidade de ele sofrer um ataque cardíaco se não houvesse mudanças drásticas. O medo de morrer ou ter uma doença avassaladora não é um sentimento motivador a longo prazo. “Mas o desejo é”, diz Jeanette. “Por que tomar as rédeas da saúde? Por que não se quer ter um ataque cardíaco? Ou por que se deseja uma vida longa, cheia de energia? É como dirigir uma moto. Você não vai ficar se distraindo com as irregularidades do asfalto, vai focar em onde você quer ir.” Jeanette lembra que sob pressão focamos no que é urgente, mas não no que é importante. “Somos dirigidos pelo instinto e não pela inspiração. É a qualidade de tempo que faz a diferença.” Segundo ela, a chave da nossa longevidade depende da qualidade de combustível que colocamos no corpo. Da mesma forma que um carro de corrida precisa de um combustível da melhor qualidade para que tenha o melhor desempenho.” Ela lembrou que o idealizador do Plenae, Abilio Diniz – que estava na plateia –, era saudável e se sentia muito bem aos 81 anos. “Provavelmente, ele pensa que o seu corpo seja um carro de corrida e o autocuidado, seu combustível.” Como cuidar do corpo. Diariamente somos bombardeados com informações – muitas vezes contraditórias – do que é bom ou ruim para a alimentação. Mas não existe uma fórmula. É confuso porque procuramos uma só resposta para a saúde e a longevidade. Mas somos indivíduos diferentes”, diz Jeanette. “Temos de fazer como a ciência ao cuidar do corpo. Ciência é um processo que relaciona o fenômeno com as estatísticas. Do mesmo jeito, podemos aprender sobre nosso corpo. Observar e descobrir a relação entre o que se come, se bebe e se faz com a forma que nos sentimos – melhor ou pior de acordo com nossas escolhas.
O essencial. Para sobreviver, o homem precisa essencialmente de água, comida e repouso. A nutricionista dá dicas sobre cada um deles:
  1. Água. A mais essencial. Todas nossas células precisam de água, principalmente com a idade. A desidratação causa problemas comuns como falta de energia, foco, ansiedade, enxaqueca, raiva e dores. Pesquisas com prisioneiros provam que ficam com a agressividade mais baixa quando estão mais hidratados. Outra pesquisa realizada na escola, com crianças: quando tomam água no lugar de chá adoçado ou refrigerante, o trabalho em grupo rende mais. Jeanette pede a todos que mastiguem a água. “Pode parecer estranho, mas o que acontece é que ao mastigar, a boca libera saliva, que absorve mais a hidratação, e rapidamente ficamos alerta”
  2. Comida. Fonte de toda energia. A dica é trocar a comida processada e o açúcar por grãos e fibras, que dão energia para o dia a dia. Ingerir verduras verdes e frescas, pela capacidade que possuem de diminuir inflamações. Isso é muito importante no processo da longevidade. Legumes, quinua e peixes otimizam o metabolismo das células. Evitar comer petiscos entre as refeições e comer pouco.
  3. Descanso. Dormir sete ou oito horas por dia. Escalar pausas no trabalho de cinco minutos a cada 45 minutos. Outro hábito bem-vindo é a soneca, de 10 minutos apenas. Ela vai dar mais energia que uma xícara de café.
Assista à palestra na íntegra aqui.

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