Para Inspirar

Você sabia que existe solidão positiva?

Ter tempo para ficar sozinho é bem diferente do que levar uma vida solitária.

22 de Novembro de 2018


Ter tempo para ficar sozinho é bem diferente do que levar uma vida solitária. O mundo nunca foi um lugar tão movimentado. A quantidade de informações por minuto e as taxas de atividade por dia triplicaram na última década, apesar das conveniências modernas pensadas para economizar tempo e esforço. Máquinas de lavar roupa, fast food, lavagem automática de carros e serviços delivery são algumas delas. Mesmo assim, é difícil achar alguém que nunca tenha reclamado de não ter tempo para si mesmo. Esse é um verdadeiro enigma. Sabemos a importância de valorizar o “tempo único de vida” que cada ser humano tem – os existencialistas geralmente concordam com isso. Mas nem todos pensam assim. As pessoas reclamam, mas poucos agem para mudar a situação – porque no fundo não querem. Para elas, o tempo sozinho não é um momento calmo para reflexão e introspecção, mas isolamento e desespero. Existem os dois estados da solidão. Um é bom, o outro, ruim. Solidão positiva. É um estado saudável e produtivo. Você conversa consigo mesmo, olha para o seu ser interior, faz um bom contato com sua alma e você se sente renovado. Os monges e outros gurus de meditação cultivam a solidão como forma de refletir sobre a vida e encontrar a paz na loucura. Solidão negativa. Diferente de estar a sós consigo mesmo, o isolamento é tudo o que o solitário não quer. Isso causa preocupação, fobia e grande estresse. Transforma-se em estado depressivo, traz medos profundamente arraigados desde a infância. Vira uma condição terrível. Começa no útero. “A solidão é uma das nossas primeiras experiências sensoriais quando estamos dentro do útero acolhedor e confortável da mãe”, diz Ester Buchholz, no livro The Call of Solitude , ainda sem tradução no Brasil. “Aprendemos a temer esse estado quando o confrontamos com o desamparo ao nascer”, afirma. “Se as primeiras experiências de solidão são ameaçadoras e reforçam a nossa impotência, a necessidade de conexão com o outro torna-se esmagadora. Desta forma, o medo passa a ser associado com o tempo sozinho.” Consequências. Psicanalista, psicóloga clínica e professora, Ester diz que evitar a solidão positiva – ela chama isso de “tempo sozinho” – pode prejudicar a saúde. Os comportamentos frenéticos e precipitados tiram o prazer da vida e podem levar a dores de cabeça, hipertensão arterial e ataques cardíacos. “A vida moderna encoraja os receios da solidão dos dois tipos, o positivo e o negativo, fazendo com que deixemos de lado nosso desejo inato de estar sozinho ou de entrar em contato com as habilidades que nos ajudarão em atividades solitárias de recuperação do bem-estar”, diz a Ester. “Assim, somos encorajados a nos afastar do núcleo essencial do nosso ser.” Você planeja um tempo para você? Ou você o evita, mantendo-se desnecessariamente ocupado da manhã até a hora de dormir? Adorando ou detestando, todos precisamos de um tempo sozinho. E, embora você possa evitá-lo, não poderá fugir da solidão o tempo todo. Para saber se ela será benéfica ou não para você, o único caminho é experimentá-la. Leia o artigo completo aqui . Fonte: Longevity Live Síntese: Equipe Plenae

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Mais olho no olho, menos exame: conheça a "slow medicine"

30 de Novembro de 2018


Entrar no consultório médico, ser atendido em poucos minutos e sair com uma lista padronizada de pedidos de exames, qualquer que seja a queixa: hemograma, colesterol, hormônios da tireoide, urina... Quem nunca passou por isso? Com o avanço da tecnologia diagnóstica, cresceu também a chamada medicina defensiva, em que os médicos pedem muitos exames para tentar reduzir a possibilidade de erro. Os próprios pacientes exigem esse comportamento, por acreditar que bons profissionais são aqueles que lançam mão de tecnologias – quanto mais modernas, melhor – e prescrevem muitos remédios. Estudos revelaram, no entanto, que o excesso de exames pode piorar a vida do paciente, em vez de melhorá-la. Algumas doenças detectadas provavelmente não trariam qualquer prejuízo à pessoa e poderiam ser somente acompanhadas, evitando tratamentos desnecessários. Existem até nomenclaturas para o problema: sobreuso ( overuse em inglês) de recursos, sobrediagnóstico ( overdiagnosis ) e sobretratamento ( overtreatment ). Há excesso de medicalização e um custo econômico enorme. “Acredita-se que cerca de 30% dos exames complementares solicitados sejam desperdício de recursos”, aponta o geriatra José Carlos Velho. No Brasil, o geriatra é um dos coordenadores de uma iniciativa que propõe resgatar valores milenares que caracterizam o cuidado médico, voltados para o olho no olho. A “slow medicine”, ou medicina sem pressa, preconiza o fortalecimento da relação médico-paciente, o compartilhamento de decisões e o uso cauteloso da tecnologia, de acordo com as necessidades individuais. José Carlos Velho explica que uma relação médico-paciente sólida reduz a probabilidade de excesso de tratamentos e diagnósticos. “A pessoa, informada sobre os riscos e benefícios de determinados tratamentos, poderá decidir o melhor para si, de acordo com seus valores e expectativas”, diz. “Tanto o paciente quanto o profissional ficam mais satisfeitos.” Muitos médicos seguem os princípios da medicina sem pressa, mesmo sem conhecer a filosofia. “A formação médica deveria privilegiar a abordagem clínica sempre. Os exames complementares são complementares ao raciocínio clínico, como a própria palavra explica”, aponta o geriatra. Em outras palavras, menos é mais.

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