Para Inspirar

Estresse envelhece a célula

Se sentir estressado não prejudica apenas a nossa saúde, mas literalmente envelhece.

8 de Fevereiro de 2019


A bióloga molecular Elizabeth Blackburn sempre foi fascinada em descobrir o mecanismos da vida, em suas estruturas mais básicas. Nascida em 1948, cresceu junto ao mar em uma remota cidade da Tasmânia, na Austrália, coletando formigas do jardim e águas-vivas da praia. Quando começou a carreira científica, foi atraída pela bioquímica. “Era uma ciência que oferecia a compreensão completa e profunda da célula”, disse. Na década de 1970, junto com o biólogo Joe Gall, da Universidade Yale, Elizabeth sequenciou as pontas dos cromossomos de uma criatura de água doce unicelular chamada Tetrahymena (“espuma da lagoa", como ela descreve) e descobriu um elemento no DNA que funciona como uma espécie de tampa protetora. As cápsulas, apelidadas de telômeros, foram posteriormente encontradas em cromossomos humanos também. Eles protegem as extremidades dos cromossomos durante a divisão celular e duplicação do DNA – mas essas capas proteicas se desgastam no processo. Na década de 1980, trabalhando com a estudante de pós-graduação Carol Greider, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, Elizabeth descobriu uma enzima chamada telomerase, enzima que protege o telômero do encurtamento e ainda o reconstrói. Mesmo com a atuação da telomerase, a capa proteica diminuiu com o tempo. E quando fica muito curta, a célula passa a funcionar mal e perde a capacidade de se dividir – um fenômeno que agora é reconhecido como processo-chave no envelhecimento. Elizabeth ganhou o Prêmio Nobel de 2009 em Medicina com a descoberta. Antes disso, em 2000, ela recebeu a visita de Elissa Epel, do departamento de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia de São Francisco (UCSF). Psiquiatras e bioquímicos geralmente não têm muito o que conversar, mas Elissa estava interessada nos danos causados ​​ao corpo pelo estresse crônico, e apresentou uma proposta radical. A conversa mudou o rumo da pesquisa de Elizabeth. A cicatriz do estresse. Elissa, agora diretora do Centro de Envelhecimento, Metabolismo e Emoção da UCSF, sempre se interessou no processo de relacionamento entre mente e o corpo. Sempre teve como referência o guru de saúde holístico Deepak Chopra e o biólogo pioneiro Hans Selye – que descreveu pela primeira vez, na década de 1930, como os ratos submetidos ao estresse de longo prazo ficavam cronicamente doentes. “Cada estresse deixa uma cicatriz indelével.  O organismo paga por sobreviver a ele, ficando um pouco mais velho”, disse o biólogo Selye. Em 2000, Elissa queria encontrar essa cicatriz. “Eu estava interessada na ideia de que, se olharmos profundamente dentro das células, poderíamos medir o desgaste do estresse e da vida cotidiana”, diz ela. Depois de ler sobre o trabalho de Elizabeth sobre o envelhecimento, ela se perguntou se os telômeros se encaixariam nessa teoria. Mundo real no laboratório . Com algum receio de se aproximar de uma cientista tão experiente, ela pediu a ajuda de Elizabeth com um estudo de mães, que passavam por uma das situações mais estressantes em que ela podia imaginar – cuidar de uma criança cronicamente doente. O plano de Elissa era perguntar às mulheres como elas se sentiam estressadas, e então procurar uma relação entre o estado mental e do telômero. Os colaboradores da Universidade de Utah mediriam o comprimento dos telômeros, enquanto a equipe de Elizabeth ficaria encarregada dos níveis de telomerase. Até aquele momento, a pesquisa de Elizabeth envolvia experimentos controlados no laboratório. O trabalho de Elissa, por outro lado, focava o mundo real. “No começo, duvidei que fosse possível haver qualquer conexão significativa entre estresse e telômero”, disse Elizabeth. Os genes eram vistos como fator mais importante na determinação do comprimento dos telômeros, e a ideia de que seria possível medir as influências ambientais e psicológicas era altamente controversa. Mas, como mãe, Elizabeth sentiu-se desafiada com o estudo. “Não dá para evitar empatia.” A pesquisa . Levou quatro anos até que elas finalmente estivessem prontas para coletar amostras de sangue de 58 mulheres para o estudo piloto. As mulheres dos dois grupos – mães estressadas e equilibradas – tinham idades, estilos de vida e origens semelhantes. “Ainda assim”, diz Elizabeth, “encarei a seleção como um exercício de viabilidade. Até que Elissa ligou para mim e disse: “Você não vai acreditar. Quanto maior o nível de estresse da mãe, mais curtos eram os telômeros e menor o nível de telomerase.” As mulheres mais exaustas do estudo tinham telômeros que se traduziram em uma década ou mais de envelhecimento em comparação com aquelas que estavam menos estressadas. Já os níveis de telomerase estavam reduzidos pela metade. “Fiquei emocionada”, revelou Elizabeth. As duas pesquisadoras conectaram vidas e experiências reais à mecânica molecular dentro das células. Foi a primeira indicação de que se sentir estressado não prejudica apenas a nossa saúde, mas literalmente envelhece. Leia o artigo completo aqui .

