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Envelhecimento muscular tem salvação

A boa notícia é que dá para reverter esse quadro. Independentemente da idade, adotar a atividade física ao cotidiano traz muito mais benefícios do que já foi propagado.

5 de Julho de 2018


Com o passar dos anos, muitas pessoas começam a sentir dificuldade em tarefas simples do cotidiano, como carregar as sacolas das compras do supermercado ou mesmo subir em um banco para pegar algo em cima do armário. Esse é o sinal do enfraquecimento muscular. A boa notícia é que dá para reverter esse quadro. Independentemente da idade, adotar a atividade física ao cotidiano traz muito mais benefícios do que já foi propagado. Principalmente com um treino adequado, composto por musculação e exercício aeróbios, por exemplo, levantar peso e andar de bicicleta. Segundo os cientistas, a atividade física corrige o envelhecimento mais profundo do organismo ­– o envelhecimento das células. A conclusão é de um estudo recente da Clínica Mayo, em Rochester, nos Estados Unidos, que investigou a ação da atividade física no aumento do vigor dos músculos de pessoas com mais de 65 anos. Os cientistas sabem que a perda da força está diretamente associada à redução da produção das mitocôndrias, estrutura celular responsável pela produção de energia. É justamente aí que os exercícios atuam. “Os resultados indicam que praticar exercício de forma intensa eleva a produção de mitocôndrias, explica o autor principal do estudo, Sreekumaran Nair, professor de medicina da Clínica Mayo. O que mais impressionou foi que as células das pessoas idosas responderam de forma mais robusta ao exercício intenso do que as células dos jovens – sugerindo, segundo ele, que nunca é tarde demais para começar uma atividade. Entenda o estudo. Participaram 72 homens e mulheres saudáveis e sedentários, com idade igual ou menor que 30 anos e maiores de 64. Depois de traçadas as medidas de base do condicionamento aeróbico de cada um e os níveis de açúcar no sangue, os pesquisadores passaram aleatoriamente aos voluntários quatro tipos de treinos:
Vantagens do treino misto. Para chegar às observações do quadro acima, depois das 12 semanas de treino, além do teste de açúcar no sangue, as células musculares passaram por biópsia. Chamaram atenção os materiais de análise do grupo submetidos ao treinamento misto (aeróbio e muscular). Ele teve o maior número de genes alterados – tanto entre os participantes mais velhos como entre os mais jovens. A combinação dos dois tipos de atividades, segundo os pesquisadores, elevou a capacidade das mitocôndrias de produzir energia para o músculo celular, aumentando o número e a saúde das mitocôndria. Esse impacto foi particularmente pronunciado entre os ciclistas mais antigos. Leia o artigo original aqui.

Fonte: Gretchen Reynolds Síntese: Equipe Plenae

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Blue Zones: segredos de uma vida longa

Estudos nos mostram que apenas 20% de nossa longevidade é ditada por genes, 10% é ditada pela tecnologia médica e todo o resto depende de nosso ambiente e estilo de vida.

24 de Abril de 2018


Com muita energia e acompanhado por fotos maravilhosas de sua equipe da National Geographic, Dan encerrou o ciclo de aprendizados de maneira inspiradora, contando para nós sua experiência viajando os cinco lugares do mundo onde as pessoas vivem por mais tempo e são mais saudáveis.

ONDE MORAM AS PESSOAS QUE MAIS VIVEM NO MUNDO?

Estudos nos mostram que apenas 20% de nossa longevidade é ditada por genes, 10% é ditada pela tecnologia médica e todo o resto depende de nosso ambiente e estilo de vida. Em um trabalho que foi muito além do ambiente restrito dos laboratórios e envolveu diversos profissionais de diferentes áreas, Dan Buettner foi até 5 áreas do globo onde as pessoas vivem, estatisticamente, mais. São regiões chamadas de Blue Zones, repletas de idosos centenários que, de geração em geração, vivem mais e vivem bem.

  1. 14 vilarejos na Sardenha, na Itália. Um conjunto de vilarejos isolados na região da Sardenha, na Itália, agrupa um alto número de idosos centenários que adotam uma dieta muito específica: suas refeições quase sempre têm um tipo de pão produzido na região, um queijo probiótico feito do queijo de suas cabras e um vinho caseiro. Em sua sociedade, a família sempre vem antes.

    Tudo o que eles fazem é motivado por ela, que é a prioridade e o centro de tudo. Nestes vilarejos, pessoas idosas são celebradas por sua sabedoria, constantemente solicitadas para aconselhar os mais jovens, inclusive em decisões políticas da região.

  2. Ilha de Okinawa, no Japão. Uma população que come basicamente legumes, seguindo uma dieta de 200 anos que os ensina a parar de comer antes de seu estômago estar cem por cento cheio. Em Okinawa, a solidão não existe.

