#PlenaeApresenta: Lorrane Silva e o riso como remédio

Com a leveza do humor, a psicóloga Lorrane Silva ganhou as redes sociais como "Pequena Lo", fazendo do riso o seu remédio

21 de Junho de 2021



Você é capaz de rir de si mesmo? Representando o pilar Corpo , na quinta temporada do Podcast Plenae, conhecemos um pouco mais sobre a leveza com que Lorrane Silva leva a sua vida, a despeito de seus problemas. Fenômeno nacional na internet, a “Pequena Lo” nasceu com uma condição até hoje não esclarecida pela ciência, responsável por encurtar seus membros.

Sua infância foi marcada por cirurgias, fisioterapias e exames. Apesar disso, ela diz ter sido incentivada sempre pelos seus pais a levar uma vida normal, e isso já era colocado em prática na infância, quando ao lado de seus primos, corria e brincava de forma natural.

Aos 11 anos, Lorrane coloca um pino em seu quadril e passa a usar muletas. O que poderia ser um problema paralisante e desmotivador para uns, ela “tirou de letra” como descreve. A adaptação foi rápida e espontânea, e suas muletas - assim como cadeira de rodas - fazem parte de sua rotina até hoje.

Comunicativa e sociável, a humorista fez amigos por onde passou. O humor, aliás, é um dom que a acompanha desde criança, quando fazia shows cômico particulares para sua família, incentivada pelo seu pai, também bem-humorado. Seus primeiros vídeos só foram gravados por incentivo de um primo, que não podia prever o sucesso que ela se tornaria.

Mas até abraçar a carreira do humor e das mídias sociais de vez, ela ainda foi para a faculdade e se formou em psicologia, onde ela conta ter se descoberto e aprendido muito sobre si, sem deixar nem por um minuto de se divertir. É claro que sua vida contou também com episódios de capacitismo, os quais ela admite levar, em sua maioria, tranquilamente, mas por vezes se chatear.

Ela, que sempre faz rir com esquetes de humor em suas contas na internet, também nos fez refletir e ficarmos emocionados em seu episódio para a quinta temporada do Podcast Plenae. Aperte o play e inspire-se!

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Entrevista com

Mórris Litvak

Fundador da Maturi

Mudar de carreira pode ser mais comum do que você imagina

13 de Abril de 2020



Como lidar com a pressão do mercado de trabalho em idades mais avançadas? A resposta pode estar em si mesmo: reinvente-se. É o que acredita Mórris Litvak, fundador da Maturi, ex-Maturijobs, uma plataforma de recolocação profissional para adultos 50+. Confira a entrevista. 

Como surgiu a Maturi? A empresa surgiu em 2015 com o nome de Maturijobs. Seu principal propósito era ser uma plataforma de recolocação para pessoas da terceira idade. Minha gatilho inspiracional foi a minha avó, que trabalhou até os 82 anos. Quando ela parou de trabalhar, assistimos sua saúde indo ladeira abaixo. Eu já me interessava pelo assunto, já tinha feito trabalho voluntário com esse público, mas nunca trabalhado com isso. Então a partir desse evento comecei a pesquisar as oportunidades desse mercado, como engenheiro de software, que é a minha formação. 

Isso aconteceu quando? Lá para 2014 eu comecei a perceber que o Brasil estava envelhecendo e existiam poucas iniciativas para lidar com isso. Em 2015, quando estourou a crise econômica no país, muita gente começou a ser mandada embora, e as pessoas mais velhas foram as primeiras a sofrer esse impacto. Então sai do meu emprego e fui pesquisar e confirmei o que já sabia: havia um preconceito muito forte no mercado de trabalho com os maduros. Vi aí uma oportunidade de negócio, ninguém estava olhando para isso. Mais do que lucrar, vi uma oportunidade também de gerar impacto social, já que esse ageismo fazia muita gente sofrer. A gente logo percebeu que tinha uma demanda muito grande de pessoas buscando por isso. E em um espaço onde ela não se sentisse, em função da idade, menos importante, com menos oportunidade do que os outros, principalmente, para que não houvesse preconceito. 

