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Estudo revela a qualidade mais desejada em um parceiro

A bondade foi eleita a característica mais importante em um companheiro para toda a vida

8 de Outubro de 2019


O que as pessoas realmente querem em um parceiro de longo prazo? Se elas recebessem um menu limitado de características para escolher, quais seriam os não negociáveis em um relacionamento? Quanto do que valorizamos em um parceiro é influenciado pela cultura e quanto é inato?

Em uma nova pesquisa científica da Universidade de Swansea, no Reino Unido, cientistas pediram para 2.700 estudantes de cinco países classificarem as características mais importantes em um companheiro para toda a vida. Eles elegeram, em primeiro lugar, a bondade. Publicado no periódico Journal of Personality, o estudo comparou as preferências de namoro de estudantes de dois países considerados orientais (Cingapura e Malásia) e três considerados ocidentais (Austrália, Noruega e Reino Unido).

Pesquisa

Os cientistas elencaram oito atributos sobre os quais os participantes poderiam “gastar dólares": atratividade física, boas perspectivas financeiras, bondade, humor, castidade, religiosidade, desejo de filhos e criatividade. Cada dólar representou um aumento de 10% em uma característica.

Para tornar seu parceiro mais engraçado que 40% da população, por exemplo, os participantes tiveram que desembolsar 40 dólares. No início, os voluntários gastaram muito em todas as características. No entanto, à medida que o orçamento diminuiu a cada rodada do estudo, os participantes tiveram que descobrir o que realmente queriam.

Após a bondade, os homens quase universalmente favoreceram a atratividade física, enquanto as mulheres escolheram boas perspectivas financeiras. Andrew G. Thomas, professor de psicologia em Swansea, explica sobre seu estudo a seguir.

Sua pesquisa analisa as diferenças nas preferências de relacionamento entre países considerados ocidentais e orientais. Por que você estava interessado nisso?
Nas ciências sociais, existe uma visão de que atitudes e desejos são principalmente o produto da aprendizagem ou da cultura. Como psicólogo evolucionista, acredito que alguns comportamentos emergem consistentemente entre as culturas - eles são "universais" humanos. Olhar para grupos culturais muito diferentes nos permite testar essa ideia. Se descobrirmos que homens e mulheres agem de maneira semelhante em todo o mundo, isso adiciona peso à ideia de que alguns comportamentos se desenvolvem apesar da cultura e não por causa disso.

Os resultados sugerem que, em geral, os homens mostram uma preferência por juventude e beleza, enquanto as mulheres mostram uma preferência pela capacidade de prover. Por quê?
Esta é uma descoberta que surge repetidamente na psicologia evolucionária. A teoria mais convincente é que homens e mulheres ancestrais evoluíram para escolher parceiros de maneiras que os ajudassem a se reproduzir com sucesso, e que homens e mulheres modernos continuam fazendo isso hoje. Como a fertilidade das mulheres diminui com a idade, os homens ancestrais priorizaram a juventude e a beleza para garantir que escolhessem um parceiro fértil. Da mesma forma, porque os recursos podem facilitar a criação de um filho e porque a capacidade de fornecer recursos varia de um homem para o outro, as mulheres ancestrais evoluíram para priorizar o status social para garantir que escolhessem um parceiro que pudesse investir neles e em seus filhos.

Depois de bondade, atratividade e boas perspectivas financeiras, o próximo traço mais popular era o humor, pelo menos no grupo ocidental. Esse resultado surpreendeu você?
O fato de o humor ser importante não foi muito surpreendente. No entanto, a diferença leste-oeste foi surpreendente. Após refletir, acho que isso ocorre porque alguns dos traços incluídos no estudo (por exemplo, religiosidade e castidade) são mais importantes nas culturas orientais do que nas ocidentais. Portanto, quando os orçamentos eram limitados, os participantes ocidentais eram capazes de ignorar esses atributos e gastar mais dinheiro em humor, enquanto os orientais não.

Então, quão diferentes são as pessoas das culturas ocidentais e orientais em termos do que queremos em um parceiro?
Encontramos diferenças culturais para quase todas as características. No entanto, na maioria dos casos, esses eram apenas uma questão de grau. Por exemplo, para homens e mulheres de ambas as culturas, a característica mais importante, sem dúvida, era a bondade. Isso superou em muito os traços como criatividade, religiosidade e humor. Certamente, havia pequenas diferenças culturais na importância da bondade, mas a verdadeira descoberta é que essa era uma característica constante.

Houve outras diferenças significativas entre homens e mulheres?
Uma diferença muito interessante estava no desejo de um parceiro por filhos. Descobrimos que isso não era uma prioridade na amostra oriental. No entanto, no Ocidente, as mulheres deram prioridade, mas não os homens. Achamos que isso pode ter algo a ver com o planejamento familiar. Nas culturas em que a contracepção é generalizada, o desejo de um parceiro por filhos pode prever a probabilidade de começar uma família. Por outro lado, em culturas onde o uso de contracepção é menos difundido, ter filhos pode ser uma consequência natural do sexo dentro de um relacionamento, tornando o desejo real por crianças menos relevante.

Fonte: Belinda Luscombe, para Time
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

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O sono na quarentena: conversa entre Abilio Diniz e Dr. Geraldo Lorenzi Filho

Diferentes queixas acerca do tema têm surgido por parte dos que estão em casa. A pergunta é: o que fazer para melhorá-lo?

