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Demência: o maior desafio de saúde da atualidade

Quinta maior causa de morte de mundo, doença não tem tratamento

6 de Maio de 2019


A demência é o maior desafio de saúde do nosso tempo, alertou a entidade Alzheimer's Research do Reino Unido. Cerca de 50 milhões de pessoas vivem atualmente com a doença no mundo. Os casos devem subir para 130 milhões até 2050, com o envelhecimento da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde, trata-se da quinta maior causa de mortes no planeta. Entretanto, há uma diferença fundamental entre a moléstia e outras causas comuns de mortes no mundo, como câncer ou doenças cardíacas: não há um único tratamento que cure ou diminua o ritmo de qualquer demência. A demência foi descrita pela primeira vez pelo médico alemão Alois Alzheimer em 1906, depois de realizar uma autópsia em uma mulher com perda de memória profunda. O que ele descobriu foi um cérebro dramaticamente encolhido e anormalidades em torno das células nervosas. A demência é igual à doença de Alzheimer? Não, a demência é um sintoma encontrado em muitas doenças do cérebro. Sua característica mais comum é a perda de memória, sobretudo recente. Outros sintomas podem incluir mudar de comportamento, humor e personalidade, perder-se em lugares familiares ou não conseguir encontrar a palavra certa em uma conversa. Pode-se chegar ao ponto em que as pessoas não sabem que precisam comer ou beber. A doença de Alzheimer é de longe a mais comum das doenças causadoras de demência. Por que ela está se tornando mais comum? A resposta é simples: estamos vivendo mais e o maior fator de risco para a doença é a idade. Se eu viver muito, terei demência? Não necessariamente. Havia uma percepção de que a demência era uma parte normal do processo de envelhecimento. Hoje, sabe-se que é causada por uma doença. Algumas pessoas que vivem 90 anos ou mais têm cérebros sem qualquer sinal de demência. Por que ainda não conseguimos decifrar a demência? Existem dois fatores significativos: um é a complexidade do cérebro e o outro é a falta de financiamento para pesquisas. O cérebro humano é a estrutura mais complexa que se tem conhecimento, composta por 100 bilhões de neurônios. Se cada habitante do planeta (cerca de 7,5 bilhões de pessoas) tivesse um computador e eles trabalhassem ao mesmo tempo, isso ainda seria menos de um décimo do que está acontecendo dentro do cérebro. E, no entanto, para cada estudo científico publicado sobre qualquer forma de neurodegeneração, existem 12 sobre o câncer. Existe algo que eu possa fazer para evitar a demência? Não há garantias, mas há maneiras de diminuir as chances de desenvolver demência. Pesquisas estimam que um em cada três casos pode ser evitado por mudanças no estilo de vida, incluindo:
  1. Trate a perda auditiva na meia-idade
  2. Gaste mais tempo em educação
  3. Não fume
  4. Procure tratamento precoce para depressão
  5. Seja fisicamente ativo
  6. Evite o isolamento social
  7. Evite a hipertensão
  8. Não se torne obeso
  9. Não desenvolva diabetes tipo 2
Não está completamente claro porque esses hábitos protegem o cérebro. Eles interrompem o processo de demência no cérebro? Ou preparam o cérebro para a doença, aumentando as conexões e a flexibilidade do órgão, de modo que, à medida que os neurônios começam a morrer, o cérebro pode se adapta e os sintomas demoram a aparecer? "As pessoas que são muito saudáveis ​​e cuidam bem de si são o grupo que eu diria que é mais resistente à doença de Alzheimer", disse à BBC a professora Tara Spires-Jones, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. Há alguma esperança? A visão otimista é que estamos no mesmo ponto em que da crise da Aids nos anos 1980, quando a infecção pelo HIV era uma sentença de morte. Hoje, as pessoas que recebem medicamentos antivirais têm uma expectativa de vida quase normal à de um indivíduo não infectado pelo vírus. Para Bart de Strooper, diretor do Instituto de Pesquisa de Demência, no Reino Unido, o primeiro tratamento para a doença deve aparecer em uma década: "Não vai curar toda a demência, mas certamente adiará a progressão da doença, e ela será uma ameaça muito menor para a sociedade". Fonte: James Gallagher para BBC Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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Desmistificando conceitos: o que é a Biofilia?

Termo citado ao longo dos anos por diferentes autores explica a nossa relação com a natureza e porque ela se faz tão importante.

16 de Março de 2021


Como muitos dos termos que são desmistificados no Plenae, Biofilia tem uma explicação etimológica bastante literal: do grego, philia significa amor, enquanto bio significa vida. Logo, podemos traduzir em um primeiro momento como “amor à vida”, ou a natureza. Mas dá para se aprofundar.

