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Idosos com pouco músculo tendem a viver menos

Pessoas com músculos fortes nos braços e pernas têm menos risco de morrer, revelou pesquisa da USP

1 de Agosto de 2019


Manter os músculos fortes de braços e pernas pode garantir bons anos a mais de vida lá na frente, revelou um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A pesquisa analisou diversos fatores ligados à mortalidade em 839 homens e mulheres com 65 anos de idade ou mais.

Após acompanhar os voluntários durante quatro anos, os cientistas concluíram que o fator mais associado ao risco de falecer é a perda de músculos em áreas como braços e pernas. Os resultados apontam que mulheres da terceira idade com menos musculatura nessas regiões do corpo são 63 vezes mais propensas a morrer. Essa mesma possibilidade em homens é 11,4 vezes maior.

Pesquisa

Para chegar a esses números, os participantes passaram por exames para avaliar a composição corporal. Eles também responderam a questionários sobre dieta, atividade física, existência de doenças, entre outros fatores. Após os quatros anos da investigação, 15,8% dos participantes morreram, sendo 43,2% deles por problemas cardiovasculares.

De modo geral, os indivíduos que morreram faziam menos atividade física – algo que pode ajudar a evitar a perda de músculos. Não dá para dizer que um corpo pouco musculoso na terceira idade está associado a uma maior propensão a doenças do coração. Mas esse é um fator a ser observado entre os idosos.

A perda progressiva de músculos nessa fase da vida tem até nome: sarcopenia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a condição chega a afetar 46% dos indivíduos acima de 80 anos. O problema é que ela pode não ser notada quando, junto da perda muscular, ocorre ganho de peso – algo também muito comum na velhice.

As mulheres idosas tendem a engordar mais do que os homens. “Na mulher, aumenta o peso no corpo como um todo, sem predomínio da gordura abdominal”, Rosa Maria Rodrigues, uma das autoras do estudo, em entrevista à Galileu . Outra desvantagem da mulherada é que as alterações hormonais pós-menopausa acabam favorecendo a perda de massa magra.

Os homens, por outro lado, concentram mais gordura no abdômen – o que também pode ser perigoso: a cada 6 cm² a mais de gordura na região da barriga, dobra o risco de morrer. Segundo Rodrigues, o acúmulo de peso se concentra na barriga, e braços e pernas tendem a ficar mais magros.

Para evitar que isso aconteça – tanto em homens quanto em mulheres –, a pesquisadora afirma que o jeito é fazer atividade física. Melhor ainda se for exercícios de força, como musculação. A alimentação também conta. “A ingestão de proteínas, de origem animal ou vegetal, é fundamental para manter a massa muscular”, diz a pesquisadora.

Fonte: Vanessa Centamori, para Galileu
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo aqui.

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O que a ciência tem a dizer sobre o chocolate?

Paixão nacional, ora vilão e ora mocinho, a ciência investiga constantemente as substâncias do chocolate e seus efeitos dentro do nosso corpo

7 de Julho de 2022


Hoje comemora-se o Dia Mundial do Chocolate. Ora vilão, ora mocinho, ele é paixão nacional, mas vem constantemente acompanhado de avisos de moderação ou indicações de malefícios. Mas o que a ciência já sabe sobre o tema e quais foram as inovações na área? 


Por que gostamos tanto?


Ingerir chocolate é também desencadear uma série de neurotransmissores relacionados ao prazer - assim como se apaixonar. A fermentação dos grãos e da polpa do cacau, além dos processos para secá-los e torrá-los, libera um conjunto de compostos químicos.


Isso cria o aroma tão característico do chocolate que grande parte da população ama. Além disso, há substâncias químicas psicoativas presentes em sua composição como a anandamida – neurotransmissor que estimula o cérebro assim como a cannabis – , além da tiramina e a feniletilamina. Sem falar na dopamina, o neurotransmissor do prazer. 


Ele também é um resgate à nossa infância: segundo pesquisas, sua composição é de 20% a 25% de gordura e  40% a 50% de açúcar. O leite materno é um dos casos raros onde essa quantidade e proporção são encontrados. Até mesmo sua textura contribui para que ele seja tão irresistível, quando identificada pela nossa língua, estimula uma sensação de prazer.


Como ele turbina nosso cérebro? 


