Parada obrigatória

Inspiração: qual foi a sua esse mês?

O que foi falado no Plenae em junho

30 de Junho de 2022


Junho vai chegando ao seu fim e, com ele, entramos no segundo semestre. Dá para acreditar que 2022 já passou da metade? É por essa rapidez com que o tempo passa que é necessário respirar fundo e apreciar o momento presente. Estar nele de fato. Esse é o objetivo dos conteúdos do Plenae e nesse último ciclo, não foi diferente.

Tivemos a continuação da oitava temporada do Podcast Plenae, com a participação do chef Henrique Fogaça e a sensibilidade e potência de sua paternidade, representando o pilar Relações. Em seguida, tivemos a história de resiliência e representatividade da bailarina Ingrid Silva, que protagonizou o pilar Corpo.

Na sequência, nos inspiramos com a força dos sonhos e da longevidade do jornalista Boris Casoy, que comandou o pilar Propósito. Encerramos com o pilar Espírito tendo a força e espiritualidade da empreendedora Renata Rocha como personagem principal. Confira a seguir alguns dos conteúdos que também passaram por aqui neste mês!

 
Desmistificando conceitos: o que é o canabidiol?

Inspirados na busca de Henrique Fogaça pela cura de sua filha, Olívia, fomos investigar o que é essa substância natural usada por ele e tantos outros pais em tratamentos diversos. Para isso, conversamos com um especialista no assunto e te contamos tudo aqui!
Quebrando barreiras: esportistas negros para se inspirar

Se o balé é esporte ou não, cabem diversas interpretações. O fato é que Ingrid Silva quebrou barreiras e ocupou lugares - e assim como ela, outros esportistas também fizeram seu nome em diferentes ambientes. Conheça a história de 10 atletas e inspire-se!
 
Lifelong learning: a educação como um processo contínuo 

Revisitamos esse tema - que já passou por aqui antes - porque falar sobre os benefícios do estudo nunca é o bastante. Foi essa sacada que Boris Casoy teve assim que se aposentou e se matriculou em Medicina Veterinária aos 80 anos. E a ciência apoia esse movimento. 
O maravilhoso mundo dos chakras

Em mais uma da série Desmistificando Conceitos, te explicamos o que são os chakras, conceito oriental partilhado por diferentes ideologias. Para equilibrá-los, é preciso meditar, prática na qual Renata Rocha se tornou especialista!
Seis maneiras de desenvolver autoconsciência

Conhecer a si mesmo com profundidade não é tarefa trivial. Mas é importantíssimo! E um dos caminhos para o autoconhecimento é, justamente, desenvolver essa autoconsciência. Separamos alguns passos que podem te ajudar nessa jornada.
O amor está no ar em suas diferentes formas

No mês dos namorados, a nossa newsletter temática não poderia ter outro tema se não o amor. E que tema profundo e cheio de camadas é esse! Existem várias formas possíveis de se relacionar, e contamos um pouco sobre cada uma delas aqui.
Esteja por perto, pois em julho estaremos novamente juntos, trazendo ainda mais conteúdo para uma vida longa e com qualidade. E alerta spoiler: teremos novidades na área e elas envolvem a sua participação. Fique ligado! 

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#PlenaeApresenta: Maha Mamo e o orgulho de ser brasileira

Na sétima temporada do Podcast Plenae, inspire-se com a história de encontrar um novo lar de Maha Mamo.

7 de Março de 2022



Você já se sentiu não pertencendo ao lugar onde está? A ativista Maha Mamo se sente assim desde que nasceu. Isso porque a representante do pilar Contexto era uma entre os 10 milhões de apátridas no mundo, ou seja, uma pessoa sem comprovação de nacionalidade, sem documentos, “sem pátria”. 