Foi o que fez o autor Edward Osborne Wilson, em sua obra, “Biophilia”, publicada em 1984 pela editora de livros da Universidade de Harvard. Ele, que também é biólogo e entomologista, define o termo como sendo “uma tendência natural do ser humano voltar sua atenção para as coisas vivas.”

Stephen Kellert, professor de ecologia na Universidade de Yale, não poderia concordar mais. Para ele, a biofilia seria essa “inclinação inata” que temos na nossa relação com os processos naturais do mundo. Em conjunto, os dois especialistas cravaram: mesmo em um mundo moderno, a necessidade de nos conectarmos com a natureza segue sendo fundamental para a nossa saúde como um todo.

Um outro grande entusiasta do termo é o cientista David Suzuki, que em diferentes oportunidades em sua carreira, trouxe o tema à tona. Uma delas foi em seu documentário de 2005, Suzuki Speaks, onde o especialista se propõe a demonstrar como é preciso estarmos ligados a outras espécies da natureza para sermos “plenamente humanos”.

Que o natural exerce um verdadeiro efeito calmante em nosso corpo e mente, isso nós já te contamos nessa matéria . Aliás, calmaria não é o único benefício que ela pode te trazer: somente aqui, listamos 5 dos muitos outros fatores que ela traz e que podem contribuir para uma vida melhor. Até mesmo um hábito acessível como a jardinagem já pode trazer mais equilíbrio para seus pilares.

A biofilia dos dias

Uma vez entendido o conceito, é hora de analisá-lo na prática. E uma das aplicações mais comuns e vantajosas da biofilia é a integração da natureza no nosso ambiente, capaz de nos fazer mais felizes, saudáveis e produtivos .

E é por isso que os estudiosos das áreas de design e arquitetura possuem um olhar ainda mais crítico, urgente e direcionado à necessidade de elementos naturais ocupando a nossa visão e o lugar onde ficamos mais tempo. É o caso de Nikos Salingaros, um matemático reconhecido principalmente por seu trabalho em teoria urbana, teoria arquitetônica, teoria da complexidade e filosofia do design.

Em 2019, Salingaros explica a biofilia como sendo “uma resposta humana a seres animados e a geometrias complexas do ambiente construído que remetem ao ambiente natural”. Somos organicamente afetados pela natureza principalmente porque, apesar de acreditarmos que as cidades são a única realidade possível, na história do mundo, temos mais tempo ao lado das plantas e animais do que dos carros e prédios.

Se hoje vivemos em ambientes artificialmente construídos, só conseguimos chegar até aqui graças aos nossos primatas, que por milhares de anos sobreviveram em meio a natureza selvagem. Isso está em nosso DNA mais profundo e longínquo, mas também está em nossos dias, como no nosso prato. Há pouquíssimos elementos em nossa alimentação que não sejam provenientes dela novamente: a natureza.

Ter essa consciência de que o meio ambiente não é só benéfico para nós, mas também parte de nós, nos ajuda a entender porque estar em contato com ele nos faz bem de uma maneira até então inexplicável. Também nos faz enxergar sua presença nas miudezas do nosso cotidiano.

Essa “hipótese biofílica”, como alguns estudiosos costumam chamar, é o conjunto desses estudos que culminam sempre na mesma resposta: a exposição ao ambiente natural é fonte de inúmeros benefícios porque à ela pertencemos. Até mesmo em hospitais, o mais moderno de todos os ambientes, bebe dessa fonte.

Ao redor do mundo, alguns centros extremamente avançados já incluem em sua suntuosa arquitetura jardins verticais, praças, sons que se assemelham ao barulho dos ambientes naturais, dentre outras táticas. E os resultados, para nossa surpresa (ou não) são demasiadamente positivos, sobretudo em pacientes que enfrentam um longo tratamento.

Benefícios do contato com a natureza:

  • Redução dos níveis de estresse e, consequentemente, hormônios atrelados a ele.
  • Diminuição da pressão sanguínea
  • Menor percepção da dor e melhora na recuperação após longos tratamentos
  • Aumento da performance em ambientes de trabalho
  • Benefícios para a autoestima, saúde mental e até senso de humor
  • Maiores chances de um alto desempenho em tarefas cognitivas, sensoriais e memoriais.
  • Na infância, o aumento da qualidade de vida proveniente do contato com a natureza diminui substancialmente a ocorrência de distúrbios psicológicos

Agora você já está convencido de que a biofilia é um conceito que veio para ficar? Inclua a natureza em sua rotina sempre que conseguir! Você verá os resultados em pouco tempo!

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