Te contamos neste artigo os alimentos que são bons para o cérebro. Um deles é o chocolate escuro, aquele conhecido pelo seu gosto mais amargo. O cacau possui antioxidantes e flavonóides que ajudam a preservar as células cerebrais. Ele também contém fibras para ajudar a reduzir a inflamação do cérebro e prevenir o declínio cognitivo.


Mas atenção: é preciso que seja o chocolate mais amargo. Isso porque ele passa por menos processos de industrialização, sendo mais próximo da pureza do cacau do que suas outras versões mais doces. Um estudo italiano revelou ainda que seu consumo regular pode beneficiar também a memória recente e o processamento de informações visuais. 


Mais atenção

O chocolate, assim como o café e até como o guaraná, possui uma molécula chamada metilxantinas. Quando encontrada no café, ele age como um estimulante mais forte, espantando a fadiga, por exemplo, de maneira mais rápida do que o chocolate - que só por possuir a quantidade de açúcar que possui, também já nos deixa mais despertos, mas não tanto quanto o café.


O benefício, porém, é que o chocolate não nos traz o estado ansioso que o café pode nos trazer. Isso porque o chocolate possui ainda uma outra molécula, a teobromina, que mantém esse estímulo por mais tempo, liberando-o de forma gradual. Por isso ele é mais sutil quando o assunto é te despertar, sem tirar o seu foco. Mas lembre-se: justamente por todos esses motivos, é indicado evitá-lo pela noite.


Benefícios para a cognição 


Pesquisadores do Instituto de Ciência, Tecnologia de Alimentos e Nutrição, na Espanha, divulgaram na revista Nutriens o resultado do cruzamento de 11 trabalhos diferentes, envolvendo 366 adultos com idade média de 25 anos. A conclusão foi de que o consumo regular de chocolate elevaria a produção de proteínas que neutralizaria danos nos neurônios. 


Essa descoberta é positiva para a prevenção de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e outras demências. Ele ainda pode melhorar a memória e o desempenho do raciocínio.


Melhora na tomada de decisões


Um outro estudo, realizado no Reino Unido, ainda revelou que a alta concentração de polifenóis presente em uma bebida com chocolate, por exemplo, a circulação aumentar especialmente na região do córtex frontal, atrás da testa, que tem tudo a ver com planejar ações, prever riscos e tomar decisões. 


Falamos dessa região específica neste artigo, onde te ensinamos como tomar melhores decisões. Um pequeno chocolate nessa hora pode vir a calhar, segundo a ciência. 


Qual escolher?


Antes de mais nada, é preciso apontar que apesar dos seus vários benefícios e também do prazer adquirido ao comê-lo, é preciso moderação. A ingestão de altas quantidades pode ter efeitos contrários, trazendo risco de diabetes e obesidade. Você pode até mesmo desenvolver uma espécie de dependência do açúcar refinado encontrado nas versões mais industrializadas do produto.


Uma vez que você coma chocolate com parcimônia, vamos às indicações. Enquanto a ciência segue procurando pelo chocolate perfeito, você pode ir aproveitando os que já existem. 


  • Coma um tablete pequeno de até 30g por dia, tente escolher sempre pela sua versão amarga que, como já explicamos anteriormente, é a versão mais próxima da semente do cacau, rica em todos esses nutrientes que mencionamos.


  • Quanto maior a porcentagem da pureza, melhor. Essa informação deve vir discriminada em suas embalagens.


  • Evite, a qualquer custo, chocolates em sua versão branca, que não possuem os benefícios mencionados e são uma invenção da indústria. 


  • Achocolatados também não oferecem uma concentração muito alta da substância em si, tendo em sua composição muitas outras coisas além do chocolate e, portanto, não sendo tão benéficos. 


  • Os bioativos do cacau duram cerca de quatro horas no organismo, como contou a engenheira agrônoma Elizabeth Torres, professora de saúde pública na USP, ao UOL VivaBem


  • O pico de sua ação é notado no sistema nervoso cerca de duas horas depois, portanto, se o seu objetivo é observar essa ação, é preciso se programar. 


Aproveite também para colocar em prática a receita que te ensinamos na Páscoa, que une café, chocolate e de quebra é saudável! Nada como celebrar o Dia Mundial do Chocolate sem culpa! 


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