Depois de uma mudança de rota inesperada em sua vida, a empreendedora entendeu qual era o seu norte e quer passar o aprendizado adiante.
20 de Setembro de 2021
Você leva a vida que gostaria de levar? Representante do pilar Mente na sexta temporada do Podcast Plenae, Sandra Chemin já ocupou cadeiras prestigiadas e desejadas por muitos, e teve a coragem de abdicá-las para seguir sua intuição. Movida pela inovação, criou um império antes dos 30 anos por estar atenta às tendências do mundo ao seu redor.
Mas uma gravidez não-planejada e uma doença mal diagnosticada, que ameaçava a vida do pai de sua filha, chacoalhou as suas verdades e a fez rever a vida que levava. Apelidada de “Ensandrecida”, ela, sempre acelerada, decidiu botar o pé no freio e se reconectar com o sonho de Lucas, seu então namorado, e a sua própria infância.
Foi quando se lançou ao mar europeu, deixando casa, carro e carreira, em um plano de velejar por 3 meses, que se estendeu por mais 3 e, ao final, somou-se 2 anos. Sandra aprendeu a ser mãe, cuidar da casa e saber improvisar - tudo em alto mar. Quando engravidou novamente, voltou para o Brasil e se instalou em Paraty, ainda com o objetivo de levar uma rotina mais improvisada.
“A vivência no barco e em Paraty me ensinavam a navegar nas transformações. E essa é uma das maiores habilidades que todo mundo precisa ter hoje, porque a gente nunca mais vai parar de se transformar”, conta. Na praia carioca, Sandra fundou junto da comunidade, uma escola Waldorf, que existe até hoje. A experiência lhe trouxe uma nova concepção de liderança, dessa vez, mais compartilhada.
“Quando eu saí da Ogilvy, achei que faria um sabático e que voltaria ao mesmo ritmo. Depois eu achei que estava em uma transição de carreira. Com a ajuda da terapia e do meu processo de autoconhecimento, eu entendi que, na verdade, eu estava o tempo todo me transformando”, relata.
Mas para onde ir após isso? Ela sabia que não queria mais voltar ao que era antes, e por isso, recusou uma vaga de prestígio no Google. Mas entendeu também que o trabalho era uma parte importante de si, que já começava a lhe fazer falta. Pesquisando sobre cursos, encontrou um que se conectava com quase tudo em sua vida: Design Your Life, “desenhe sua vida”.
“Ele foi feito por duas pessoas que tinham uma história muito parecida com a minha. Dois pioneiros da internet estavam aplicando a mentalidade do design para desenhar vidas. Não é coincidência que o meu primeiro negócio tenha sido um estúdio de design”, diz.
Quando compreendeu que seu processo de crescimento envolveu estar o tempo inteiro se renovando e testando na prática suas suspeitas, entendeu que sua missão era ajudar pessoas a encontrar significado no que elas fazem, na forma como elas vivem e na maneira como atuam no mundo.
“Eu aprendi que primeiro eu escolho a vida que eu quero levar, depois desenho um trabalho que se ajuste ao modelo que eu desejo. A gente costuma fazer o oposto: escolhe o trabalho e depois tenta encaixar a vida ao redor dele. Mas, nessa ordem, a gente muitas vezes deixa de vivenciar experiências que gostaria por falta de tempo ou de condições. Eu aprendi que, se existe coerência entre quem eu sou, o que eu acredito e o que eu faço eu sou feliz. Se não existe coerência, eu não sou feliz. É simples assim”, conclui.
Viver é um rasgar-se e remendar-se, como disse Guimarães Rosa. Inspire-se no rasgar-se e remendar-se de Sandra Chemin, disponível na sexta temporada do Podcast Plenae, na sua plataforma de streaming de preferência. Aperte o play e inspire-se!
Conheça a história do monge que entendeu, ainda muito jovem, como estamos tudo e todos conectados por uma mesma força.
27 de Setembro de 2021
Você tem encontros diários com a sua espiritualidade? Representando o pilar Espírito, Davi Murbach - hoje, mais conhecido como o monge Satyanatha - participa da sexta temporada do Podcast Plenae explicando o que, para ele, representa a verdadeira força da fé.
Sua história se entrelaça com a de outras pessoas, e para ele, tudo está conectado. Começou com a sua avó, Carminha se compadeceu com as dores do jardineiro que trabalhava na mesma empresa que ela, que tinha um filho com problemas no fígado.
Ela então se prontificou a levá-los ao hospital sempre que fosse necessário, mas infelizmente, uma dessas viagens foi a última, pois o menino veio a falecer. Antes de seus minutos finais, Carminha ouviu um som que ainda não conhecia: a respiração tão específica que anuncia a chegada da morte. O que ela não sabia é que, pouco tempo depois, reconheceria essa mesma respiração em seu neto, que estava com meningite sem que ninguém soubesse, e salvaria sua vida.
“Se a minha avó não tivesse ajudado o menino Valmir, eu não estaria aqui contando essa história. Isso é a espiritualidade verdadeira. Tudo se conecta e tem um motivo”, diz. Ao longo de sua vida, ele partilhou esse elo com a matriarca e frequentou diferentes igrejas. Se encontrou, pela primeira vez, já na faculdade, quando conheceu a meditação e o budismo.
“Eu mergulhei no budismo e algo explodiu no meu coração. Eu me apaixonei pelo divino de maneira irreversível, ao ponto de ter dificuldade para lidar com o mundo concreto”, relembra. Esse mergulho irreversível na filosofia budista o fez abandonar a engenharia e seguir rumo a um monastério no Havaí, onde se tornou monge.
“Eu entrei em uma jornada que me levou a largar a carreira de engenharia para morar sete anos em um monastério. Me tornei monge e recebi o nome Satyanatha, que significa aquele que busca a essência, a verdade”, conta. Batizado com o nome que utiliza hoje, ele nunca mais olhou para trás e tem como missão de vida “manter uma vibração interna como se eu fosse uma vela acesa”, para então, partilhar essa chama com quem precisar.
“Aprendi que todas as religiões estão certas e também todas estão bagunçadas pela intervenção humana. Aprendi que a espiritualidade tem que ser vivenciada, não doutrinada, que o divino tem que ser um divino que encanta, não que julga”, conclui. Preparado para se emocionar? Então aperte o play e inspire-se nesse lindo relato, disponível no seu streaming de preferência!
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