Quais são os principais desafios desse mercado? Lançamos a plataforma em 2016, mas tem sido um grande desafio fazer as empresas abraçarem essa causa, e para funcionar, é preciso que elas também se interessem pela questão da diversidade da idade já que não existe cota e até agora nenhum tipo de incentivo pra isso. Para isso, começamos a oferecer para as empresas primeiro de forma gratuita. Hoje já temos vários serviços diferentes, como capacitação dentro dessas empresas, análise de perfil, integração intergeracional para que a empresa esteja mais preparada a receber o profissional com mais de 50 anos.Em paralelo a isso, começamos a fazer muita capacitação para esse maduro que está fora do mercado, para que ele conseguisse se formar e se virar sozinho, já que o número de vagas é pequeno. São poucas empresas que contratam de forma recorrente. Então a gente leva conteúdo de autoconhecimento, tecnologia, como ser autônomo, empreendedor e freelancer, workshops online e presenciais, eventos em várias cidades e muito conteúdo. 

Quais são os próximos passos? Lançamos no final do ano passado a Maturi Services, uma plataforma market place onde o maduro pode oferecer seus serviços como freelancer. E agora a gente vai lançar a Maturi Academy, onde vamos trazer bastante conteúdo seja pra quem tá buscando emprego, quer empreender e se sente perdido, ou está no mercado de trabalho mas precisa se atualizar, ou pra quem se prepara para se aposentar. Mudamos o nome da empresa para Maturi justamente para dissociar a ideia de ser somente jobs. 

Na sua trajetória, como você enxerga o tema mudança de carreira e os maduros? Hoje já se sabe que são mais do que 2 ou 3 carreiras que uma mesma pessoa vai ter durante a vida. Isso ocorre não só pelo fator longevidade, mas também por todas as mudanças que o mercado de trabalho vem sofrendo e vai sofrer cada vez mais e mais rápido. Vai ser uma coisa muito comum mudar de carreira e, para quem está nessa faixa de 50 e 60 anos, muitas vezes é o único caminho, porque o que ela fazia já não se faz mais da mesma forma, ou já foi até automatizado. Nesses casos, ou ela aprende a técnica nova ou não tem mais como trabalhar com aquilo. E além disso, existem outras 2 questões: às vezes a pessoa não consegue mais se manter no mundo corporativo, muito em função da idade, por mais atualizada que ela esteja. Daí elas buscam empreender, e para empreender, ela vai ter que buscar outra área, que faça mais sentido pra vida dela hoje. Essa é a segunda questão: o profissional sênior já vivencia uma fase diferente da vida, onde ele pesa o que faz sentido para sua vida, qual legado ele irá deixar, e não só o retorno financeiro que irá trazer. 

É aí que entram os sonhos e hobbys, que se tornam novas profissões . As pessoas estão buscando se atualizar para isso, ou buscando ambientações, e vendo que tornando essa possibilidade viável, um leque enorme de oportunidades se abrem. Ela vê sua experiência sendo aplicada de outra forma, em outro segmento. Hoje você tem a economia compartilhada com aplicativos e sites diversos, onde você pode começar a oferecer e se aquilo é viável e te dá prazer. 

Quais são as carreiras mais comuns nessa mudança de carreira? Muitos querem usar a própria experiência para trabalhar como consultor, mentor, assistente virtual, coisas que podem ser feitas de uma forma mais flexível, e atendem diferentes segmentos e públicos. Mesmo as que dizem respeito a hobbies, como artesanatos, demandam uma capacitação em marketing ou em mídias digitais, por exemplo, para que essa pessoa consiga vender esse produto depois. As mudanças de carreira mais “drásticas” são mais raras, mas também existem, como um ex-engenheiro que decide virar pintor. Mas mesmo ele precisa de algum tipo de mentoria além do que seu talento já traz.

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