Para Inspirar

Palavras criam realidade

O mercado americano está de olho no público com mais de 65 anos, que deverá representar 72 milhões de consumidores em 2030, ou seja, mais de 20% da população.

28 de Junho de 2018


O mercado americano está de olho no público com mais de 65 anos, que deverá representar 72 milhões de consumidores em 2030, ou seja, mais de 20% da população – de acordo com o Departamento de Censo dos Estados Unidos. Mais produtos específicos estão sendo criados especialmente para esses compradores, enquanto o marketing passa a ser recheado de mensagens positivas e inclusivas. Basta entrar em uma loja de cosméticos para perceber a mudança. Empresas multinacionais como Dove, Olay, L'Oreal e Vichy substituíram antigas expressões como “antienvelhecimento” por “pro age” (pró-idade), “age-defying” (desafiando a idade), “age perfect” (envelheça perfeitamente) e “slow age” (envelheça devagar). A mudança atinge também a mídia especializada. Por exemplo, Jane Cunningham, fundadora do site britânico beautyblogger.com, usa os termos “idade inclusiva” e “para a pele mais vivida”, quando fala sobre produtos que ela recomendaria para mulheres com mais de 50 anos. Trata-se de uma abordagem mais inclusiva e em oposição à indústria da juventude. Jane acredita que “tratar a idade como algo que precisa ser ‘curado’ é desnecessariamente desmoralizador para qualquer pessoa com mais de 30 anos”. De bem com os cabelos brancos. Até mesmo a indústria da moda, que construída em cima de tops ninfas-esquálidas, começa a colocar nas passarelas modelos mais velhas. “A linguagem é importante, assim como a representação”, escreve Alyson Walsh, de 53 anos, no seu blog para o The Guardian. ­“Parece que as coisas estão melhorando para as mulheres com mais de 50 anos, mesmo que seja um pouco.” A jornalista afirma estar muito bem com a idade que tem. “Estou deixando crescer meus cabelos grisalhos, abraçando minhas rugas e vestindo o que eu quero. Descobri que a maioria das mulheres da minha idade e mais velhas está mais interessada em parecer bem do que aparentar ser mais jovem; e que não se trata de idade, mas de mentalidade”. A nova forma positiva de ver o passar dos anos atinge desde produtos até passatempos. Mudar a linguagem sobre o envelhecimento pode, na verdade, ser a única campanha que todos possam apoiar nas redes sociais – que ultimamente virou um campo de batalha, de troca de ofensas para quem pensa diferente. Afinal, estamos todos no mesmo barco, envelhecendo. Leia o artigo completo aqui.

Fonte: Robin Seaton Jefferson Síntese: Equipe Plenae

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Para Inspirar

Entendendo o Panteísmo: Deus é o universo inteiro

Ao contrário do que se pensa, o Panteísmo não se assemelha ao Ateísmo – que nega a existência de um Deus. Mas sim, enxerga o criador de outra forma.

25 de Setembro de 2020


Para entendermos o Panteísmo, vamos começar do começo. E que tal pela sua etimologia? A palavra derivada do grego “pan” (“tudo”), e “theos” (“deus”). Logo, “tudo é Deus”.

O Panteísmo é uma crença de que Deus não é o criador absoluto, pois é maior do que isso: ele abrange e compõe tudo, faz parte do Universo e se manifesta na Natureza, pois ambos são idênticos.

Portanto, ele é encontrado em todo o cosmos, em cada manifestação física e química, e está por toda a parte, pois ele é o todo, e corresponde a universalidade dos seres.

Ainda de acordo com essa filosofia, esse Deus não criou o cosmos e também não intervém na vida das pessoas, porque faz parte da realidade, já que há uma expressão divina em tudo que existe. Basta olhar ao seu redor ou para dentro de si, como relata Fernanda Souza em seu episódio para a segunda temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir.

Para entender melhor

O termo, citado pela primeira vez somente no século XVIII, já era visitado no campo das ideias pelo filósofo holandês de origem judia, Baruch de Espinosa, um século antes. Espinosa, em sua obra “Ética”, descreveu Deus como uma unidade de substância, e ainda cravou a ideia revolucionária para a época de que corpo e espírito eram a mesma coisa.

De lá para cá, o conceito não só ganhou mais explicações, como também muitos adeptos. Hoje ele perdeu a imagem negativa atribuída em tempos remotos e ainda encontra semelhanças em religiões como o Hinduísmo, Budismo, e até traços do Judaísmo.

Em entrevista ao canal The Institute of Art and Ideas, a professora e autora do livro Panteísmo: Deuses, Mundos, Monstros, Mary Jane Rubenstein, explicou as concepções de Deus e sua relação com a natureza que vêm sendo estudado pela ciência e pelo Panteísmo.

Para ela, divindade não tem a ver com onipotência, mas com negociação. “A natureza não destrói todas as coisas e recria tudo do zero. A natureza trabalha com o que tem, com todas as suas variedades de bactérias e cogumelos e árvores, e todas essas partes trabalham para fazer com que a floresta seja a floresta”.



E de que forma o trabalho da natureza se relaciona a Deus e ao Panteísmo?

De todas as formas possíveis, já que segundo a filosofia panteísta, esse trabalho que acontece todos os dias diante de nossos olhos em pequenas doses nada mais é do que a representação divina e a atuação de Deus - que faz parte de tudo isso.

“Pensamento, consciência e racionalidade sempre foram tidos como algo divino. Mas e se pensarmos a respeito da gravidade ou magnetismo? São forças incríveis que seguram tudo junto, mantém tudo funcionando no mundo. O Panteísmo nos encoraja a olhar e prestar atenção em tudo ao nosso redor” comenta a pesquisadora. “Se Deus é a fonte de tudo, início, meio e fim, não poderíamos chamá-lo de Universo?”.

O escritor Reza Aslan, autor de “Deus: uma história humana”, concorda. Em sua mais recente obra, onde viaja através dos séculos para entender as diferentes versões que já foram atribuídas a essa mesma figura divina, o autor conclui hoje que o Panteísmo talvez seja a filosofia mais fiel às suas crenças, pois entende que Deus não é o criador de tudo, pois ele é absolutamente tudo.

Em sua obra mencionada anteriormente, Aslan comprova que o Panteísmo apresenta semelhanças com as manifestações de fé mais ancestrais da nossa espécie, que ainda na pré-história, acreditavam que uma única essência e alma habitava em todas as coisas do mundo - sejam elas ativas ou inativas.

"Como crente e panteísta, adoro Deus não com medo e temor, mas com reverência e admiração pelo funcionamento do universo – pois o universo é Deus" explica o autor. "Você não precisa temer a Deus. Você é Deus".

As diferentes linhas de uma mesma crença
Apesar de acreditarem em comum acordo de que Deus seria a cabeça, e o Cosmos seria o corpo, há pequenas divergências na filosofia para os panteístas

Cósmico
Acredita que a existência é perecível e transitória, sendo permeada pela presença de Deus

Acósmico
Percebe a dimensão divina e, a partir dessa percepção, assume que ela constitui tudo que é real

Hilozoísmo
Encara a divindade como a principal característica do mundo

Imanentista
Prega a integração de Deus ao Cosmos de maneira intrínseca e inseparável

Monista Absolutista
Entende a divindade simultaneamente como sua semelhante, mas também como sua superior

Monista Relativista
Enxerga o Universo como algo concreto, mas mutável, enquanto a divindade é inalterável

Politeísmo diferente ≠ Panteísmo
Enquanto a primeira se dedica à adoração de vários Deuses, responsáveis por diferentes manifestações da vida (como Deus da Água, ou Deus do Fogo, da Colheita, etc), o segundo acredita que todas essas manifestações são, por si só, Deus.

Panenteísmo diferente ≠ Panteísmo
Para o primeiro, Deus está dentro do Universo, mas existe fora dele também. Já para o Panteísmo, Deus é o Universo inteiro e tudo que o abrange, pois tem o seu tamanho.

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