“Eu morei na minha terra natal, o Líbano, por 26 anos, sem nenhum documento. No Líbano, você só recebe a nacionalidade se o seu pai for libanês. Meus pais são sírios. A minha mãe é muçulmana, o meu pai, cristão. Na Síria, o casamento inter-religioso é ilegal. Por isso, em 1985, eles se mudaram pro Líbano. Tentaram se casar lá, mas só conseguiram na igreja, não no cartório. Nós nascemos apátridas. Nós não tínhamos passaporte, RG, CPF ou certidão de nascimento. Nenhum documento provava que a gente existia”, explica ela. 

Há diferentes porquês para alguém ser um apátrida. No caso de Maha, foi a escolha de seus pais sírios em se mudar para o Líbano e, assim, poderem se casar mesmo possuindo religiões diferentes, porém, somente na igreja, sendo privados de uma certidão de casamento ou qualquer outra comprovação legal. 

Mais do que o sentimento de não-pertencimento, o apátrida sofre consequências muito maiores. Por não terem qualquer documento, eles são privados do direito à educação, saúde e até o de ir e vir entre os países. O tema já foi até mesmo campanha da ONU, chamada “I Belong”, que foi aliás quando a ativista descobriu que não estava sozinha no mundo.

“Até então, eu achava que só eu, meu irmão e minha irmã estávamos naquela situação. Aí comecei a pesquisar sobre o assunto e descobri que existem 10 milhões de pessoas do mundo inteiro sem pátria. A ONU, a Organização das Nações Unidas, criou uma campanha chamada “I Belong”, ou “Eu Pertenço”, em português, que defende a causa dos apátridas. A campanha da ONU foi, pra mim, uma esperança meio vaga, meio doida, mas pelo menos era algo em que eu podia me agarrar. Eu já não era mais “Someone Unknown", mas Maha Mamo, apátrida”, relata. 

Maha Mamo conseguiu estudar por caridade das instituições que a aceitaram sem documentação, mas ela não queria parar por aí. Enviava diariamente e-mail para diversas nações, contando sua história, em busca de ajuda. Foi quando a embaixada brasileira, em 2016, se interessou pelo seu relato e convidou ela e seus irmãos para virem ao país. 

“O Brasil era uma opção muito distante. Eu não sabia nada sobre o país, exceto o carnaval, o futebol e a violência. Pra onde eu iria? Onde moraria? Como ia viver? Vasculhando no Facebook, conheci uma família de Belo Horizonte que aceitou acolher meus irmãos e eu. Eu já tinha ouvido falar do Rio e de São Paulo, mas não de Minas Gerais. Eu gostei do nome da cidade. Era o meu horizonte chegando”, relembra.

Dois meses depois de receber o e-mail, ela partiu para o Brasil em um misto de medo e excitação, sabendo pouco do país. Já nos primeiros dias, tirou fotos, registrou suas digitais e assinou papéis. Ganhou CPF, carteira de trabalho,  protocolo de solicitação de refúgio e até vacinas atrasadas tomou. 

“Nem as filas da burocracia pública me irritavam. Eu achava tudo divertido. Eu podia ter uma conta bancária, um plano de saúde e tomar todas as vacinas que não tomei na infância”, relata.

Apesar da alegria inicial, uma tragédia levou seu irmão embora e ela sentiu uma chave virar em sua cabeça. Depois de se reerguer da tristeza, o ativismo entrou em sua vida e ela entendeu que precisava lutar para ajudar as outras milhões de pessoas que se encontravam em sua situação passada pelo mundo. 

“Antes do Eddy morrer, eu estava aproveitando a vida, de boa, com esperança de um dia conseguir a minha nacionalidade. Quando ele faleceu, entendi que a vida é muito curta e nós não temos garantia em nada. Eu não queria morrer sem a minha nacionalidade. Comecei a me questionar: Quem sou eu como ser humano? Pra que eu realmente quero essa liberdade de ir e vir, de fazer o que eu quiser?”, pensou.


Hoje, ela faz entrevistas e palestras mundo afora e ajuda países a modificarem suas leis e reconhecerem histórias como a dela. Em 2018, ela oficialmente se tornou brasileira, as primeiras apátridas reconhecidas pelo estado. Emocione-se com o seu relato apertando o play no Podcast Plenae, em seu streaming de preferência!

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