Para Inspirar

Desmistificando conceitos: o que é resiliência e plasticidade?

Amplamente usado nos dias de hoje, o conceito físico e literal de resiliência é pouco conhecido – assim como o de plasticidade. Entenda mais sobre o assunto

25 de Novembro de 2020


A nossa primeira convidada da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir foi a jornalista Veruska Boechat , viúva do jornalista Ricardo Boechat. A “doce Veruska” como era apelidada pelo mesmo e conhecida pelo Brasil, viu seu mundo ruir em fevereiro de 2019, com o acidente súbito que custou a vida de seu marido, companheiro, melhor amigo e pai de suas duas filhas.

Mais do que contar o antes, durante e depois desse acontecimento, Veruska fala principalmente do seu interior e da jornada de força e autoconhecimento que desenvolveu ao enfrentar esse luto tão intenso e pessoal sem deixar os outros aspectos de vida desandarem também.

Outras histórias de superação também já passaram por aqui. Um exemplo disso é o quinto episódio da segunda temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, que trouxe a narrativa de Rodrigo Hübner Mende s e a forma como ele encontrou de conviver e aprender novamente a reconhecer seu próprio corpo.

E o que ambos - assim como outros - têm em comum, apesar de terem sido acometidos por males diferentes? A resiliência e a plasticidade.

A resiliência

Em uma palestra em Davos ministrada por Rodrigo Hübner, ambos os termos foram citados, como em várias outras situações de sua vida. “Como você sabe, resiliência é um conceito da física que diz que, na natureza, alguns materiais têm a capacidade de retornar ao seu estado original após sofrerem uma deformação ou um impacto” explica ele.

O conceito, conhecido como “bouncing back” pelos americanos, explicaria o movimento de uma bola de borracha, por exemplo, que, quando arremessada contra uma parede, ela é capaz de se deformar e recuperar sua forma rapidamente.

“Quando subi no palco, o entrevistador me perguntou: Rodrigo, sabendo que a história da humanidade é marcada por crises cíclicas, você acha que é possível aplicar o conceito de resiliência para superação dessas crises?” conta ele. Sua resposta, entretanto, foi surpreendente.

“Eu pessoalmente acredito que, diante de uma mudança imposta, a tendência humana é querer voltar à situação anterior. Senti isso na pele logo depois do meu acidente. Passei 3 anos fazendo 8 horas por dia de fisioterapia para voltar a ser quem eu era. Ou seja, um jovem fisicamente independente” diz.

Mas será que isso é possível, ou melhor, será que isso é saudável? Rodrigo também responde essa. “Hoje eu percebo que a resiliência é uma capacidade fundamental para nossa essência e propósito de vida. Quer dizer, seja qual for o impacto, a ruptura que surgir na nossa frente, a gente precisa ser capaz de preservar, de proteger nosso objetivo maior”.

Se para garantir a nossa essência, a resiliência é o caminho fundamental para isso, por que ainda é tão difícil fazer isso de forma prática? “Quando a gente pensa na nossa ação, eu prefiro usar um conceito que é o oposto da resiliência: a plasticidade”.


A plasticidade

Plasticidade, ainda bebendo de fontes científicas, “é a capacidade de um material se moldar, se transformar, se desprender da forma anterior” diz ele. “Resumindo, eu propus que as lideranças lá presentes buscassem combinar resiliência do propósito com plasticidade da ação . Que deixassem para trás o ‘bouncing back’ e começassem a pensar em ‘bouncing forward’”.

E o que isso significa afinal? Tomando a explicação do empreendedor social e ativista da inclusão social, é preciso que tenhamos resiliência para garantir que, independente do que nos aconteça, nossa essência jamais seria deformada, ou seja, voltaria à sua forma normal.

Mas, para lidar com as novas situações da vida, é preciso ter plasticidade, ou seja, esse poder de se adaptar e se moldar ao que for de forma orgânica, mesmo após seremos submetidos à uma intensa pressão.

Assim como resiliência, conceito amplamente divulgado e conhecido hoje em dia, a plasticidade também vem ganhando notoriedade. A neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de desenvolver novas conexões entre os neurônios a partir do comportamento e do estímulo do indivíduo, vem sendo cada vez mais estudada por especialistas - sobretudo no campo da educação e da senescência.

E você, acredita ser capaz de manter uma postura de resiliência e plasticidade ao mesmo tempo? Não se esqueça de que as adversidades da vida sempre irão existir, mas cabe a você decidir como lidará com elas.

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Para Inspirar

Sono profundo pode ajudar a tratar a ansiedade

Os níveis de ansiedade das pessoas aumenta 30% após uma noite sem dormir, diz pesquisa

20 de Novembro de 2019


Passar uma noite sem dormir pode aumentar a ansiedade em até 30%. Além disso, a fase profunda do sono é um alívio natural contra o distúrbio. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa científica publicada na revista Nature Human Behaviour . Matthew Walker, professor de neurociência e psicologia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e seus colegas examinaram os efeitos de vários estágios do sono na ansiedade em 18 participantes. Cientistas rotineiramente dividem o sono em duas grandes categorias: movimento rápido dos olhos (REM) e sono não REM. As duas primeiras fases do sono não REM são leves, nos quais o corpo se ajusta da vigília ao repouso. Já a terceira é o sono profundo e restaurador que precisamos nos sentir recarregados pela manhã. O sono não REM normalmente é seguido pelo REM, que é o estágio mais leve e cheio de sonhos antes de acordar. A atividade cerebral é diferente de acordo com a etapa do sono. Por isso, os cientistas avaliaram os efeitos das diferentes fases do repouso na ansiedade. A pesquisa Para medir os níveis de preocupação excessiva, os pesquisadores pediram a um grupo de 18 jovens adultos que assistissem vídeos emocionalmente perturbadores após uma noite inteira de sono e depois de uma noite sem dormir. Em cada sessão, os participantes preencheram um questionário padrão sobre ansiedade. Os cientistas, então, monitoram a atividade cerebral das pessoas por meio de ressonância magnética funcional e de polissonografia. A análise dos dados mostrou que uma área do cérebro chamada córtex pré-frontal medial foi desativada após uma noite em claro. Estudos anteriores sugeriram que essa região atenua a ansiedade e o estresse. Os exames também revelaram atividade cerebral excessiva em outras áreas associadas ao processamento de emoções. Uma noite sem dormir elevou os níveis de ansiedade em até 30%, relatam os autores. Além disso, o estudo constatou que os níveis de ansiedade despencaram após uma noite inteira de sono e que essa redução foi ainda mais significativa em pessoas que passaram mais tempo no estágio profundo, de ondas lentas e não REM do sono. "O sono profundo restaurou o mecanismo pré-frontal do cérebro que regula nossas emoções, diminuindo a reatividade emocional e fisiológica e impedindo a escalada da ansiedade", relata Eti Ben Simon, principal autora do estudo. Sono como recomendação clínica Os pesquisadores procuraram replicar suas descobertas e, por isso, realizaram outro conjunto de experimentos em uma amostra maior, de 30 participantes, além de uma pesquisa on-line com 280 pessoas. O estudo em laboratório confirmou que as pessoas que experimentaram um sono mais profundo à noite tiveram menos ansiedade no dia seguinte. A pesquisa online também revelou que a quantidade e a qualidade do repouso impactava o nível de preocupação dos indivíduos no dia seguinte. Para Eti Ben Simon, o bom sono deveria ser uma recomendação clínica para o tratamento da ansiedade. Fonte: Ana Sandoiu, para Medical News Today Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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