Evento Plenae: Musculação garante vida saudável e independente
Muitas pessoas não conseguem deixar de lado a preguiça e sempre adiam os planos de começar alguma atividade.
11 de Junho de 2018
Todos os dias as pessoas escutam falar o quanto o sedentarismo faz mal à saúde. Também ouvem que a prática de atividades físicas diariamente proporciona disposição, bom humor e, principalmente, o estado geral de saúde . Mesmo assim, muitas pessoas não conseguem deixar de lado a preguiça e sempre adiam os planos de começar alguma atividade.
Durante a palestra realizada no lançamento da Plataforma Plenae, em maio de 2018, Irineu Loturco – diretor técnico do Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo (NAR) – foi enfático ao dizer que o exercício físico é a mais eficiente ferramenta para garantir uma velhice independente e saudável. Na terceira idade, segundo ele, as pessoas tendem a perder gradativamente a força muscular, podendo se tornar incapazes funcionalmente e depender do cuidado de terceiros. “O exercício não é só importante para prevenir doenças, mas também pode ser utilizado no tratamento de diferentes tipos de doenças crônicas”, diz o Doutor em treinamento esportivo, que no mesmo momento mostrou a imagem de idosos saudáveis se exercitando.
Degeneração muscular.
Há um processo degenerativo do tecido muscular durante o envelhecimento, chamado de sarcopenia, que resulta na perda da força muscular. “Ela é desencadeada por uma série de processos hormonais e metabólicos, que ocorrem durante o passar dos anos, diminuindo progressivamente a massa muscular e a força. É um processo inevitável, que prejudica progressivamente a saúde dos idosos.”, diz Loturco.
A fragilidade vai aumentando com o passar dos anos e o idoso perde a independência funcional, “o que é um problema para ele, para quem vai ajudá-lo e para todo o sistema de saúde”. A melhor forma de combater esse processo é através da prática sistemática do treinamento de força, sempre com a orientação de um profissional da área de educação física”.
Manutenção da força.
Loturco mostra na tela a imagem de duas ressonâncias magnéticas de quadríceps. Uma é de um triatleta de 40 anos. Trata-se de um corte circular, com uma fina camada de gordura por fora, envolvendo uma grande parte de músculo, que, por sua vez, circunda o tecido ósseo. A outra ressonância é de um homem sedentário de 74 anos. A imagem mostra a proporção inversa da primeira, ou seja, mais tecido gorduroso do que muscular.
O especialista exibe uma terceira ressonância, dessa vez de um triatleta de 70 anos. A imagem é quase idêntica ao do triatleta de 40, mostrada pouco antes. A musculatura foi preservada e tem maior proporção que a camada adiposa. “O segredo”, diz ele, “é o exercício físico realizado sistematicamente ao longo da vida. Esse senhor fez uma série de atividades aeróbias combinadas com exercícios de força durante muitos anos e por isso tem uma estrutura muscular semelhante à de um sujeito saudável e fisicamente ativo com 40 anos de idade”.
Sem dor há ganhos.
O palestrante dá uma boa notícia. Estudos científicos mostram que não é preciso trabalhar a musculatura com carga máxima e nem mesmo com esforços máximos. Há pesquisas comprovando que exercícios realizados com pesos médios e leves – executados com maior velocidade – proporcionam ganhos significativos nas capacidade de força e potência muscular de idosos . A descoberta facilita o engajamento das pessoas mais velhas nesse tipo de treinamento. A melhora dessas capacidades permitem ao idosos executar com maior eficiência as tarefas do dia a dia, como carregar uma sacola ou até mesmo subir uma escada.
Nem sempre o sofrimento de levantar pesos até a exaustão proporciona ganhos adicionais. “Qual é a razão principal para nos exercitarmos? A razão está diretamente associada à qualidade de vida que queremos desfrutar, sobretudo na fase da vida que chamamos de melhor idade. Get stronger and live longer.”
Assista à palestra na íntegra
aqui.
Menopausa só aos 70 anos? A ciência avança nessa direção
Técnica experimental realizada por equipe médica da Inglaterra mostrou-se capaz de adiar o fim da menstruação por até duas décadas
16 de Agosto de 2019
Uma revelação feita recentemente por uma clínica de fertilização da Inglaterra impressionou a comunidade científica — a realização de uma cirurgia capaz de adiar a menopausa por até duas décadas. Até então, todos os medicamentos e dietas direcionados para a fase feminina que começa em torno dos 50 anos apenas aplacavam os sintomas do fim da menstruação, como o calor, a depressão e a falta de libido. “A possibilidade de atrasar a
menopausa
é extremamente emocionante”, disse Amanda Kallen, endocrinologista reprodutiva e especialista em fertilidade da Yale Fertility Center, nos Estados Unidos, uma das maiores referências em reprodução assistida. Para o ginecologista Eduardo Zlotnik, vice-presidente do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, “é preciso cautela, mas a ideia é ótima e pode ser protetora contra muitas doenças”.
A menopausa ocorre com o fim da produção de hormônios femininos, como o estrogênio. Sem ele, a mulher não engravida, envelhece mais rapidamente e se torna vulnerável a doenças, sobretudo as cardiovasculares e as ósseas.
A nova técnica, batizada de restauração hormonal, tem base numa lógica simples: retiram-se, ainda na juventude, pedaços milimétricos da camada externa do ovário, os chamados folículos ovarianos primordiais, trechos que abrigam as estruturas produtoras do estrogênio. Eles são depois reimplantados durante a menopausa — especificamente, doze meses após a última menstruação. Os folículos, que ficam congelados, não sofrem com o envelhecimento natural e ao ser repostos voltam a funcionar.
Os especialistas calculam que, se a extração for feita aos 25 anos, eles possam fabricar o hormônio até vinte anos depois da chegada da menopausa. Em tese, a mulher não só teria as características da juventude restauradas como poderia até engravidar.
O procedimento foi criado pela equipe da clínica ProFam, cujo proprietário, Simon Fishel, pertenceu à equipe gestora do primeiro bebê de proveta, na década de 70. O tratamento foi aplicado por completo em apenas uma paciente, a professora Dixie-Louise Dexter.
Dixie sofria de uma doença que lhe causou a perda do útero e dos ovários aos 32 anos. Ela entraria em menopausa precoce, portanto. Ao se submeter à cirurgia, há um ano, teve a produção hormonal restaurada. “Agora me sinto muito bem, sem os sintomas da menopausa”, disse ao jornal
The Sunday Times
.
A restauração hormonal já era usada em mulheres diagnosticadas com câncer precocemente e que planejavam engravidar. Há, contudo, sérias ressalvas. Diz Edson Borges, especialista em reprodução assistida do Fertility Medical Group: “Ainda é cedo para recomendar o recurso. São necessários estudos que mostrem a inexistência de risco da retirada de folículos na juventude e também da ação do hormônio tardiamente”. De qualquer modo, abriu-se uma janela de otimismo para uma preocupação das mulheres.
Fonte: Letícia Passos, para
Veja
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aqui
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