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Exercício diminui o risco de morte prematura, diz estudo

Passou muitos anos no sedentarismo? Você ainda pode colher os frutos da mudança – independentemente da sua idade

23 de Outubro de 2019


Uma nova pesquisa científica revelou que duas décadas de sedentarismo podem dobrar o risco de morte prematura de uma pessoa. Comparado a um indivíduo ativo, o sedentário tem uma probabilidade duas vezes maior de morrer cedo. A descoberta foi de um estudo preliminar apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris. O risco de morte precoce também foi mais elevado para aqueles que eram sedentários no início da vida, mas aumentaram a prática de exercícios para duas ou mais horas por semana. Ainda assim, o risco dessas pessoas não é tão grande quanto o daquelas que nunca se exercitaram ou que pararam de se exercitar. Realizado por pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, o estudo analisou dados de 23 mil homens e mulheres noruegueses. Os cientistas coletaram informações sobre a frequência e a duração de atividades físicas e de lazer dos participantes. Em um período de 22 anos, os dados foram coletados três vezes. O nível de atividade física foi dividido entre inativo, moderado (menos de duas horas por semana) e alto (mais de duas horas semanais). Como grupo de referência, os cientistas usaram os participantes que tiveram o nível de atividade mais alto durante o período. Em comparação com esse grupo de referência, aqueles que relataram estar inativos nos dois primeiros períodos de coleta de dados tiveram o dobro do risco de morrer por qualquer causa. Já o risco de morte por doenças cardiovasculares era 2,7 vezes maior entre esses indivíduos. As pessoas que eram ativas no início, mas mais tarde se tornaram sedentárias, experimentaram um risco semelhante ao das que estavam sempre inativas. Elas eram duas vezes mais propensas a morrer durante o período de acompanhamento do que aquelas com os mais altos níveis de atividade. Já as pessoas inativas no início da pesquisa, mas que mais tarde se exercitavam por mais de duas horas por semana, ainda tinham uma probabilidade maior de morte precoce, mas menos do que aquelas que sempre estavam inativas ou que diminuíram suas atividades. "A mensagem principal é que as pessoas devem continuar sendo fisicamente ativas para obter os benefícios do exercício à saúde", disse à revista Runner's World Trine Moholdt, principal pesquisadora do estudo. Mas a boa notícia é que nunca é tarde para reiniciar, ou mesmo começar. O nível moderado foi definido como apenas duas horas por semana. De acordo com Moholdt, esse tempo pode incluir atividades como subir escadas ou descer do metrô na estação anterior e caminhar até o destino final. "Você pode reduzir seu risco praticando atividade física mais tarde na vida, mesmo que não tenha sido ativo antes", afirma Moholdt. "Os benefícios para a saúde vão além da proteção contra morte prematura. O exercício beneficia os órgãos do corpo e a função cognitiva. Eu recomendo que todos fiquem sem fôlego pelo menos duas vezes por semana.” Fonte: Elizabeth Millard, para Runner's World Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo original aqui .

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Evento Plenae: Martinho da Vila canta Depois Não Sei para Abilio Diniz

De sandálias, camisa por fora da calça e uma bolsa a tiracolo, o sambista Martinho da Vila, de 80 anos, entrou devagarinho no palco, onde já o esperavam Abilio Diniz e e o mestre de cerimônia do evento Marcelo Cardoso

