Conheça a história de resiliência e persistência de João Carlos Martins, que reinventou-se e acreditou em seus dons mesmo diante de múltiplas adversidades
12 de Abril de 2021
O episódio do pilar Corpo, na quarta temporada do Podcast Plenae, será conduzido por ele, que é um dos maiores artistas do país: o pianista e maestro João Carlos Martins. Mas, para seguir honrando o posto, foi preciso muita luta externa e interna da parte do mesmo.
Tudo começou ainda muito cedo na vida do menino João Carlos, que aos 7 anos, vê pela primeira vez um pianista em ação e decide que esse será o seu ofício. Em uma juventude marcada por treinos exaustivos e um foco obsessivo pela prática, o músico logo ganha notoriedade.
Mas, paralelo a esse início brilhante, ele enfrenta os primeiros sintomas ainda não diagnosticados do que viria a ser um inimigo futuro: a distonia focal. Ao perceber que seu desempenho era melhor ao acordar, ele passa a dormir em horários alternativos, de modo que estivesse sempre despertando pouco antes de uma apresentação e, assim, apresentasse a sua melhor performance.
E assim foi levando até que a sua segunda mazela chegasse. Em uma partida de futebol no Central Park, uma queda e uma pedra afetaram as ligações do nervo ulnar, que resultaram, um mês depois, em uma atrofia no dedo médio, mindinho e o anular da mão direita.
Pela primeira vez, o sempre resiliente João Carlos se vê deprimido e sem forças para seguir. Foi quando ele decide tomar outros rumos e, por um tempo, passa a patrocinar e agenciar um lutador de boxe considerado “velho” para o esporte.
Como nada é por acaso, esse desvio de rota em sua trajetória foi também o responsável pela sua retomada. Ao ver o atleta se tornando vitorioso mesmo quando ninguém mais acreditava em seu potencial, ele olha para sua própria vida e decide então que era hora de voltar aos palcos.
Mesmo com a descrença de seu empresário e as limitações físicas, o músico gera um estrondoso sucesso novamente. Mas um assalto durante a sua estadia a trabalho na Bulgária muda seus planos novamente. Ao ser atingido na cabeça, a pancada rompeu a ligação entre o cérebro e sua mão direita, afetando também o hemisfério da fala.
Mais foco, mais força de vontade e muita, mas muita resiliência. Mesmo quando tudo parecia perdido, um sonho com um velho amigo maestro o despertou para um caminho que ele ainda não havia considerado: o da regência.
E o resto é história, que por sinal, ainda está sendo escrita, com a excelência de sempre. Sua missão agora é aproximar a medicina e a música cada dia mais! Conheça mais sobre o artista completo João Carlos Martins, nesse lindo relato da quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, disponível em seu aplicativo de streaming.
Como o músico litúrgico se encontrou caminhando por aí em uma das trajetórias mais importantes e desafiadoras de sua vida?
30 de Novembro de 2020
O terceiro episódio do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir traz a história de Ale Edelstein. Músico litúrgico, Ale canta em casamentos judaicos e bares mitzvah, sendo um dos mais solicitados.
Mas, para desempenhar tal função, Ale nos conta que é preciso estar de corpo e mente presentes, entregando tudo que se tem para aqueles que festejam, pois mais do que um momento festivo, é um momento de troca, único na vida daquelas pessoas.
E, num belo dia, ele começou a perceber suas ausências e o modo automático que começava a se instaurar. “Quando tive esse clique, caiu na minha mão um livro chamado Tirando os Sapatos, do rabino Nilton Bonder. Eu li... e pirei” diz ele.
A metáfora, usada por ele ao longo do episódio, conversava justamente com esse momento que ele enfrentava. “Quando a gente está há muito tempo com o mesmo sapato, o calçado adquire a fôrma e a forma do pé. Acaba ficando confortável. Eu estava numa poltrona de conforto” conta.
Foi então que decidiu encarar, por 40 dias, o Caminho de Abraão, em uma jornada - de grande intensidade e extremamente reveladora. “Depois de 25 anos na Congregação Israelita Paulista, eu precisava botar a cabeça pra fora, me oxigenar, olhar outras paisagens, me relacionar com outras pessoas, me nutrir de outras fontes não necessariamente judaicas, não necessariamente musicais.”
Esse embarque, em busca de tirar os sapatos e sentir o chão do mundo, tratou-se de um divisor de águas na vida do músico, que conheceu o outro lado da história que lhe contaram a vida inteira, e encantou-se na mesma medida.
“Em nenhum momento dos quatro dias bateu uma solidão. Ao contrário, me senti preenchido e acompanhado. Eu não sentia que eu estava na natureza, mas sim que eu ERA a própria natureza” diz ele.
“Caminhar é um ato ativo em si, sem passividade. Fui entendendo como eu precisava cuidar dos meus pés, olhar os passos, prestar atenção no piso, guardar energia para os momentos mais difíceis da trilha. E, claro, perceber os meus sapatos, incômodos, vozes e silêncios internos”. Você confere esse lindo relato na terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir.
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