Tendo a sua própria vida como inspiração, o empreendedor social Eduardo Lyra quer a pobreza como peça de museu.
30 de Agosto de 2021
Você sabe qual é a sua missão de vida? O empreendedor social Eduardo Lyra descobriu a sua olhando para o seu próprio passado. Representando o pilar Propósito, Eduardo abre a sexta temporada do Podcast Plenae com um relato muito emocionante e inspirador.
Vindo de uma infância abaixo da linha da pobreza, sua casa não possuía nem mesmo um chão, e a fome, o medo e as dúvidas eram constantes. Apesar de ter crescido em um lar cheio de faltas, ele pôde contar com um pai amoroso, apesar de bastante ausente, que viu ser preso ainda muito jovem.
Já a sua mãe foi e ainda é o pilar mais sólido de sua vida. “Ela teve a coragem de me incentivar a sonhar. Na fome, no medo, na enchente, ela olhava nos meus olhos e dizia a frase que virou o meu mantra: ‘Não importa de onde você vem, mas pra onde você vai’. Foi a maior líder que eu tive e me ajudou a construir reservas emocionais para vencer qualquer crise”, como conta.
Incentivado por ela, Eduardo foi o primeiro de sua família a cursar uma faculdade. Estudou jornalismo e escreveu um livro sobre empreendedores de diferentes perfis, com o intuito de inspirar os jovens de sua comunidade a enxergarem além. Depois de vender de porta em porta mais de 5 mil exemplares, conseguiu iniciar uma mudança de rota.
“Prometi pra mim que eu ia ser um ponto de mudança na nossa história. Eu ia dar orgulho pros meus pais e engrandecer o sobrenome Lyra, que só saía nas páginas policiais dos jornais. E o meu primeiro passo para isso foi dizer não às drogas e ao crime”, narra o empreendedor.
Dali, Eduardo começou a chamar a atenção de grandes figurões da filantropia brasileira, até receber seu primeiro investimentos para o que hoje é a Gerando Falcões, uma ONG que busca levar o esporte e a cultura para crianças carentes e também reinserir ex-presidiários - como o próprio pai dele - na sociedade por meio de cursos capacitantes.
“Falcão é o jovem que não se limita ao pó do chão. Ele voa. E quem voa consegue enxergar de cima. Quem enxerga de cima, vê oportunidade. E quem vê oportunidade, vai lá e agarra”, descreve. Hoje, ele conta que seu propósito de vida é transformar a pobreza das favelas em peça de museu antes que Marte seja colonizado.
“Não faz sentido o homem morar em outro planeta, enquanto tiver gente morrendo de fome na Terra. Se o humano é capaz de ir para Marte, é capaz também de construir comunidades empreendedoras, com renda e dignidade para todos os cidadãos”, reflete. “Os jovens cometem delitos, por causa da injustiça social. E a nossa resposta à desigualdade é a justiça dos tribunais. É uma trilha incoerente, que nunca vai acabar.”
Antes de virar mais um número triste para as estatísticas, Eduardo Lyra conseguiu fazer da dor uma ponte para melhorar tanto a sua vida, como a de milhares de pessoas que hoje usufruem de seu projeto. Só ano passado, foram mais de 500 mil atendidas! Feche os olhos, respire fundo e mergulhe no primeiro relato dessa temporada. Aperte o play e inspire-se!
O cientista especialista em sono, Matt Walker, explica em um vídeo curto e animado, como o descanso reflete diretamente em nossos sentimentos
5 de Agosto de 2021
Se você já se sentiu irritado quando esteve privado de sono, não foi mera coincidência ou impressão sua. Ficar sem dormir ou ter uma noite sem qualidade afeta diretamente campos cerebrais importantes para a manutenção do nosso humor e isso reflete em todo o nosso dia.
A ciência não cravou com exatidão quanto de sono realmente precisamos, como explicamos nesta matéria. Há diferentes linhas e opiniões a respeito, mas em uma coisa todos concordam: o repouso é um dos principais pilares para uma boa saúde. E de tão importante, ele se dá também de maneira complexa, não sendo simplesmente fechar os olhos e apagar. Há 7 fases para o bom descanso, e você confere um pouco delas aqui.
Pensando em tudo isso, o especialista em sono, Matt Walker, foi fazer experimentos para ver como exatamente a falta de sono pode afetar o nosso “cérebro emocional” e dividiu suas impressões em um vídeo para o canal Ted Talks. Nesse vídeo, ele conta que há alguns anos, ele e outros pesquisadores separaram um grupo de adultos saudáveis.
Metade deles passou a noite em sono profundo, e a outra passou a noite em claro, de forma forçada. Logo após, todos eles foram submetidos a uma ressonância magnética para analisar o estado e reações de seus cérebros emocionais, com um foco especial na amígdala, região cerebral importante na regulação de nossas emoções, sobretudo as mais intensas.
O resultado já era de se esperar. Aos que puderam ter uma noite apropriada, a resposta de suas amígdalas era equilibrada e moderada. Já aos outros, que foram privados de sono, suas reações eram hiperativas, com a sua amígdala sendo quase 60% mais receptiva do que o normal.
Mas por que isso acontece? Isso nos leva à segunda parte do estudo, onde descobriu-se o envolvimento de outra região do cérebro nesse processo: o córtex pré-frontal, localizado diretamente acima dos nossos olhos. Essa estrutura é quase que o CEO do nosso cérebro, como brinca Matt. É por lá que são tomadas as grandes decisões e todos os outros controles de alto nível - incluindo ela, a amígdala.
O que ele concluiu, ao lado de outros cientistas envolvidos, é que os participantes descansados apresentavam uma melhor comunicação entre o córtex pré-frontal e o inverso acontecia aos não-descansados. “É quase como se, sem dormir, nos tornássemos todos pedais de aceleramento emocional e muito pouco freio de controle regulador. Esse parece ser o motivo pelo qual ficamos tão soltos em termos da nossa integridade emocional quando não dormimos bem”, explica.
Ficou preocupado? Calma! A boa notícia é que essa situação é fácil de reverter. O sono, particularmente aquele que faz nossos olhos piscarem de forma acelerada, funciona como um “primeiros-socorros emocionais” para nosso cérebro. Isso porque é durante ele que pegamos as nossas experiências emocionais mais difíceis vividas naquele dia e as neutralizamos, suavizamos dentro de nossa própria mente.
Sendo assim, conclui Matt, provavelmente não é o tempo que cura todas as feridas, mas sim, o sono! Quando voltamos no dia seguinte descansados, somos capazes de executar uma melhor comunicação entre as nossas estruturas cerebrais e, assim, ficarmos mais calmos e até tomarmos melhores decisões. Como anda a sua rotina de sono? Lembre-se de sua importância todos os dias!
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