Para Inspirar

Encontrada a melhor fórmula contra o envelhecimento

Sentir que você tem um senso de propósito na vida pode ajudá-lo a viver mais, não importa a sua idade, de acordo com pesquisa publicada na Psychological Science

3 de Maio de 2018


Sentir que você tem um senso de propósito na vida pode ajudá-lo a viver mais, não importa a sua idade, de acordo com pesquisa publicada na Psychological Science, uma revista da Association for Psychological Science . A pesquisa tem implicações claras para promover o envelhecimento positivo e o desenvolvimento adulto, diz o pesquisador-chefe Patrick Hill, da Carleton University no Canadá: “Nossas descobertas apontam para o fato de que encontrar uma direção para a vida e estabelecer metas abrangentes para o que você deseja alcançar pode ajudá-lo a realmente viver mais, independentemente de quando você encontrar o seu propósito”, diz Hill. "Então, quanto mais cedo alguém encontrar uma direção por toda a vida, mais cedo esses efeitos protetores podem ocorrer." Mas, Hill aponta, quase nenhuma pesquisa examinou se os benefícios do propósito variam com o tempo, como em diferentes períodos de desenvolvimento ou após importantes transições de vida. Hill e seu colega Nicholas Turiano, do Centro Médico da Universidade de Rochester, decidiram explorar essa questão, aproveitando os dados nacionalmente representativos disponíveis no estudo Midlife in the United States ( MIDUS ). Os pesquisadores analisaram dados de mais de 6 mil participantes, concentrando-se em sua finalidade autorreferida na vida (por exemplo, “Algumas pessoas vagam sem rumo pela vida, mas eu não sou uma delas”) e outras variáveis ​​psicossociais que mediram suas relações positivas com os outros e a frequência de experiência com emoções positivas e negativas. Durante o período de 14 anos de acompanhamento representado nos dados do MIDUS, 569 dos participantes haviam morrido (cerca de 9% da amostra). Aqueles que morreram relatavam menor propósito na vida e menos relações positivas do que os sobreviventes. Um propósito maior na vida consistentemente previu menor risco de mortalidade ao longo da vida, mostrando o mesmo benefício para os participantes mais jovens, de meia idade e mais velhos durante o período de acompanhamento. Essa consistência foi uma surpresa para os pesquisadores. Leia o artigo completo aqui .

Fonte: Association for Psichological Science Síntese: Equipe Plenae

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Desmistificando conceitos: o que é o afeto?

Mais do que o significado comum, que relacionamos aos sentimentos bons dirigidos à alguém, afeto vai além disso e reverbera de diferentes formas dentro de nós

4 de Novembro de 2020


Segundo o site Origem da Palavra , especialista em oferecer etimologia de termos comuns no nosso dia a dia, “afeto” e “afetar”, possuem a mesma raiz. “Elas derivam  do latim AFFECTIO, “relação, disposição, estado temporário, amor, atração”, da raiz de AFFICERE, “fazer algo, agir sobre, fazer, manejar (...)”.

Indo por essa linha, o doutor em ciências sociais pela PUC-SP e professor na Faculdade Casper Líbero, Luís Mauro de Sá, discorre em vídeo para a Casa do Saber , sobre o conceito do afeto baseado, sobretudo, nos estudos do filósofo Baruch de Espinosa - aquele mesmo, citado em nossa matéria sobre Panteísmo . Mais do que discorrer sobre as manifestações divinas, o estudioso holandês também debruçou-se sobre a alma humana.                                

Apesar de sermos seres racionais, somos muito afetados também pelas nossas emoções

Luís Mauro começa o vídeo falando sobre a dualidade mais antiga que permeia o ser humano: somos seres racionais, mas muito afetados também pelas nossas emoções, ainda que em tempos modernos elas insistam em ser sufocadas pelo nosso cotidiano.

O professor defende que, para sermos compreendidos - e, porque não, nos compreender - precisamos levar em consideração “a dimensão fundamental do afeto”. Para isso, ele se vale nos escritos da filosofia, e não necessariamente a contemporânea.

Mesmo que tenha publicado seus principais escritos ainda no século 18, Espinosa já ressaltava a importância justamente de estarmos atentos aos nossos afetos. O filósofo foi um desses casos não tão raros de escritores valorizados postumamente. Até porque, em sua época Espinosa era considerado um ateu a ser renegado.

Isso, é claro, era mentira - e se dava somente pelo fato do filósofo ter criticado, muitas vezes, a forma como os estudos teológicos endurecem as concepções possíveis de Deus, como explica o professor de História e Filosofia da UNIFESP, Fernando Dias Andrade em vídeo para a Casa do Saber .

                                             
Para Spinoza, Deus é maior e mais forte do que as amarras da religião

Para ele, religião é um conjunto de verdades simples e irrefutáveis, que até mesmo a razão é capaz de reconhecê-las como verdadeiras. São elas: Deus existe; Devemos amar o próximo; Devemos cumprir nossas promessas; entre outras. Cientistas como Albert Einstein passaram a se autodenominarem como “espinozistas”, gerando ainda mais resistência ao filósofo por parte dos teólogos da época.

Deu para perceber que, apesar de polêmico, o filósofo era também avesso à firulas, por assim dizer. De caráter mais prático, ele buscava entender o que eram as coisas de fato e como elas repercutiam em nós. E é aí que voltamos ao afeto e ao professor Luís Mauro: devemos ir além do que conhecemos por afeto, geralmente relacionados ao carinho destinado à alguém, ou sempre num sentido mais positivo.

Isso está correto, mas não se delimita somente a isso. O afeto mora também em tudo aquilo que nos afeta de alguma maneira, aquilo que “move a minha alma”. Ele está ligado ao verbo afetar - aquilo que me afeta, seja qual for sua forma. Exatamente da forma que explicamos ainda no início dessa matéria, quando trouxemos a etimologia da palavra.

Valorizar somente a nossa racionalidade é uma armadilha, pois isso nos coíbe de valorizar o tempo dos nossos afetos. Ainda que em tempos de redes sociais estejamos falando cada vez mais sobre nós, também estamos o fazendo de forma cada vez mais rasa, sem parar para prestar atenção justamente no que verdadeiramente nos afeta.

Para o psicanalista Wilson Klain, em Café Filosófico gravado pela TV Cultura , o afeto “nasce no corpo, parte do corpo e age sobre o corpo”. Portanto, ele é indissociável de nós mesmos. Apesar de serem como “nuvens”, segundo o próprio, por não serem físicos ou possíveis de serem pegos na mão, eles são sentidos profundamente por nós. São produzidos pelo organismo e, simultaneamente, são orgânicos.

                                          
Pode-se concluir, portanto, que afetos são conjuntos de manifestações orgânicas e atribuições psíquicas que permeiam todas as nossas emoções, tanto as positivas como as negativas. Ele nunca é neutro, pois vem sempre repleto de significados, alegrias, tristezas, dores ou prazeres. Justamente porque, em sua essência, ele nos afeta.

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