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Desmistificando conceitos: o que é o estoicismo?

O conceito que vem da Grécia Antiga tem figurado cada vez mais na modernidade e sua busca incessante pelo equilíbrio. Entenda mais sobre ele!

1 de Outubro de 2021


Na sexta temporada do Podcast Plenae, pudemos mergulhar na história do monge Satyanatha (hiperlinkar) e sua busca pela espiritualidade e pelo equilíbrio ao longo de sua vida. Ele, é claro, não nasceu monge. Antes de sua jornada mais profunda começar, ele se formou em engenharia e teve uma vida “comum”, dentro dos moldes da sociedade. Mas algo pulsava dentro de si, e era essa busca pela compreensão de si e do mundo ao seu redor. 


A felicidade e a busca por ela são coisas inerentes aos humanos desde sempre. Para se ter uma ideia, a constituição norte-americana, um dos documentos mais importantes e influentes da história, garante o direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade. Por milênios, tratamos de tentar entender como alcançá-la e, embora respostas definitivas não tenham sido encontradas, diversas escolas e correntes de pensamento se originaram nos mais variados campos, visando ao menos guiar as pessoas nesse percurso.


Uma dessas escolas filosóficas é o estoicismo, como contamos em uma das nossas news temáticas que você confere aqui. Fundada pelo comerciante Zenão de Cítio ainda na Grécia Antiga, ela é uma filosofia prática que, em teoria, é relativamente simples: se você quer viver uma vida saudável, feliz e repleta de bem-estar, tudo o que deve fazer é manter a calma e a serenidade diante de qualquer adversidade.


Na prática


Isso, claro, é muito mais fácil de falar do que de fazer, pois é justamente nas situações mais complexas que as nossas emoções tendem a tomar conta. Quando o estoicismo teve uma nova ascensão alguns séculos mais tarde, já no Império Romano, foi o escravo Epicteto que proveu mais iluminação a esse caminho, elaborando a filosofia para a forma que a conhecemos hoje.


Em sua obra, ele expandiu e estabeleceu conceitos fundamentais para a corrente. De acordo com ele, os estoicos devem agir de forma virtuosa, de acordo com as 4 virtudes cardeais determinadas por Platão: 


  • a sabedoria

  • a coragem

  • a justiça 

  • a temperança. 


Seu julgamento também deve passar pela questão do controle: a pessoa deve observar a situação e perceber aquilo que ela pode ou não controlar. O que podemos dominar são nossas ações e julgamentos, enquanto que todo o resto (nossa saúde, nossos relacionamentos e os acontecimentos externos) não depende de nós. Para Epicteto, devíamos aceitar esses fatos da maneira mais serena e centrada possível.


Personalidades como o pensador romano Sêneca e o imperador Marco Aurélio foram grandes adeptos do estoicismo, o que garantiu sua longevidade e também lhe atribuiu toques do Cristianismo. A Oração Para a Serenidade, atribuída ao pastor norte-americano Reinhold Niebuhr no século XX, denota bem essa influência. Ela diz: “Deus, concedei-me a coragem para mudar as coisas que posso mudar, serenidade para aceitar as coisas que não posso e sabedoria para perceber a diferença”. Já ouviu falar nela?


Assim, para o estoicismo, essa busca pela felicidade e pelo bem-estar se dá por meio de nossas próprias interpretações, completamente subjetivas, que fazemos das situações e circunstâncias que nos cercam. É essa presença e esse olhar diante de uma situação que irá determinar como iremos vivencia-la, para esses filósofos. E, como não temos o controle sobre diversos acontecimentos em nossa vida, deveríamos tê-lo sobre nós mesmos e nossas emoções.


Questão de ponto de vista


Para que o ser humano não se perca em seus instintos primais da emoção, os estoicos usam uma prática chamada de ancoramento: de acordo com William Irvine, psicólogo e autor do livro “The Stoic Challenge” (“O Desafio Estóico”, em tradução livre), a mente percebe a realidade de acordo com pontos de referência que ela possui.


Então, você deve jogar tal referência para que seja a pior possível, o que chamam de visualização negativa. Por mais que pareça derrotista ou pessimista, o efeito é justamente o contrário: ao perceber as situações da maneira mais catastrófica que elas podem assumir, será mais fácil manter a serenidade quando se ver que não era tão ruim assim. Se perguntar “o que de pior pode me acontecer?” é também reduzir os danos. 


Muitas vezes, parar e respirar pode ser algo quase impossível quando nos deparamos com as dificuldades do dia a dia. Por isso, trouxemos três dicas que podem te ajudar:


  • A visualização negativa, lembrando-se sempre da importância de não cair no pessimismo, mas sim apenas buscar um maior preparo para aquilo que está por vir.

  • Ter um diário também pode te ajudar, pois permite que você anote e avalie suas próprias reações com mais calma e de cabeça mais fria, sempre prestando atenção se fez uso da racionalidade ou se apenas entregou-se às emoções e isso tem ótimos efeitos no desenvolvimento pessoal.


  • A ampliação da zona de conforto é outro ponto importante. Ao nos depararmos com problemas, o cérebro se molda de maneira que, no futuro, tenhamos mais facilidade de lidar com situações parecidas. Por isso, é importante não fugir dos conflitos, mas sim preparar-se para eles.


Busque praticar o estoicismo nas situações mais desafiadoras de sua vida e veja como é tudo uma questão de se posicionar de maneira correta dentro de uma situação. Lembre-se de que há muito fora de nosso alcance - e também de nossa compreensão -, e faça as pazes com esse pensamento.

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Contato de 20 minutos com a natureza reduz o estresse

Segundo estudo, esse tempo é suficiente para reduzir o nível de cortisol no organismo

3 de Dezembro de 2019


O que o seu médico prescreve para o estresse? Segundo uma nova pesquisa científica, um tratamento barato e eficaz consiste em ter contato com a natureza por 20 minutos. Esse tempo é suficiente para reduzir significativamente no organismo o cortisol, hormônio do estresse. Estudos anteriores já vincularam experiências ao ar livre e bem-estar.

O avanço desta pesquisa foi determinar o período ideal de tempo em espaços verdes para obter o benefício. De acordo com uma das autoras do estudo, MaryCarol Hunter, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, uma pessoa deve passar de 20 a 30 minutos sentada ou caminhando em um local onde sinta a presença da natureza.

Para chegar a essa conclusão, Hunter e seus colegas pediram aos participantes que estivessem em contato com a natureza pelo menos três vezes por semana. Eles então testaram os níveis de cortisol por meio de amostras de saliva antes e depois da experiência ao ar livre. Os participantes foram incentivados a passar pelo menos 10 minutos fora de casa, sem duração máxima.

Eles também tinham liberdade para personalizar seus passeios, de acordo com seu estilo de vida e ambiente. As únicas restrições do estudo eram que, durante o período ao ar livre, as pessoas não praticassem exercícios aeróbicos extenuantes, não usassem o telefone ou a internet, não conversassem e não lessem.

Os pesquisadores descobriram que as maiores quedas no nível de cortisol foram observadas quando as pessoas passavam de 20 a 30 minutos sentadas ou caminhando. Espaços verdes em ambientes urbanos e a proteção de reservas naturais são necessários para a saúde a longo prazo de uma população cada vez mais urbanizada.

Fonte: Trevor Nance, para Forbes
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

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