Compartilhar:


Para Inspirar

Para viver muito bem, fique em harmonia com a natureza

O ritmo frenético e estressante das cidades do século 21 faz com que a maioria das pessoas tenha pouco contato com a natureza. Para alcançar a longevidade com vitalidade é importante que haja a retomada dessa conexão.

5 de Julho de 2018


O ritmo frenético e estressante das cidades do século 21 faz com que a maioria das pessoas tenha pouco contato com a natureza. Para alcançar a longevidade com vitalidade é importante que haja a retomada dessa conexão. Pílulas, poções, aulas de ginástica e produtos alimentares sem glúten jamais conseguirão reproduzir o que uma existência natural holística pode proporcionar. Abaixo algumas sugestões para você começar a se reintegrar ao plano mestre da “Mãe Natureza”:
  1. Ecossistema. Pare de fantasiar que existe um segredo para uma vida longa e saudável. Não bastam apenas os genes certos, água pura, relações de qualidade, alimentos preparados em casa, atividades físicas regulares, uma fé forte ou viver em um ambiente mais natural. É todo o ecossistema que precisa ser pensado. Extrair um ou dois desses elementos e apertá-los em um estilo de vida frenético do século 21 nunca renderá longevidade de alta qualidade. Crie seu próprio ecossistema com os recursos da vida moderna.
  2. Harmonia com a natureza. Muitos centenários vivem uma vida em harmonia com os ritmos da natureza. Crie seu próprio ecossistema mente-corpo-espírito incorporando o seguinte:
    • Mente da natureza: tudo na natureza é ditado por um “plano de vida”. Os processos naturais são práticos e cheios de significado, desde o nascimento de uma criança até a abertura de uma flor. Ter um propósito de vida dá sentido para sair da cama todas as manhãs e seguir com prazer, energia e alegria.
    • Nutrição da natureza: prefira os alimentos naturais. Está morrendo de fome e sem tempo, mas quer uma refeição natural deliciosa? Sem problemas. Felizmente, existem agora vários lugares para obter comida natural saudável e rápida.
    • Conexão com a natureza: a ciência mostra o quanto pode ser saudável. Fique ao ar livre e passe o maior tempo possível na natureza. É tão simples quanto uma caminhada no parque. Some isso aos seus exercícios usuais.
    • Ambiente natural: viva o mais próximo possível da natureza. Se você não mora no campo, plante um jardim comunitário, por exemplo, ou cultive ervas na cozinha. Saia para áreas verdes nos fins de semana ou férias. Uma caminhada já é um bom começo para se contemplar a grandiosidade da natureza.
  3. Qualidade de vida é fundamental. Estudo recente que compara os grupos socioeconômicos mais baixos nos Estados Unidos e na Costa Rica descobriu que a mortalidade por doença cardíaca é 54 % maior nos americanos e 12%, nas americanas. O resultado tem a ver com a dieta de alimentos processados e outras doenças como obesidade, hipertensão, tabagismo, estresse urbano, condições de saúde mental, privação de sono e estilo de vida sedentário.
  4. Vida longa e vibrante e morte rápida. Este é o destino que todos queremos. A natureza dá, mas também tira. A vida é boa até deixar ser, e queremos que a primeira fase seja longa e rica, e que a última seja bem breve.
Leia o artigo completo aqui.

Fonte: Pam Peeke Síntese: Equipe Plenae

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais