Para Inspirar

Por que os idosos esquecem?

Durante o sono profundo, as pessoas mais velhas têm menos coordenação entre duas ondas cerebrais, importantes para guardar novas memórias.

17 de Julho de 2018


Durante o sono profundo, as pessoas mais velhas têm menos coordenação entre duas ondas cerebrais, importantes para guardar novas memórias. “É como um baterista que está uma batida atrás do ritmo”, diz Matthew Walker, um dos autores da pesquisa e professor de neurociência e psicologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley. “Com o envelhecimento, o cérebro simplesmente não parece ser capaz de sincronizar suas ondas cerebrais.” Autor do livro Why We Sleep (ainda sem tradução para o português), Walker explica que a pesquisa foi o resultado de um esforço para entender o processo do cérebro durante o sono de transformar memórias de curto prazo em lembranças duradouras. “O cérebro realiza uma espécie de truque elegante, o de cimentar novos fatos na arquitetura neural do cérebro”, diz o neurocientista. A pesquisa. Participaram 20 jovens adultos que memorizaram 120 pares de palavras. “Colocamos eletrodos na cabeça deles enquanto dormiam”, diz Walker. Os eletrodos permitem o monitoramento das ondas elétricas produzidas pelo cérebro durante o sono profundo. Os pesquisadores se concentraram na interação entre ondas lentas – que ocorrem a cada segundo ou mais – e ondas mais rápidas chamadas de fuso do sono – que acontecem mais de 12 vezes por segundo. Na manhã seguinte, os voluntários fizeram uma prova para ver quantos pares de palavras ainda lembravam. O teste revelou que o desempenho foi determinado pela forma como as ondas lentas e fusos se sincronizaram durante o sono profundo. Repercussão. A descoberta parece responder a uma pergunta antiga sobre como o envelhecimento afeta a memória, mesmo em pessoas saudáveis. “Este é o primeiro artigo que realmente encontrou um mecanismo celular que pode ser afetado durante o envelhecimento e, portanto, ser responsável por uma falta de consolidação da memória durante o sono”, diz Julie Seibt, professora de sono e plasticidade na Universidade de Surrey, no Reino Unido, que não estava envolvida na pesquisa. Mas ela adverte: “Para confirmar a descoberta, os pesquisadores terão de mostrar que é possível causar problemas de memória em um cérebro jovem ao interromper esses ritmos em uma amostragem bem mais ampla e diversa.” Leia o artigo completo aqui.

Fonte: JON HAMILTON Síntese: Equipe Plenae

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A revolução da longevidade

Estima-se que, durante os próximos 35 anos, a população mais velha do globo continuará a superar a população mais nova.

25 de Abril de 2018


O mundo caminha para uma revolução bombástica. Atente para os números. Estima-se que, durante os próximos 35 anos, a população mais velha do globo continuará a superar a população mais nova. Mas os idosos vão quadruplicar em países ainda considerados de jovens – entre eles, Brasil, China, Índia, Egito, Turquia e Costa Rica entre 2017 e 2050 [1] . Em muitos lugares, as pessoas estão vivendo mais do que nunca. Estima-se que a população de idosos que ultrapassem os 100 anos está em ascensão. Devem chegar a 18 milhões em 2100. Por exemplo, apenas no Reino Unido, a população de centenários basicamente vem dobrando a cada década desde 1950 [2] . A pesquisadora canadense Sonia Arrison, em seu livro 100 Plus, alerta para o fato de que alguns bebês nascidos hoje poderão chegar aos 150 anos. Por outro lado, isso acontece em uma época em que sabemos mais do que nunca sobre vida longa, feliz e saudável. A compreensão e a quantidade de informação sobre envelhecimento e longevidade continuam a se multiplicar. Por exemplo, a pesquisa inovadora de Dan Buettner, nos Estados Unidos, identificou cinco áreas geográficas – Sardenha (Itália), Ilhas Okinawa (Japão), Loma Linda (Califórnia), Península de Nicoya (Costa Rica) e Icária (Grécia) – , batizadas de Zonas Azuis, que têm a maior concentração de centenários [3] . Buettner identificou nove pontos em comum entre os habitantes dessas áreas. Destaca-se a prática de atividade física ao longo do dia, ter propósito na vida, estar cercado de amigos e familiares e seguir, em grande parte, uma dieta vegetariana. Todo esse conhecimento pode ajudar a melhorar a qualidade de vida da população centenária, diminuindo também os custos públicos com a saúde. Sabe-se que os idosos são mais suscetíveis a doenças e internações. Um dos desafios do governo justamente está em ter recursos para cuidar dessa população, que não é produtiva – mas, se as pesquisas ajudarem, pode até vir a ser e com muita saúde.

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