#PlenaeApresenta: Ingrid Silva e a revolução na ponta dos pés

Na oitava temporada do Podcast Plenae, nos inspiraremos na luta de Ingrid Silva, representando o pilar Corpo

6 de Junho de 2022



É preciso abrir caminhos, ocupar espaços, renovar o antigo, representar. Ingrid Silva fez isso com a mesma maestria que emprega em seus movimentos do ballet. Carioca, ela morava na zona norte do Rio de Janeiro, bem perto da Vila Olímpica da Mangueira. Sua mãe, empenhada em ocupá-los e quem sabe, mudar suas vidas, inscrevia ela e seu irmão em todos os cursos possíveis por ali. 

Foi quando ela conheceu o ballet, prática que seria seu ofício pro resto da vida. Mas nem tudo foram flores. Ingrid precisou percorrer um longo caminho recheado de comentários preconceituosos e que invalidavam sua estrutura corporal para enxergar o seu valor. 

“Eu sempre fui magérrima, com 45 quilos. Mas, como boa brasileira, tenho curvas. Aos 13 anos, ouvi de uma professora de balé a frase que foi o meu primeiro gatilho sobre o meu corpo. Ela disse: “Ingrid, ou você coloca o seu bumbum pra dentro ou nunca mais vou te corrigir”. Se você fez clássico, provavelmente já ouviu algo semelhante. Até hoje eu não descobri como se coloca um bumbum pra dentro. Esse tipo de correção só existe porque o balé foi criado nas cortes da Europa, onde os corpos são muito diferentes dos brasileiros”, diz.

Por causa de seu talento, ela conseguiu uma bolsa de estudos pra dançar na Dance Theatre of Harlem, a primeira companhia clássica do mundo para negros, em Nova York. Foi lá, nos Estados Unidos, que ela tomou consciência de como a cor de sua pele e as características do seu corpo negro podem ser violados por uma arte criada nas cortes europeias. 

“Eu cheguei a Nova York em 2007. Foi a minha primeira viagem internacional. Lembro até hoje da sensação de abrir a porta da Dance Theatre of Harlem e ver todos aqueles bailarinos negros, como eu. Eu senti um acolhimento que, até então, eu não conhecia”, relembra. 

Foi também por lá que ela entendeu que isso não precisa ser uma regra, e que há sim muitas pessoas como ela, com corpos semelhantes ao seu, que desempenham os movimentos dessa dança tão exigente com perfeição. Hoje, Ingrid é a principal bailarina do grupo e batalha tanto aqui, quanto no mundo, para que o balé seja mais inclusivo. 

Um dos seus grandes feitos até então foi ter encomendado a primeira sapatilha com a cor de sua pele, já que até então ela utilizava ou nas cores clássicas (o rosa pastel tão comum) que nada tinham a ver com a sua, ou ela fazia como seus companheiros de palco e pintava suas sapatilhas com maquiagem. 

Outra conquista foi comprovar que sim, uma bailarina pode ter curvas, cabelos crespos e pode inclusive ser mãe e voltar aos teatros sem nenhum problema. Por fim, ela ainda criou o Blacks in Ballet junto de Ruan Galdino e Fábio Mariano, dois colegas de profissão brasileiros, um movimento pra dar destaque a bailarinos negros e contar as suas histórias.

“O nosso grande sonho é um dia realizar o maior festival de dança de bailarinos negros do mundo. Nós queremos compartilhar que, apesar de tudo de possamos ter passado, existem muitos bailarinos negros incrivelmente talentosos tendo sucesso em grupos de dança importantes. Nenhuma ação é muito pequena, quando se trata de mudar o mundo”, conclui.

Ela, é claro, representante do pilar Corpo nessa oitava temporada do Podcast Plenae. E assim como tudo que faz em sua vida, representa com muita garra e excelência! Você vai se sentir mais forte depois desse relato! Aperte o play e inspire-se!

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#PlenaeApresenta: em casa com os Gil

Celebrando os 80 anos do patriarca da família, os Gil entram em turnê com direito a série gravada nos bastidores

3 de Julho de 2022



Que a família Gil é uma inspiração para o Plenae, isso não é nenhum segredo. Mais do que uma família de artistas sensíveis, Gilberto Gil é a prova de que é possível partilhar sonhos e projetos diferentes com os seus familiares. Contamos aqui neste artigo como todos juntos podem influenciar um pouco de cada um dos nossos pilares. 


Agora, voltamos a falar da família Gil por um motivo nobre: eles entrarão em turnê internacional, todos juntos pela primeira vez, chamado “Nós, Gente”. O acontecimento se dá bem próximo do aniversário de 80 do Gilberto Gil, o grande patriarca de todos. Foi dia 26 de junho que o artista, ovacionado nacionalmente, completou 8 décadas de vida e celebração.


A preparação para se lançarem aos palcos por todo o mundo foi registrada e virou documentário, disponível na Amazon Prime Video. “Em casa com os Gil” foi gravada na casa da família em Araras, região serrana do Rio de Janeiro, com direção de Andrucha Waddington, Pedro Waddington e Rebeca Diniz. 


O roteiro é de Hermano Vianna e a produção executiva é novamente de Andrucha, ao lado de Renata Brandão e Ramona Bakker. A equipe acompanhou os 27 familiares durante 15 dias. No doc-reality, iremos encontrar desde cenas comuns como as refeições em família, os ensaios e até episódios mais íntimos, como momentos de lembranças familiares.


“A gente acabou conseguindo fazer uma polaroid muito poderosa desse momento, retratando uma família que vai fazer o mundo pensar sobre o que é uma família”, diz Andrucha Waddington à Revista Gama. A ideia dessa excursão partiu da cantora Preta Gil, durante um dos períodos de isolamento da pandemia, em Petrópolis.


Esse momento de introspecção também estará nos registros, fazendo da série um documento completo que explora as alegrias da família, mas também as tristezas. “A gente tem nossos conflitos e questões, e eles são absolutamente naturais, discutidos na intimidade da família. O que cada um da sua geração passou, com relação a alguns preconceitos e opressões… Muita gente pode se identificar com a nossa história“, diz Preta, também à Gama.


Esse foi o segundo desafio que a família enfrentou: encontrar um tom que funcionasse para todos os integrantes e que entregasse um resultado bom para o público, com uma equipe grande envolvida. E isso inclui a participação dos pequenos integrantes da família, a geração mais jovem que vem para contribuir e ensinar da mesma maneira que os mais velhos. 


A primeira temporada do “Em casa com os Gil” já está disponível no Amazon Prime Video exclusivamente para assinantes e conta com cinco episódios iniciais. Aperte o play e inspire-se! 

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