#PlenaeApresenta: Duda Schietti e a redescoberta de si

Vítima de um AVC precoce, a ex-estilista Duda Schietti trilhou uma longa jornada de autoaceitação, autoestima e autoconhecimento

5 de Abril de 2021



Como uma imposição física pode afetar também o nosso mental? A criadora de conteúdo Duda Schietti conheceu de perto essa transformação dolorosa, mas muito intensa, em sua vida.

Representando o pilar Mente, a ex-estilista começa seu relato lembrando seus dias de Nova Iorque, quando era apenas uma estudante na cidade que nunca dorme. Após sentir alguns sintomas como fraqueza e dificuldade em comer, Duda visitou o primeiro médico, que não a diagnosticou corretamente.

Até chegar ao verdadeiro diagnóstico - o cavernoma, ou AVC para entendimento geral - e por fim, à cirurgia que salvaria sua vida, a jovem já se via incapacitada de realizar alguns movimentos simples e, principalmente, de viver sem o medo do incerto.

Sorte ou milagre, o fato é que após longas 14 horas, Duda foi operada com sucesso e com apenas uma sequela: a paralisia no lado direito de seu rosto. Ela, que sempre zelou tanto por sua vaidade e aparência, se viu diferente e passou a evitar espelhos. Tornou-se introspectiva, insegura e cabisbaixa. Mais do que isso: culpada por se sentir mal, ainda que os seus danos físicos fossem tão pequenos perto dos que poderiam ter sido.

Sair desse buraco existencial, como a própria define, foi uma longa caminhada, que se iniciou pela boa alimentação. Uma vez acompanhada por um nutricionista, Duda passou a querer se alimentar melhor não só por estética, mas por saúde.

O resultado, é claro, veio. Com a melhora no humor e no sono, ela passou a praticar atividades físicas - também esperando resultados não só ligados à sua aparência. A jornada de autoconhecimento passou pelo yoga, meditação e culminou na terapia - tudo isso dividido com seus seguidores do Instagram.

Parece leviano, mas a plataforma não só amplificou seus pensamentos e influenciou os demais, como deu um novo rumo e sentido para sua própria vida. Schietti largou os dias de estilistas e passou a ter como ofício inspirar as pessoas com as suas verdades e dividir suas batalhas internas e externas com os demais.

Você confere esse lindo relato de Duda Schietti na quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir. Aperte o play e prepare-se para mergulhar em um mar de emoções.

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#PlenaeApresenta: Carlinhos de Jesus e a autoaceitação como caminho

O Plenae Apresenta a história do dançarino Carlinhos de Jesus, participante da nona temporada do Podcast Plenae!

15 de Agosto de 2022



Você se orgulha das suas marcas? O dançarino Carlinhos de Jesus sim. Mas essa aceitação veio com a maturidade, depois de anos tentando vencer o invencível: o vitiligo. No primeiro episódio da nona temporada do Podcast Plenae, tivemos uma aula sobre corpo, ou melhor, sobre a aceitação do mesmo.

Portador de uma síndrome rara chamada vogt-koyanagi-harada, o artista viu primeiro sua visão perder força, logo ele, que precisava tanto enxergar o palco para assim acertar seus passos de dança diante de uma plateia. “Eu dava muitas topadas na rua, porque não enxergava os obstáculos na minha frente. A minha visão de perto também foi afetada. O grau ia aumentando rapidamente e eu comprava aqueles óculos de camelô pra ler. Quando eu precisei pegar uma lupa para ler um texto, eu percebi que estava com um problema”, relembra.

Muitas e muitas idas ao oftalmologista, sem nenhum diagnóstico cravado ou problema resolvido. Nessa altura, Carlinhos já desenvolvia técnicas como medir o palco antes de entrar para saber quantos passos poderia dar para cada lado sem cair ou topar em algo.

Foi quando, em uma viagem para Cuba em uma consulta arranjada, ele descobriu o nome do que tinha e recebeu duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que essa síndrome iria passar com o tempo, sobretudo depois dos 50 anos - e de fato, melhorou muito hoje aos 69.

A ruim é que ela poderia causar vitiligo, uma doença autoimune dermatológica que tem como sintoma a perda de melanina em algumas partes do corpo, causando manchinhas brancas que podem se estender ao longo da vida. Manchinhas essas que Carlinhos já tinha notado em diferentes partes do corpo, mas não tinha dado muita atenção.

“Realmente tinham aparecido umas manchas brancas nas minhas mãos, no pescoço, no rosto, na virilha. Eu moro em Copacabana. Atravesso a rua e chego no mar. Então, a minha primeira suspeita era uma coisa chamada pano branco, uma micose comum de praia. Eu procurei alguns dermatologistas, passei umas pomadas, mas não adiantou. Alguns médicos tinham apontado que podia ser vitiligo, mas ninguém bateu o martelo, até o doutor Hilton Rocha descobrir o que eu tinha”, conta. 

O mais curioso é que o vitiligo pode se agravar conforme as emoções daquele indivíduo, ou seja, se ficar nervoso ou triste, elas podem piorar. “Como eu levo uma vida muito agitada, com vários momentos de estresse, a pele marca essas passagens. Cada nuvem estampada no meu corpo traz a lembrança de um trabalho que eu fiz. Uma é da coreografia que eu criei pra Comissão de Frente da Mangueira em 98. Outra da Comissão de Frente de 99. Tem uma da primeira vez em que eu subi no palco com a Marília Pêra. E por aí vai”, pontua. 

Foi depois de confidenciar a dois amigos próximos a sua condição que ele percebeu que não há nada de errado com ela. Era preciso aceitar algo que não teria cura e mais, algo que fazia parte da sua história e de quem ele era. “Eu escondia tanto a doença, que eu escrevi um livro sobre a minha vida e nem citei o vitiligo. Não era tanto por mim, mas porque eu me preocupava com a opinião alheia. Eu tinha medo das pessoas acharem que era algo contagioso. Ou que me vissem como um relaxado que não se cuidava e pegou micose”, desabafa. 

Hoje, Carlinhos responde cada vez menos às críticas e exibe suas “nuvens”, como ele apelidou suas manchinhas por aí, sem medo de ser feliz e servindo de inspiração para tantas outras pessoas portadoras de “nuvens” também. “Eu fui entendendo que o preconceito tá nos olhos de quem vê. É do outro, não é meu. Ah, você está olhando pra minha mancha? Eu tô olhando o seu desrespeito. E da mesma maneira que eu rejeito o olhar de julgamento, eu também não quero um olhar de piedade. Eu não sou um coitado. Eu tô trabalhando, tô vivendo, tô respirando, tô amando. Eu só quero ser visto como eu sou, com naturalidade”, diz.

Para ele, ter manchas é tão parte de seu corpo quanto ter braços, bigode e olhos. E é com essa naturalidade e alegria que ele encara o que, para muitos, pode afetar seriamente a autoestima. Um show de inspiração Ouça agora este lindo relato na sua plataforma de streaming favorita ou apertando o play por aqui mesmo. 

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