Para Inspirar
Teoria criada pelo psicólogo Howard Gardner defende que há múltiplas competências e inteligências possíveis de se terem
16 de Abril de 2021
No quarto episódio da quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, conhecemos a intensa trajetória de João Carlos Martins em busca de seguir seu sonho e se manter nele: o de ser músico. O fato é que nem as adversidades da vida - que foram ao menos três - conseguiram o deter.
O artista, que iniciou sua carreira ainda muito jovem como pianista, se viu depois de anos tendo que migrar para a regência, tornando-se maestro com a mesma excelência de antes, somente aplicada a uma outra competência.
É claro que há muito estudo, foco e até um grau de obsessão responsáveis pelo seu sucesso como músico. Mas há também uma inteligência específica voltada para as artes que o fazem permear entre tons com mais destreza e naturalidade do que outras pessoas que pudessem, porventura, tentar o mesmo feito.
Essa teoria de competências específicas já era defendida de formas menos esclarecidas por grandes estudiosos da pedagogia, como Paulo Freire, que dizia “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.
Pode-se dizer que até mesmo Jean Piaget, de certa forma, defendia essa pluralidade intelectual em suas hipóteses de níveis de formação e como o saber é uma construção que depende da relação da criança e sua interação com o meio, ou seja, cada uma terá a sua própria.
Mas, quem crava de fato essa tese de que nem todos os seres humanos irão possuir ou trilhar os mesmos caminhos de inteligência é o psicólogo e educador norte americano, Howard Gardner, em seu livro “Estruturas da Mente: Teoria das Inteligências Múltiplas”, lançado no Brasil em 1994.
A obra acabou tornando-se sua principal bandeira ao longo da vida. O especialista defendia que “A escola deve valorizar as diferentes habilidades dos alunos e não apenas a lógico-matemática e a linguística, como é mais comum”.
Ele também dizia que, para atuar ativamente no desenvolvimento da criança, era preciso torná-la protagonista, ou seja, não só mandá-la executar tarefas, mas sim, colocá-la para resolver problemas. Há algumas escolas que adotam a teoria Gardner, como também é conhecida, como método regente do ensino da escola.
A tese, que começou tímida e com sete inteligências diferentes, hoje já reconhece que há nove inteligências possíveis para cada ser humano - sendo que um único sujeito pode possuir mais de uma. Por ser um tema de alta complexidade, ele ainda é estudado, afinal, nosso cérebro possui infinitas capacidades.
Mas, por ora, conheça os nove tipos de inteligências de Howard Gardner:
Perceba que não há um só caminho para ser inteligente. É preciso adotar cada dia mais as nossas diferenças, enxergando a riqueza que esse método nos permite enxergar em cada indivíduo.
Além disso, abraçar as diferentes inteligências é também acolher suas dificuldades e valorizar as suas competências - sobretudo a das nossas crianças, em ambiente escolar. Lembre-se que é possível ter mais de uma delas. Qual é a sua?
Para Inspirar
Entenda como ter suas relações equilibradas é capaz de refletir positivamente em outros aspectos da sua vida
31 de Julho de 2020
Você já deve ter ouvido o último episódio da primeira temporada do nosso podcast, certo? Nele, Geyze e Abilio Diniz, empresários e idealizadores do Plenae, contam como se encontraram e decidiram partilhar muito do que essa vida tem para nos apresentar.
Mais do que uma história de amor, é também uma narrativa sobre se permitir, sobre segundas chances e recomeços. Todos esses fatores culminaram para o então casamento saudável que hoje ambos levam, recheado de confiança, respeito, carinho e muito aprendizado.

Isso porque, além de efetivamente agir em nossos sistemas fisiológicos, ele também atua de maneira intensa para a boa manutenção da nossa saúde emocional - que, como você já sabe, é importantíssima para o corpo como um todo. Além disso, há menos chances de desenvolver demência, contrair um simples resfriado ou até maiores chances de sobreviver a um câncer. Que os solteiros nos perdoem, mas acreditem: estar casado é também muito valioso para sua saúde.
Conheça agora algumas pesquisas que comprovam, por meios científicos e estudos sociais aplicados, o poder que um bom relacionamento pode exercer para a sua vida - capaz de te levar longe e, mais importante, de forma plena.
Mas não se esqueça de um detalhe importante : esses dados só valem se a sua relação for saudável. Do contrário, ele pode visitar extremos opostos. Afinal, antes só do que mal acompanhado.