26 de Abril de 2020


Como anda o seu sono na quarentena? Especialistas têm ouvido constantemente a mesma queixa: a insônia está fazendo parte do dia a dia das pessoas, até mesmo daquelas que nunca sofreram com isso. Segundo o doutor Geraldo Lorenzi Filho, isso pode estar acontecendo pela falta de rotina, ponto chave para um sono regulado. Em conversa ao vivo com Abílio, transmitida pelo Instagram do mesmo, o médico relatou alguns pontos que podem estar ocasionando esse desconforto, mas todos eles levam à uma rotina que hoje se vê diferente e em crise. “Falta de horários regulados, escassez de exercícios físicos e alimentação desregulada - tudo isso pode contribuir para uma má qualidade do sono” comenta Geraldo. Abílio, por sua vez, conta um pouco de sua própria experiência com o descanso. “Tenho aprendido ao longo da minha vida que o sono é muito importante, reflete em todo o resto da nossa vida. Se você não está descansado, nada mais funciona direito” comenta o empresário. E é um fato: dormir mal é prejudicial a toda sua saúde. Mas então, o que fazer? Em primeiro lugar, manter-se ativo. “Não existe desculpas para o exercício físico, mesmo não podendo sair de casa. Você pode assistir videoaulas e utilizar os próprios utensílios da sua casa. Minha esposa segura uma caixinha de leite em cada mão para servir de peso” diverte-se o médico. Em segundo lugar, não aceitar o fato de dormir mal como uma verdade. “Não pode ficar só falando “eu durmo mal”, e começar a olhar nossas rotinas e o que você pode fazer por ela” continua. Uma atitude simples que pode ajudar (e muito!) o seu sono é a privação de tecnologia e telas antes de dormir. “Não só pelo efeito negativo que a tela exerce sobre a nossa produção hormonal, mas também pela distração que esses dispositivos podem gerar”. A criação de rituais prévios pode te ajudar a disciplinar sua mente e seu corpo. Que tal definir o seu momento de leitura sempre antes de dormir? “Opte por livros físicos ou e-readers eletrônicos como o Kindle . Porque eles não vão te oferecer distrações” pontua Lorenzi. “O sono é parte de um todo. Se você tem um dia programado, com uma rotina normal, cheio de atividades que fazem bem, o sono é consequência.” Ter o banho como rotina prévia do sono pode ser interessante, como faz Abílio. Assim como as pessoas desempregadas, que tendem a se perder um pouco em seus horários, todos que estão de quarentena sofrem esse mesmo risco. “Precisamos tomar cuidado, apesar da biologia de cada um, a nossa tendência é sermos animais diurnos, funcionamos muito melhor de dia do que de noite. Para reverter esse quadro dos horários trocados depois é bem difícil e pesaroso” diz Geraldo. “Quando eu era criança, às 23h da noite a TV Tupi tinha chiado, justamente porque íamos dormir nessa hora, não existia esse conceito de 24h operando.” Uma outra dica chave para pegar no sono é fazer um diário de preocupação. “Escreva em um caderno algo que às 3h da manhã você não vai resolver. Ao fazer essa espécie de ‘download’ dos seus problemas que estão te preocupando ou que te tomarão tempo amanhã, você já tira isso da sua frente” revela o especialista. Abílio concorda, e divide o conselho de sua antiga terapeuta: “Na época em que enfrentei alguns problemas pessoais, também sofri com problemas de sono. Minha analista da época me deu uma dica muito valiosa: não brigue com o sono. Pegue uma caneta e uma agenda e comece a escrever o que você tá pensando, o que tirou seu sono. Depois de um dia ou dois, pegue esse caderno e leia. Você vai conseguir distinguir aquilo que é real e aquilo que é imaginário, os seus fantasmas da madrugada. Se você dá vazão à sua imaginação, você coloca as coisas muito além, muito pior do que a realidade”. Se você não tem uma atividade pela manhã, evite de começar a compensar o sono pela manhã, dormindo até tarde. “Um dos tratamentos para a insônia é justamente a privação do sono, mas em horários inadequados. Isso é um tíquete carimbado para dormir a noite. Muito cuidado, mantenha a disciplina, não tente dar uma compensada pela manhã. A dormidinha na frente da televisão às 19h, é o começo da crise” diz Geraldo. O mesmo vale para os fins de semana: mantenha a disciplina. “Se no fim de semana você dorme muito mais, é porque você está reproduzindo o padrão típico de restrição de sono ao longo da semana e compensa no sábado e domingo, causando um efeito de atraso” explica o especialista. Valorize as práticas meditativas, que são ótimas. “O momento da meditação é pessoal, o meu por exemplo, é pela manhã, mas tem reflexos positivos pro resto do meu dia.  Me exercito 2 horas por dia, 1 hora é exercício aeróbico, como esteira e tudo mais. Na hora seguinte, eu medito e faço minhas preces. Normalmente eu nem acendo a luz. Vou vendo o dia clarear enquanto exerço essas práticas” comenta Abílio. Esqueça velhos conceitos que podem gerar ansiedade, como a necessidade de dormir uma quantidade exata de horas. “Quanto é bom dormir é pessoal de cada um, você tem que se conhecer e se sentir bem para o dia seguinte. Thomas Edison, criador da lâmpada, costumava dizer que 4h e meia era mais do que suficiente, só que o einstein precisava de 10, e os dois são gênios” comenta. E essa variação de horas pode sofrer alterações ao longo da vida. “É só ver quantas horas dormem as crianças e os adultos” Abílio conclui a conversa com sua própria reflexão. “Eu sou matutino, gosto de levantar cedo e não gosto de ir dormir tarde. Gosto mais de inícios que do fim. Gosto até mesmo mais do nascer do sol do que do pôr dele. Gosto de começar empreendimentos, não gosto do fim deles. Eu simplesmente odeio cebola, despertador e despedidas.”

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