    Desde os 5 anos de idade, as pessoas ingressam em clusters, pequenas sociedades que se ajudam – e se encontram – durante toda a vida. O propósito dos habitantes de Okinawa é muito arraigado, sendo quase uma mistura de propósito e responsabilidade: dê de volta. Outra curiosidade de Okinawa é que lá, as mulheres são as líderes espirituais.

  3. Loma Linda, Califórnia, nos EUA. Lá vive uma grande comunidade de adventistas, cristãos conservadores que vivem uma década mais que a população média dos Estados Unidos. Isso sem estarem isolados em uma ilha no Japão ou no Mediterrâneo.

    Como isso é possível? Entre outros fatores, porque apesar de não se encontrarem geograficamente isolados, isolaram-se culturalmente. Todas as semanas, os adventistas guardam o sábado, quando param por um dia inteiro para se dedicar a Deus e caminhar na natureza.

    Sua dieta é derivada de uma passagem bíblica que diz que Deus fez as árvores e frutas para a alimentação do homem – por isso, não comem carne. Vivem em uma forte comunidade, que está sempre se encontrando e que valoriza o trabalho braçal e o movimento físico.

  4. Nicoya, Costa Rica. Essa comunidade pobre, mas com as menores taxas de mortalidade na meia-idade no mundo e alta expectativa de vida nos lembra que longevidade não é sinônimo de ser rico. Sua dieta é baseada em ingredientes que reúnem todos os aminoácidos necessários para nosso corpo.

    Sua vida simples, em comunidade, cunhou a expressão “pura vida”, que usam como “bom dia”. Ela traz em sua essência a “sensação de se estar bem, mesmo em meio à mais pura simplicidade”.

  5. Ikaría, Grécia. Esta área muito isolada geograficamente reúne centenários que se alimentam com a dieta mediterrânea, rica em vegetais, feijões e ervas – não só como tempero, mas também como ingredientes de chás extremamente anti-inflamatórios. Os habitantes da região cultivam suas próprias comidas, poucos têm carro e são muito participativos na comunidade.

“NÃO SEI PORQUE VIVI TANTO, ACHO QUE APENAS ME ESQUECIDE MORRER”

Buettner levou 5 anos e 27 viagens até as Blue Zones para descobrir que o segredo da longevidade dessas pessoas não estava apenas em sua dieta ou em algum componente genético. Ouvindo a frase acima de um dos pesquisados, ele percebeu que era sobre muito mais que isso: era sobre simplesmente não se esforçar para chegar lá.

Em todos os pesquisados, Dan percebeu que ninguém se esforçou para alcançar uma velhice plena e saudável. Os habitantes dessas regiões apenas deixaram a longevidade chegar. Não seguiram receitas, não entraram na academia pensando em viver mais ou executaram conscientemente o estado de atenção plena.

Apenas viveram. Porém, viveram em um ambiente que proporcionou tudo de que precisavam sem nem perceberem. Nessas zonas, as pessoas são encorajadas a envelhecer bem como parte de cada hábito, cada pequena tarefa do dia. Elas se exercitam com atividades do dia a dia, fazendo pão, plantando, locomovendo-se nas vilas.

Estão sempre ativas, executando tarefas que estimulam o corpo e a mente. Fazem meditações como parte de sua rotina, ou tiram uma soneca, ou tomam uma boa taça de vinho, diariamente. Comem de forma mais acertada, sem pressa. Colocam a família em primeiro lugar. Praticam uma fé. E, por fim, têm uma rede de amigos selecionada, que reforçam seus hábitos.


Os habitantes dessas Blue Zones têm tanto estresse e preocupações cotidianas quanto nós. A diferença é que aqui, fora delas, no auge do mundo ocidental, nos acostumamos a um estilo de vida pouco saudável, a um mundo de facilidade e abundância.

Nele, não nos mexemos naturalmente (por isso, temos que ir até a academia malhar), não comemos bem como parte normal da rotina (a não ser que decidamos começar uma dieta) e nem sempre somos incentivados pela sociedade e pela nossa rede de amigos a reforçar hábitos positivos (quando foi a última vez que você foi convidado para uma tarde de salada entre amigos?).

Longevidade tem mais a ver com um caminho natural advindo de um estilo de vida do que com um caminho artificial, forçado por nós mesmos. Ao ler este livro completo, ao relembrar todas as palestras, pense nisso: melhor que tentar aplicar uma ou outra técnica para sua vida é procurar uma mudança mais profunda, em seu estilo de vida como um todo.

Antes de mais nada, crie um estilo de vida que facilite uma vida melhor. Se você criar ao seu redor um setup mais saudável e feliz, conseguirá atingir a longevidade. Melhor que isso, conseguirá construir uma vida naturalmente mais feliz enquanto chega lá.

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