Uma edição do jornal britânico British Medical Journal, especial Valentine’s Day - o Dia dos Namorados celebrado em fevereiro para diversas nações - constatou que sim, o casamento é o responsável pelos resultados positivos em alguns de seus participantes.
Essa crença é, na verdade, bem antiga - mas antes era difícil traçar um comparativo, pois não haviam solteiros. Hoje, com a taxa de divórcios crescente - só no Brasil , um aumento de 75% em 5 anos foi registrado - há diferentes perfis para se fazer uma média comparativa.
O estudo , guiado pelos pesquisadores John e David Gallache, da Escola de Medicina da Universidade de Cardiff, reuniu avaliações de mais de um milhão de participantes, de sete países europeus diferentes, acerca de suas saúdes. Os casados apresentaram índices positivos de longevidade: viviam cerca de 10% a 15% a mais do que os solteiros.
As principais hipóteses para esse resultado era a melhora na qualidade de vida, mais convivência familiar, menos hábitos nocivos como vício em álcool e maior suporte psicológico. Mas o estudo também revelou que aqueles que escolheram casar já apresentavam uma saúde melhor do que os demais antes mesmo do matrimônio. E isso pode ser extremamente relevante para o resultado final.

Parafraseando esse verso tão famoso dos anos 90, podemos afirmar que sim, estudos sugerem que o casamento é um forte aliado a saúde do coração.
A pesquisa realizada pela Sociedade Cardiovascular Britânica revelou que, por terem um apoio mútuo maior do que os solteiros, os casais acabam buscando um estilo de vida em comum mais saudável. Isso após analisar, ao longo de uma década inteira, quase um milhão de britânicos.
O grupo de pesquisadores responsáveis por guiar esse estudo é o mesmo que j á tinha revelado que os casados apresentam maiores chances de sobreviverem a um ataque cardíaco. Principalmente pelo fato de terem ao seu lado alguém que irá identificar qualquer alteração, prever alguma piora e prestar um rápido socorro.
Agora, eles se dedicaram a estudar o quadro cardíaco sobre uma ótica maior, e identificaram que homens e mulheres, com idades entre 50 e 70 anos e apresentando altos índices de colesterol, hipertensão ou diabetes, eram 16% mais propensos a estarem vivos ao final do estudo, que levou 14 anos para ser concluído. de estudo se eram casados.
Por fim, concluíram que apesar dos bons índices apontarem para os casados, especificamente, qualquer tipo de relação duradoura e saudável - como amizade ou familiar - pode ser de grande ajuda para comorbidades cardíacas. Afinal, como já sabemos, a vida social pode influenciar e muito na sua longevidade.

Ou, pelo menos, ajuda no processo. É o que acreditam os pesquisadores das universidades de Emory e Rutgers, ambas nos Estados Unidos. Publicado no “Journal of Health and Social Behavior”, o estudo analisou mais de 500 pacientes que tinham sido submetidos a cirurgia de emergência, e concluiu que as pessoas casadas apresentam uma maior confiança em si mesmo para enfrentar as dores do pós-operatório e estavam menos preocupadas com a operação num geral. Isso agiliza consideravelmente o processo da cura.
Além disso, em casos de cirurgia cardíaca, a pesquisa sugeriu que as pessoas casadas apresentaram três vezes mais chances de sobreviverem aos três primeiros meses após o procedimento do que as solteiras. Isso porque, além do otimismo citado no último parágrafo, há também uma maior atenção aos cuidados básicos como tomar remédios e se manter livre de episódios estressantes. Esse apoio emocional diário, por anos a fio, partindo de uma mesma pessoa, exerce mais efeitos em nós mesmos do que imaginamos!

Ela não existe! Afinal, cada casal possui suas particularidades e dinâmicas específicas, que podem ou não funcionar. Em caso de não funcionarem, é importante que sejam reavaliadas e discutidas em conjunto - mas nunca serem deixadas de lado.
Ter essa preocupação constante com o bem-estar da sua relação é, por si só, um bom indicador. E apesar de não existir uma receita de sucesso para boas relações, dicas são sempre bem-vindas. Mais do que isso: saber o que pode definir um casamento considerado saudável já é de grande valia.
A Casa do Saber, um centro de debates, cursos, palestras e disseminação do conhecimentos sociais e antropológicos, reuniu em uma live 6 fatores que podem definir a tão sonhada “felicidade conjugar”. Confira neste vídeo.
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