15 de Junho de 2018


De sandálias, camisa por fora da calça e uma bolsa a tiracolo, o sambista Martinho da Vila, de 80 anos, entrou devagarinho no palco, onde já o esperavam Abilio Diniz, de 81 anos, e o mestre de cerimônia do evento Marcelo Cardoso. Bem-humorado, conversou em um ritmo que segue o de seus passos. Martinho não tem pressa nem para falar, mas é conhecido por ter uma vida muito produtiva. “Quem vai devagar, chega. E chega descansado. Quem corre, tropeça. Minha mulher diz que não estou mais em tempo de cair”, diz Martinho. Abaixo, o bate-papo entre os três.
Marcelo Cardoso: Martinho, você e o Abilio possuem vários pontos em comum. A idade, a curiosidade pela vida... Martinho da Vila: Ele (Abilio) é mais velho do que eu. Bem mais velho, quase um ano. Maravilha! MC: Você fez faculdade há pouco tempo. Conta como foi isso, Martinho. MV: Vive melhor quem está sempre procurando aprender, inclusive aprender a viver. Andei muito por aí pelo mundo e virei Embaixador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Meus pares nesta área são todos da área da Diplomacia. Por outro lado, Relações Internacionais pratico há muito tempo. Quando Angola ficou independente, eu era a figura mais conhecida no país. Eles não tinham embaixada no Brasil. Sempre que vinham aqui, um empresário ou um dirigente, me procurava para abrir portas. Chamavam-me de embaixador. Muitos dormiam em casa. Quando montaram a embaixada no Brasil, me deram o título de Embaixador Cultural Honorário. Mas eu queria saber sobre a história das Relações Internacionais, sua importância, a teoria... MC: Foi nesse momento que você resolveu fazer faculdade? MV: Sim. Prestei vestibular na Universidade Veiga de Almeida. Quando fui me matricular, disseram que tinham poucos alunos e não dava para montar uma turma. Soube que na Estácio (Universidade Estácio de Sá) tinha um curso. Fui até lá e expliquei o caso. Prestei outro vestibular. Estava com 76 anos e tinha colega com 18 anos. Foi interessante. Quando estava no último ano, alguém tirou uma foto minha na sala de aula. Viralizou muito na internet. Todo mundo dizia: “Você entrou na faculdade!” Mas eu já estava lá há muito tempo. O mais importante é que me conscientizei que só a diplomacia (e não as armas) pode salvar o mundo de uma terceira guerra mundial. MC: Legal a humildade do Martinho. Ele é reconhecido por ter mudado a história do samba. A forma como se ouve samba no Brasil é trabalho dele. Abilio Diniz: Martinho, como você lida com essa fama toda? MV: Já me acostumei. Nunca estou sozinho, em lugar nenhum. Mas às vezes chego com pressa em um aeroporto. E sempre vem alguém me pedir autógrafo. Mas, já tenho uma estratégia. Eu ando devagar, devagarinho, mas quando alguém vem chegando, eu aperto o passo. Funciona. AD: Como você lida com tantos filhos? Tenho filhos de idades variadas e com muita diferença de idade entre eles. Minha filha mais velha, Ana, tem 56 anos e o caçula, 8 anos. Eu sou amigo deles. MV: Ser pai é ser amigo. Uma pessoa que nem nós, Abilio, não podemos dizer que fomos um bom pai. O bom pai é aquele que ajuda a mãe a cuidar da criança, vai à reunião de pais na escola e ajuda nas tarefas escolares das crianças. Não temos tempo para isso. Então, a nossa saída é ser amigo. Com os mais novos eu já aprendi a lidar. Acompanhei mais de perto que os mais velhos. Os mais novos têm 18 anos e 23 anos. MC: Do Rio de Janeiro a Barra Mansa, você, Martinho, costuma dizer que dá para ir em duas horas ou cinco horas... MV: Minha filosofia de vida é fazer tudo devagar. Daí, perguntam como eu faço tanta coisa. Eu faço tudo devagar e não abro mão do tempo ocioso. Ir devagar é bom. Quem vai devagar, chega, e chega descansado. Quem corre, tropeça. Minha mulher diz que eu não estou em tempo mais de cair. AD: Como você enxerga a vida futura? Eu quero, por exemplo, ter mais tempo possível para fazer as coisas que eu faço; trabalhar do jeito que trabalho; fazendo os meus esportes. O que você gostaria de fazer? (Toca o telefone de Martinho) MV:, É a Alegria (filha mais nova) que ligou. Sei que tem que desligar. Desculpa (ele desliga o telefone). Sonhar é sempre bom. Eu tenho sonhos de fazer muita coisa, mas ainda não sei o que é. Mas, tenho tempo. A medicina está trabalhando a nosso favor. Dizem que quem tem a nossa idade vai chegar aos 100 anos. Então, estou planejando a festa. Vamos fazer junto, Abilio?

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