Entrevista com

Abilio Diniz

Empresário e fundador do Plenae

A paternidade enquanto propósito de vida

O empresário Abilio Diniz abre seu coração sobre os desafios de ser pai e como a atividade permeia toda a sua vida.

8 de Agosto de 2021



Criador do conceito dos seis pilares que norteiam essa plataforma. - e seguidor fiel de cada um deles -, era de se esperar que família fosse um tema sensível e fundamental para Abilio Diniz. Afinal, Relações está entre o que consideramos a base para uma vida equilibrada.


Muito se fala sobre seus êxitos econômicos, suas dicas de corpo, mente e propósito e até sobre sua rotina espiritual. Mas hoje, nesse Dia dos Pais, em um Plenae Entrevista mais do que especial, trazemos para vocês um lado do empresário pouco explorado em outras entrevistas: o Abilio Diniz pai de seis filhos.


Para você, em uma frase, o que é ser pai?
Ser pai é uma das coisas mais maravilhosas da vida, mas não podemos nos esquecer que a gente cria os filhos para o mundo.


Com quantos anos virou pai pela primeira vez? Ainda lembra do que sentiu?
Virei pai com 23 anos, pai da minha filha mais velha Ana Maria. Senti uma alegria imensa.


As sensações foram diferentes em cada nascimento de cada filho, ou sempre a mesma?
Cada filho é diferente, é uma alegria nova; é uma vida que se renova.


Quais foram seus principais aprendizados nessa jornada da paternidade?
É preciso observar as crianças, ver a maneira como elas pensam e agem e fazer disso um aprendizado. Observar crianças.


Acredita que esteja fazendo algo de diferente agora, na maturidade, enquanto pai? Se sim, por que?
É importante deixar as coisas muito claras: eu estou muito mais próximo dos meus filhos do segundo casamento, a Rafaela e o Miguel, hoje com 14 e 11 anos, do que com meus filhos do primeiro casamento, hoje todos adultos, Ana com 60, João com 58, Adriana com 56 e o Pedro com 51. Isso não significa mais amor, isso significa apenas proximidade. Quando meus filhos mais velhos nasceram, eu estava num momento da vida muito envolvido com outras coisas, principalmente com meu trabalho e meus esportes. As conquistas e as vitórias vinham disso, ter filhos naquela altura era uma coisa praticamente banal, todos meus amigos estavam tendo filhos, era natural que eu também os tivesse. Agora, depois de tantas conquistas na vida, no trabalho e nos esportes, isso se tornou a coisa natural, e o incrível, o maravilhoso e incomum passou a ser o fato de ter tido a Rafaela com 69 anos e o Miguel com 73. É claro que minha proximidade com eles está sendo muito maior, mas como eu disse anteriormente, isso não significa mais ou menos amor. Com meus filhos hoje adultos tenho um relacionamento de amizade, uma amizade profunda e um amor enorme. Com os pequenos é realmente uma relação de amor, de companheirismo, mas também de paternidade. Para eles eu sou o “Papi”, para os adultos eu sou o “Papi” também, mas sou o amigo deles.

O que diria para outros pais de primeira viagem, que podem estar se sentindo perdidos?
Eu diria para eles: se preparem, ter um filho muda a vida, aumenta muito a capacidade de amar.
 

E aos seus filhos, o que diria enquanto pai a eles?
Meus filhos, amem seus filhos como eu amo vocês e sejam felizes. Mas tem uma coisa que é importante dizer para os pais de crianças ainda pequenas. Aproveitem as crianças, elas são perecíveis, elas se tornam adultos e você tem de entregá-las para o mundo.

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#PlenaeApresenta: Barbara Gancia e a vida depois do último gole

Na sétima temporada do Podcast Plenae, inspire-se com a história de mudança da jornalista Barbara Gancia.

14 de Março de 2022



As suas relações estão com você a todo momento? A jornalista Barbara Gancia viu sua vida se desestruturar mais de uma vez por causa do álcool - mas em todas elas pôde contar com o seu apoio familiar. Ainda que não entendessem o problema como doença, seus pais e irmãos nunca a abandonaram, nem em seus piores momentos.

 

Mas antes, é preciso dar alguns passos para trás. Seus primeiros contatos com o álcool se deram ainda na primeira infância. Aos três, aos seis e aos nove, respectivamente, Barbara não só experimentou os prazeres da substância como também os seus males. Aos dezessete, passou a usar com regularidade.

 

“Eu não sei dizer os motivos que me levaram a adotar esse comportamento. Você pode especular o que bem entender. Que eu bebia porque sofri alguma negligência na infância, que eu usei a bebida pra me libertar da timidez ou por pura porra-louquice. Muita gente bebe pelos mesmos motivos, sem se tornar dependente de álcool por isso”, pontua.

 

Com a idade, veio a carta de motorista e seus múltiplos acidentes por embriaguez. Em um deles, Barbara revela ter perdido a visão de um dos olhos. Apesar de esquecer de boa parte das noitadas, não esquece das brigas familiares que se sucediam ao chegar em casa. Sua família, apesar de muito parceira, não entendia o alcoolismo como doença, mas sim, como falta de vontade.

 

Sua primeira internação em uma clínica de reabilitação, movida por vontade própria, foi inclusive motivo de preocupação para seus pais, que temiam as pessoas que Barbara encontraria no local. De lá para cá, foram três internações e algumas recaídas. Mas a terceira e a última se deu por conta de um comentário de sua mãe, que suspeitou que ela estava embriagada ao vivo.

 

“Eu bebi praticamente dos 17 aos 47 anos, com intervalos de sobriedade. Não tenho a menor ideia de como consegui manter uma agenda mínima de compromissos, um emprego, dentes, conta bancária e essas coisas que vêm no pacote da existência. Chegando aos 50 anos, eu intercalava surtos de medo e remorso”, relembra.

 

Desde sua última passagem por uma clínica, Barbara nunca mais sucumbiu aos seus desejos por álcool. Reconhecer sua parcela de culpa no alcoolismo foi seu primeiro passo rumo à recuperação, uma das propostas dos 12 passos criados pelos Alcoólicos Anônimos. Foi nos colegas de grupo desse projeto que ela encontrou mais apoio depois que deixou a clínica e voltou a lidar com a vida real.

 

“No Brasil, a gente tem um preconceito ridículo com esses grupos. Quem frequenta o NA ou o AA é um vencedor, porque quem tá lá dentro quer parar de beber e de usar droga. O nosso olhar de pena deveria ser para quem tá no boteco e não consegue parar de dar mais um gole”, diz.

Relembrar de todos os seus altos e baixos foi um processo lento e doloroso, mas que ela julgou necessário para que pudesse servir de inspiração para outros que enfrentam a mesma batalha que ela. Sua realidade atual e outros episódios de sua vida são narrados na sétima temporada do Podcast Plenae, disponível no seu streaming preferido. Aperte o play e inspire-se!

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