Para Inspirar

Mais olho no olho, menos exame: conheça a "slow medicine"

30 de Novembro de 2018


Entrar no consultório médico, ser atendido em poucos minutos e sair com uma lista padronizada de pedidos de exames, qualquer que seja a queixa: hemograma, colesterol, hormônios da tireoide, urina... Quem nunca passou por isso? Com o avanço da tecnologia diagnóstica, cresceu também a chamada medicina defensiva, em que os médicos pedem muitos exames para tentar reduzir a possibilidade de erro. Os próprios pacientes exigem esse comportamento, por acreditar que bons profissionais são aqueles que lançam mão de tecnologias – quanto mais modernas, melhor – e prescrevem muitos remédios. Estudos revelaram, no entanto, que o excesso de exames pode piorar a vida do paciente, em vez de melhorá-la. Algumas doenças detectadas provavelmente não trariam qualquer prejuízo à pessoa e poderiam ser somente acompanhadas, evitando tratamentos desnecessários. Existem até nomenclaturas para o problema: sobreuso ( overuse em inglês) de recursos, sobrediagnóstico ( overdiagnosis ) e sobretratamento ( overtreatment ). Há excesso de medicalização e um custo econômico enorme. “Acredita-se que cerca de 30% dos exames complementares solicitados sejam desperdício de recursos”, aponta o geriatra José Carlos Velho. No Brasil, o geriatra é um dos coordenadores de uma iniciativa que propõe resgatar valores milenares que caracterizam o cuidado médico, voltados para o olho no olho. A “slow medicine”, ou medicina sem pressa, preconiza o fortalecimento da relação médico-paciente, o compartilhamento de decisões e o uso cauteloso da tecnologia, de acordo com as necessidades individuais. José Carlos Velho explica que uma relação médico-paciente sólida reduz a probabilidade de excesso de tratamentos e diagnósticos. “A pessoa, informada sobre os riscos e benefícios de determinados tratamentos, poderá decidir o melhor para si, de acordo com seus valores e expectativas”, diz. “Tanto o paciente quanto o profissional ficam mais satisfeitos.” Muitos médicos seguem os princípios da medicina sem pressa, mesmo sem conhecer a filosofia. “A formação médica deveria privilegiar a abordagem clínica sempre. Os exames complementares são complementares ao raciocínio clínico, como a própria palavra explica”, aponta o geriatra. Em outras palavras, menos é mais.

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O poder do pensamento na saúde

Pessoas que pensam ser menos ativas do que seus pares tendem a viver menos, mesmo que os níveis de atividade sejam semelhantes.

17 de Dezembro de 2018


Você é uma pessoa fisicamente ativa? Antes de responder, pense que, independentemente da rotina real de exercícios, é preciso levar em conta a própria percepção da intensidade e frequência dessas atividades. Muitas vezes as pessoas se acham mais ou menos ativas do que são de verdade. E isso faz total diferença para a saúde, de acordo com os pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. Pessoas que pensam ser menos ativas do que seus pares tendem a viver menos, mesmo que os níveis de atividade sejam semelhantes. “Nossas descobertas estão de acordo com um crescente grupo de pesquisadores que sugere que a mente pode desempenhar papel crucial na saúde”, disse Alia Crum , professora de psicologia em Stanford, em um comunicado de imprensa da universidade americana. Publicado no jornal científico digital Health Psychology , o artigo sobre a pesquisa revela que os psicólogos analisaram 61 mil adultos americanos de três bancos de dados nacionais. Levantaram os níveis de atividade física, os dados de saúde e demográficos de cada participante. A equipe se concentrou na questão: “Você diria que é fisicamente mais ativo, menos ativo ou tão ativo quanto as pessoas de sua idade?” Usando modelos estatísticos para controlar fatores como atividade física, idade, índice de massa corporal e doenças crônicas, eles correlacionaram os resultados com registros de óbitos. Durante o período de acompanhamento (de até 21 anos), as pessoas que se achavam menos ativas tiveram 71% mais chances de morrer que os mais ativos, de acordo com os resultados encontrados pelos pesquisadores. Aumento da motivação. Na opinião dos estudiosos, a percepção pode ter afetado positivamente ou negativamente à motivação. Aqueles que se consideram inadequados são mais propensos a permanecer inativos, o que aumenta os sentimentos de estresse e depressão, reforçando um círculo nada virtuoso. Embora a pesquisa identifique uma correlação entre as quantidades percebidas de exercício e resultados na saúde, isso não mostra que as percepções de inatividade causam uma morte prematura. No entanto, sugere que as pessoas devem se sentir bem sobre as atividades saudáveis que fazem todos os dias  ̶  como subir escadas, caminhar, andar de bicicleta ou limpar a casa  ̶  em vez de apenas valorizar exercícios vigorosos em uma academia, disseram os autores. “É hora de começarmos a levar o pensamento mais a sério”, disse Crum no comunicado. “Na busca por saúde e longevidade, é importante adotar não apenas comportamentos saudáveis, mas pensamentos saudáveis também”. Leia o artigo original aqui .

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